GASTRONOMIA COM PROPÓSITO

BH: jantares e circuito beneficentes unem sabor e solidariedade

Neste Setembro Dourado, mês da conscientização sobre o câncer infantil, veja circuito gastronômico com 26 restaurantes e jantares beneficentes em prol da causa

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A gastronomia, assim como tantas áreas, pode estar diretamente ligada a causas e organizações não governamentais (ONGs). Prova disso é o projeto “Chefs Contra o Câncer”, da Casa de Acolhida Padre Eustáquio (CAPE), em Belo Horizonte, que completa 11 anos de existência, proporcionando jantares beneficentes já tradicionais, com grandes nomes da cozinha nacional unidos em prol da vida de crianças e adolescentes em tratamento contra o câncer.

Veja pratos do circuito gastronômico Chefs Contra o Câncer:


Neste ano, o projeto lança um circuito com bares, restaurantes e cafeterias da capital que criaram ou elegeram um prato para, a cada venda, destinar 40% do seu valor à CAPE. Essa ação é válida em setembro (do dia 1º ao 30), o mês de conscientização sobre o câncer infantojuvenil, conhecido como Setembro Dourado.

Ampliar o alcance


A superintendente da CAPE, Mônica Araújo, explica que o circuito é muito importante para chamar ainda mais gente para apoiar a causa. “Esse envolvimento com os estabelecimentos dá a oportunidade de mais gente conhecer e apoiar a instituição”.


Por durar o mês inteiro e ser mais acessível do que o tradicional jantar de gala do projeto, o circuito, naturalmente, atrai um público maior. “A ideia é levar a CAPE para vários nichos da comunidade para que mais pessoas conheçam de fato o nosso trabalho”, completa.

Criações inéditas


Buscando honrar ainda mais a causa e o trabalho da instituição, alguns chefs e restaurantes criaram pratos e petiscos especiais para o circuito. Esse é o caso do restaurante Dona Lucinha Matriz, localizado na Região da Savassi.


O prato recebeu o nome de “Santa Causa”, justamente em homenagem à CAPE. Arroz com polpa de pequi, carne de lata, tutu de feijão e salada de couve são os componentes da criação de Márcia Nunes, chef e filha de Dona Lucinha, fundadora do restaurante.

“Pensei em um prato com ingredientes e preparos tradicionais e com um elemento que sempre gosto de trabalhar: o pequi. Ele é muito rico do ponto nutricional e estético, traz uma coloração dourada”, destaca.


Para Márcia, era necessário criar algo à altura dessa causa, já que sua relação com a CAPE é muito próxima. Seu irmão, José Marcílio Nunes, foi o idealizador da instituição. “A CAPE é referência em profissionalismo e seriedade e a ideia do circuito amplia ainda mais a divulgação da instituição”, ressalta a chef.


O “Santa Causa” deve ficar no cardápio do Dona Lucinha apenas durante o circuito, até o fim de setembro. O prato é vendido a R$ 71.

 

Tempero húngaro

Lasanha de Goulash: o ensopado húngaro de carne com páprica vira recheio da massa do TipTop
Lasanha de Goulash: o ensopado húngaro de carne com páprica vira recheio da massa do TipTop Tulio Santos/EM/D.A.Press


A curiosidade é um grande atrativo do prato preparado pelo restaurante Tip Top, também na Savassi, para o circuito. A casa, que foi fundada pela tcheca Paula Huven, resgata suas raízes e explora o goulash, um preparo ensopado de carne bovina com páprica picante. A iguaria tradicional da Hungria ganha nova roupagem: está inserida nas camadas de uma lasanha.


“Esse é um prato que já queríamos lançar há algum tempo e combina bem com esse momento. Ele é quente, traz aconchego”, explica o chef do restaurante, Leandro Robert. A lasanha de goulash tostada com fonduta de queijo custa R$ 70 para uma pessoa ou R$ 130 para duas pessoas.

O chef espera que as pessoas que nunca experimentaram o preparo húngaro (ainda mais mesclado com a culinária italiana) se sintam atraídas e queiram degustar o prato, o que, consequentemente, vai aumentar a arrecadação para a CAPE.

Petisco unânime

Canastrinha: bolinhos de arroz com bacon, queijo Canastra e maionese verde de ervas do Quinteiro
Canastrinha: bolinhos de arroz com bacon, queijo Canastra e maionese verde de ervas do Quinteiro André Calixto/Divulgação


O Quinteiro Bar, localizado no Bairro Floresta, Região Leste de BH, desenvolveu um petisco para o circuito pensando em elementos amados por quase todos. “Ele não é inovador, mas é um conjunto especial”, destaca o sócio da casa, André Calixto.


