Celso Adolfo fecha o ano com algumas novidades no show desta sexta (19/2), no Arquivo Público de Minas Gerais, com entrada franca. “Vou mostrar 'Pra mode pensar', inédita já gravada, mas não lançada”, adianta. O repertório terá músicas significativas de sua carreira, iniciada na década de 1970. Aliás, “Nós dois”, lançada em 1982 e clássico do cancioneiro romântico nacional, acaba de ganhar releitura do ator e cantor Gabriel Leone.

O galã, de 32 anos, nem era nascido quando Celso fez o Brasil se encantar pelo verso “e nós que nem sabemos quanto nos queremos/ Que nem sabemos tudo o que queremos/ Como é difícil o desejo de amar”.

“Gabriel Leone me ligou e conversamos sobre 'Nós dois'. Falei sobre o arranjo que fiz para ela, com o violão na frente, mas eles preferiram partir para um arranjo com cordas, piano e voz. Aliás, doces arranjo e voz do ator que conheci nos seriados 'Senna', 'Dom', e agora no filme 'O agente secreto'. Vida nova a uma canção é tudo o que ela e seu compositor desejam sempre”, diz Celso Adolfo.

Que o digam Caymmi, Chico Buarque e João Bosco. O cantautor mineiro há anos não leva músicas de outros compositores para seus shows. Mas o repertório desta sexta dará “vida nova” a praieiras de Dorival Caymmi (“lindas demais!”, diz ) e a “Sinhá”, de Chico Buarque e João Bosco, “outra maravilha”.


Vem novidade por aí: Celso anuncia duas inéditas até 25 de dezembro, que estarão no álbum previsto para 2026.


Conectado com a literatura e a leitura, as canções dele podem tanto citar o BBB Rafa (“Pra saber o que a cobra faz, cria ela no quintal”) quanto Tom Zé (“Menina, amanhã de manhã/ quando a gente acordar/ quero te dizer que a felicidade vai/ desabar sobre os homens, vai”), presente em “Felicidade vai desabar do poema!”.

Outra inspiração veio do status do escritor Marcilio Godoy no Facebook (“Divagar, quase pairando”).

“Muitas vezes cito coisas que li, sem jamais deixar de citar as fontes”, comenta o autor de “Coração brasileiro”, gravada por Milton Nascimento no LP “Ânima” (1982), com belos violões do autor, de Celso, Bento Menezes e Juarez Moreira.


O coração mineiro, aliás, está indignado com o que vem ocorrendo no Brasil. “Sou contra o que esta Câmara dos Deputados vem fazendo em proveito próprio. É inadmissível o papo de dosimetria e de anistia para quem promoveu a vergonhosa quebradeira dos Três Poderes no famigerado 8 de janeiro, para quem pretendia assassinar Lula, Alckmin, Alexandre de Moraes, ou acertar a testa da ministra Cármen Lúcia e tocar fogo na Brasil para promover mais barbaridades em seguida”, afirma Celso.

Portal de Natal

Mas nada de esmorecer. Neste dezembro, os símbolos natalinos, com seus bons presságios, estão montados na casa do poeta e cantor de São Domingos do Prata.

“O presépio que eu faço é sempre bonito demais. A árvore que minha filha monta também é sempre linda demais! Luzinhas em geral, além desta novidade: já na chegada, todos serão fotografados no Portal de Natal, que resolvi imitar, depois de ver matéria sobre alguém que fez algo parecido na porta do seu apartamento e foi imitado no prédio inteiro”.

O projeto Traços da Memória, do qual Celso Adolfo participa hoje à noite, comemora os 30 anos da Associação Cultural do Arquivo Público Mineiro.

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

CELSO ADOLFO


Show nesta sexta-feira (19/12), às 19h, no Arquivo Público Mineiro (Avenida João Pinheiro, 372, Lourdes). Entrada franca, com retirada de ingressos na plataforma Sympla.

compartilhe