ARTES VISUAIS

Palácio das Artes inaugura exposição sobre a própria história

‘Espaço, memória, cultura e patrimônio’, que será aberta nesta terça (23/12), inicia comemorações pelos 55 anos do equipamento cultural, completados em 2026

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O pontapé inicial das comemorações dos 55 anos que o Palácio das Artes completa em 2026 é a inauguração, nesta terça-feira (23/12), às 10h, na área da Galeria Mari'stella Tristão, da exposição “Espaço, memória, cultura e patrimônio”, que repassa a história do equipamento cultural. A mostra traz uma linha do tempo graficamente projetada em grandes painéis, que contêm textos e imagens dos principais acontecimentos que marcaram o espaço.

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Também nesta terça será lançado o site www.espacomemoria.com.br, uma extensão da mostra, com um volume maior de informações e imagens que marcaram a história da instituição, bem como de personalidades que contribuíram para construir sua memória e dão nome a cada sala, monumento ou galeria do Palácio, como Juscelino Kubitschek, Clóvis Salgado, Oscar Niemeyer, João Ceschiatti, Juvenal dias, Mari'stella Tristão, Alberto da Veiga Guignard, Humberto Mauro e Pedro Moraleida, entre outros.


Presidente da Fundação Clóvis Salgado (FCS), Sérgio Rodrigo Reis destaca que o projeto “Espaço, memória, cultura e patrimônio” chega para contribuir, de maneira substancial, para a reafirmação da história do Palácio das Artes, seus personagens, artistas e principais acontecimentos. “Além disso, promove uma interpretação singular dos principais fatos que marcaram nossa existência”, diz.


Reis diz que, junto com a Coreto Cultural, produtora responsável por conduzir o projeto “Espaço, memória, cultura e patrimônio”, a FCS pensou numa estratégia que pudesse celebrar o ontem, o hoje e o sempre. Ele aponta que isso guiou toda a programação comemorativa dos 55 anos, que engrena a partir de janeiro.

Fotografia mostra público sentado no Grande Teatro do Palácio das Artes, em 1971
Público acompanha o concerto de inauguração do Grande Teatro do Palácio das Artes, em 1971 Acervo Fundação Clóvis Salgado

 

Linha do tempo

“Começamos a buscar possibilidades para realmente contar essa história, porque, por incrível que pareça, não havia nada de memória consolidado na instituição. Existem publicações de teses e trabalhos que iluminam alguns aspectos da história do Palácio das Artes, mas o básico nunca foi feito, uma linha do tempo que registrasse essa história”, afirma, acrescentando que foi adotado um método muito comum fora do país, na Europa principalmente, para ativar sítios históricos, que é o de um Centro de Interpretação.


O presidente da FCS explica que esse método consiste em transformar o próprio edifício em um grande espaço de experimentação da memória. “Fomos buscar os registros de personagens que ajudaram a consolidar o Palácio das Artes, como Guignard, JK, Oscar Niemeyer, Clóvis Salgado, Genesco Murta e tantos outros. A partir de agora, vamos começar a musealizar esse conteúdo para que o visitante tenha a experiência sensorial de acesso a esse conhecimento”, diz.


Ao longo de um ano, foram consultados acervos públicos e privados localizados principalmente em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, entre eles, os da Academia Mineira de Letras, do Arquivo Público Mineiro, da UFMG, da Rede Minas, do MIS-RJ, do Arquivo Nacional, do Projeto Portinari e da própria FCS. A diretora de projetos da Coreto Cultural, Gabriela Santoro, que coordena a curadoria, diz que o principal desafio imposto pelo projeto foi lidar com o volume de informações.


“Mesmo adotando um recorte, tivemos um horizonte de pesquisa muito amplo, então fizemos um movimento de alargar essa pesquisa, vendo o potencial de acervo que conseguiríamos acessar sobre o Palácio das Artes e os personagens ligados a ele, e depois filtramos o que era mais relevante, porque o volume de informações e imagens era muito grande, tudo entrelaçado com a história de Belo Horizonte, o movimento modernista, a feira hippie, que teve como uma das idealizadoras Mari'stella Tristão”, diz.


Personalidades

O recorte adotado a que ela se refere foi trabalhar nas áreas de maior circulação do Palácio das Artes, traçando a linha do tempo relacionada com as personalidades que dão nome a suas salas e galerias. Gabriela diz que, ao longo do ano, o projeto será ampliado dentro do próprio Palácio das Artes, para as salas de seus corpos estáveis, e pode chegar a outras instituições culturais. “A ideia é promover reflexão acerca de uma política de memória da cidade que precisa ser mais sistematizada e continuada”, aponta.


O artista plástico Marconi Drummond, que colaborou com a curadoria do projeto, diz que a exposição “Espaço, memória, cultura e patrimônio” e seus desdobramentos reafirmam o Palácio das Artes como um centro cultural em constante transformação, no qual passado, presente e futuro se encontram.


“Ao revisitar essas memórias e lançar novos olhares sobre os personagens que ajudaram a construir esse patrimônio, a exposição propõe uma escuta sensível às vozes que ecoam em seus corredores e convida o público a se reconhecer também como parte dessa história viva da cultura mineira. E mais: reconhecer a história política e cultural de Belo Horizonte e de Minas Gerais – uma trajetória na qual a criação do Palácio não apenas impactou o cenário cultural, mas também ressignificou a ideia de cidade, modernidade e pertencimento”, afirma.

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“ESPAÇO, MEMÓRIA, CULTURA E PATRIMÔNIO”
Abertura da exposição e lançamento do site do projeto, nesta terça-feira (23/12), às 10h, na área da Galeria Mari'stela Tristão, no subsolo do Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1.537, Centro). Acesso gratuito.

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