O petisco “Canastrinha” (R$ 35) é uma porção de bolinhos de arroz com bacon e queijo canastra, servidos com maionese verde de ervas. O tira-gosto agradou tanto que a proposta é que ele continue no cardápio fixo do bar mesmo após o fim do circuito.

André destaca a importância do “guia” para fazer com que as pessoas conheçam novos lugares, públicos e regiões. “Acho que o legal é circular entre todos os bares e restaurantes sem se restringir a uma região”.


Tons quentes


Outro estabelecimento que terá um prato especial para o circuito é o Zuzunely, que fica no Bairro Santo Agostinho, Região Centro-Sul de BH. “Colo” (R$ 65) é o nome dado à tostada de waffle de batata baroa com ervas frescas, creme azedo com tangerina, salmão defumado, salada de feijão-fradinho, brotos de coentro, cebola roxa, azeite verde, granola salgada, flor de sal e folhas de ouro.


Além do sabor, as cores foram levadas em consideração na elaboração do prato, conforme explica a chef Bruna Haddad, à frente da casa. “A gente pensou em algo com elementos frescos, mas também aqueles que trazem coloração amarela, dourada, laranja”, explica, destacando a referência ao Setembro Dourado.


Bruna explica que a tostada será servida exclusivamente no período do circuito e que o seu público já está acostumado com cardápios sazonais. “Sinto que criar um novo prato torna a experiência ainda mais especial, atrai as pessoas para, além de contribuir com a causa, experimentar algo novo”, diz.

Para comer com as mãos


O tradicional Bar da Lora (unidade da Savassi) também integra o time de bares e restaurantes com itens inéditos para o circuito. O petisco “Cro-Kedama” (R$ 45), assim como pratos dos outros estabelecimentos, carrega, em seu nome, uma mensagem.


Segundo Pedro Fonseca, sócio da casa, o petisco faz analogia à “kokedama”, uma técnica japonesa de cultivo e cuidado com plantas. “Pensando nisso e trazendo esse cuidado para a comida, saúde e pessoas, escolhemos esse nome.”

Os croquetes são de carne bovina com jiló e queijo Canastra, acompanhados de molho bernaise de jiló. “São ingredientes importantes que acompanham a trajetória do bar. Por isso, inclusive, pretendemos manter esse petisco no cardápio”, conta Pedro, que diz querer mostrar aos seus clientes que eles podem contribuir com a CAPE ao consumirem o prato.

Vieram para ficar

Costela do Sertão: costela bovina prensada, nhoque de requeijão e molho de jabuticaba do Omilía
Costela do Sertão: costela bovina prensada, nhoque de requeijão e molho de jabuticaba do Omilía Omilía/Divulgação


A proposta do circuito casou perfeitamente com um prato que já estava nos planos do chef do Omilía, Gabriel Trillo. “Costela de Sertão” (R$ 130) é o nome da criação dele, feita com costela bovina prensada e assada, nhoque de requeijão e molho de jabuticaba. “Esse prato tem uma pegada regional, dialoga com o que fazemos no restaurante”, explica.


O Lagar Tragaluz é mais uma casa que apostou em uma novidade que chegou para ficar. O restaurante trouxe da unidade de Tiradentes (MG) o prato “Nossa Terra”( R$ 129), que é um risoto de cogumelos secos e frescos.

Para todos os gostos


Outros 19 estabelecimentos participam do festival beneficente. Os pratos são variados, com opções perfeitas para uma noite fria, como o arroz de pato (R$ 83) do Rex Bibendi, na Savassi, ou outras mais refrescantes, ideiais para dias quentes, como a salada de folhas verdes com queijo de cabra e pancetta (R$ 58) do restaurante Taste-Vin, no Lourdes, Região Centro-Sul de BH.


Brinde à vida

A noite da Casa Aura será no Topo do Mundo e terá pratos assinados por Cristiano Campos, entre eles robalo selvagem ao molho de champanhe e caviar com risoto de limão siciliano
A noite da Casa Aura será no Topo do Mundo e terá pratos assinados por Cristiano Campos, entre eles robalo selvagem ao molho de champanhe e caviar com risoto de limão siciliano Marcos Vieira /EM/D.A Press


O mês de setembro também será marcado por noites de encontros e divulgação do trabalho realizado por instituições de acolhimento de adolescentes e crianças em tratamento contra o câncer. A primeira delas vai ocorrer no dia 8, segunda-feira, no restaurante Topo do Mundo, em Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte, e toda a renda será destinada à Casa Aura, com mais de 24 anos de atuação.

Neste dia, o chef Cristiano Campos vai assinar o menu de três tempos, que marca o primeiro jantar beneficente da instituição. A entrada será mini tartar de salmão com ovas do peixe e crocante de brioche ou creme de couve-flor trufado com croutons de ervas.


As opções de prato principal são: carré de cordeiro em crosta de pistache, jus (molho à base de caldo de carne) de vinho tinto, mousseline de batata trufada e aspargos confitados; robalo selvagem ao molho de champanhe e caviar acompanhado de risoto de limão siciliano e flores comestíveis e linguine com cogumelos trufados.


Já na hora da sobremesa, é preciso fazer a difícil escolha entre a esfera de chocolate com creme de frutas vermelhas e gelato de amora e o pudim de pistache com caramelo de pistache de flor de sal.


“Esse menu é exclusivo para o evento. Estou usando alguns itens que já estão no cardápio do restaurante, mas de formas diferentes, com combinações e empratamento distintos”, explica o chef. O ingresso para o jantar é vendido por R$ 420 (por pessoa), com bebidas, cerveja e vinho incluídos.

Nova forma de captação


Eliana Quintão, uma das conselheiras da Casa Aura, explica que esse jantar faz parte de um novo plano de captação de renda, afinal, a instituição depende muito de doações, que representam 78% da receita.
“Estamos tentando inovar e apresentar a Casa Aura para cada vez mais pessoas. Por isso, acreditamos que, além de captar recursos, o jantar vai ser importante para divulgar o nosso trabalho”, conta.

Tradição na cidade


Enquanto a Casa Aura aposta pela primeira vez em um jantar beneficente, a Casa de Acolhida Padre Eustáquio (CAPE) chega à 11ª edição da sua noite de gala. O jantar do “Chefs Contra o Câncer” já se tornou tradicional em Belo Horizonte e reúne, anualmente, grandes nomes da gastronomia de diversas regiões do país. Neste ano, o evento será realizado no Complexo CentoeQuatro, no Centro da cidade.

A noite de celebração vai receber só chefs de fora: Morena Leite, do restaurante Capim Santo, em São Paulo; Onildo Rocha, do Notiê e Abaru, em São Paulo e Cozinha Roccia, em João Pessoa; Marco Renzetti, do Fame Osteria, em São Paulo, e Nino Cucina, com unidades em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Goiânia e Belo Horizonte; Lucas Corazza, jurado do programa “Que Seja Doce”; e Rachel Codreanschi, chef-executiva do grupo Rosewood, em São Paulo.


Cada um deles ficou responsável por uma etapa do jantar e elegeu um prato que, de alguma forma, conversa com sua proposta e identidade. Para começar, caju com ovas de salmão e tucupi, prato elaborado pelo chef Onildo Rocha.


“Ele representa muito o meu trabalho. O caju sempre está no cardápio do Notiê em diferentes formas. É uma fruta endêmica e usamos derivados dele nessa receita”, diz o chef, destacando o uso da cajuína, castanha de caju e da polpa da fruta. A outra entrada, um ceviche de peixe com coco, será preparada por Morena Leite.

Arroz e massa

O Complexo CentoeQuatro receberá só chefs de fora para o jantar da CAPE, que terá o arroz de pato com caldo de tucupi de Rachel Codreanschi, do grupo Rosewood, em São Paulo
O Complexo CentoeQuatro receberá só chefs de fora para o jantar da CAPE, que terá o arroz de pato com caldo de tucupi de Rachel Codreanschi, do grupo Rosewood, em São Paulo Rubens Kato/Divulgação


Os pratos principais ficaram a cargo de Marco Renzetti e Rachel Codreanschi. Ela vai levar um arroz de pato com caldo de tucupi. “Esse arroz me acompanha desde o início da minha carreira e para o evento quis trazer esse toque de tucupi”, explica a chef. Vale ressaltar que a linguiça utilizada no preparo é artesanal e feita pelo mestre charcuteiro do grupo Rosewood.

Marco Renzetti, por outro lado, vai servir uma versão de um prato tradicional do Fame, que carrega uma estrela Michelin. O agnolotti de genovese (carne assada lentamente com cebola) com fonduta de parmeggiano reggiano (queijo italiano de origem controlada) será preparado no forno com massa de grano duro em forma de caracol.


“Fizemos essa versão para o evento, que reúne um grande número de pessoas”, diz o chef, que destaca ter escolhido esse prato por ser “muito difícil alguém não gostar dele”, além de ser um dos poucos que existem no cardápio de seu restaurante desde a fundação, em 2020.

Esfarela na boca


Fecha a noite a sobremesa de Lucas Corazza, reconhecido como um dos grandes nomes da confeitaria no país: torta de banana com baru e cacau. “Ela leva uma massa de cacau que esfarela na boca, um praliné de castanha de baru e ganache de banana caramelizada”, explica. “Essa é uma sobremesa com texturas que se contrapõem, sabores equilibrados e que valorizam a potência dos ingredientes.”


Os ingressos do jantar harmonizado com vinhos são vendidos a R$ 1000 por pessoa e todo o valor é revertido para a CAPE. A organização do evento reforça que os pratos podem ser modificados em caso de dificuldades logísticas em relação aos insumos.

Anote a receita: Torta sablée de chocolate, banana e castanha de baru do chef Lucas Corazza

Torta sablée de chocolate, banana e baru do chef Lucas Corazza une diferentes texturas e sabores
Torta sablée de chocolate, banana e baru do chef Lucas Corazza une diferentes texturas e sabores Tulio Dangelo/Divulgação


Ingredientes:

  • 2,25kg de leite integral;
  • 2,25kg de creme de leite fresco;
  • 0,5kg de açúcar líquido invertido;
  • 0,9kg de gemas;
  • 2,2kg de chocolate 63%;
  • 960g de banana nanica;
  • 1600g de chocolate branco;
  • 560g de açúcar refinado;
  • 400g de manteiga sem sal;
  • 14g de canela em pó;
  • 400g de creme de leite UHT;
  • 1440g de manteiga sem sal;
  • 1320g de açúcar refinado;
  • 720g de gemas;
  • 1680g de farinha de trigo;
  • 168g de cacau em pó 100%;
  • 144g de fermento químico em pó;
  • 24g de flor de sal;
  • 1200g de chocolate 35%;
  • 180g de manteiga de cacau;
  • 510g de chocolate ao leite 35%;
  • 180g de amêndoas sem casca;
  • 270g de castanha de baru;
  • 480g de açúcar refinado;
  • 4g de flor de sal.


Modo de fazer:

  • Para o crémeux (creme aveludado), leve ao fogo leite integral, creme de leite fresco, açúcar líquido e as gemas e cozinhe até 80ºC.
  • Remova do fogo e coe enquanto despeja sobre o chocolate 63%.
  • Misture com um mixer e deixe esfriar até a hora do uso.
  • Para a ganache de banana, faça um caramelo seco bem dourado (com açúcar) e adicione a manteiga.
  • Misture fora do fogo até ficar homogêneo.
  • Adicione a banana picada e a canela e leve de volta ao fogo.
  • Acrescente o creme de leite e incorpore.
  • Remova do fogo, despeje sobre o chocolate branco e misture com um mixer até ficar liso e homogêneo.
  • Resfrie até a hora do uso.
  • Para a massa sablée, derreta o chocolate.
  • Peneire todos os secos (farinha de trigo, cacau em pó e fermento).
  • Na batedeira, com a raquete, misture a manteiga com o açúcar e as gemas.
  • Adicione à manteiga os secos peneirados e misture em velocidade baixa.
  • Por fim, adicione o chocolate derretido e misture até ficar homogêneo.
  • Adicione, por fim, a flor de sal e misture pouco.
  • Quebre essa massa em pedaços pequenos, fazendo uma “farofa” grossa com ela.
  • Espalhe essa farofa numa assadeira e asse no forno a 160ºC por aproximadamente 15 a 20 minutos.
  • Corte em forma de bolachas redondas.
  • Para a praliné, em uma panela, faça um caramelo seco e junte as amêndoas sem casca.
  • Transfira para um tapete de silicone ou uma superfície untada.
  • Quando estiver morno, coloque em um liquidificador e bata por 10 minutos.
  • Quando tiver quebrado, adicione o chocolate ao leite e a manteiga de cacau.
  • Processe até obter uma pasta crocante.
  • Tempere como um chocolate a 28ºC .
  • Reserve na geladeira para firmar.
  • Para a montagem, pegue um disco de massa, espalhe o crémeux, a praliné, feche com outro disco de massa e, por cima, coloque a ganache de banana.

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Serviço

Jantar com Aura

Dia 8/9 (segunda), às 19h
Topo do Mundo (Rua Senador Milton Campos, 145, Vila Castela, Nova Lima)
Ingressos por R$ 420 (pix) ou R$ 462 (pelo Sympla)
Reservas pelo telefone (31) 3236-5908

Jantar beneficente Chefs Contra o Câncer

Dia 30/9 (terça), a partir das 19h
Complexo CentoeQuatro (Praça Rui Barbosa, 104, Centro)
Ingressos por R$ 1000
Reservas pelo telefone (31) 99204-0008

*Estagiária sob supervisão da subeditora Celina Aquino 

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beneficente cape italiana jantar solidariedade

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