Música clássica

Sinfônica de Minas encerra a temporada deste ano da série 'Pianíssimo'

Pianista Nahim Marun é o convidado da orquestra, nesta quarta (3/12) à noite, no Palácio das Artes. Programa tem peças de Khachaturian, Prokofiev e Dvorák

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A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) encerra a temporada 2025 da série “Pianíssimo” nesta quarta-feira (3/12), às 20h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Sob regência da maestra Ligia Amadio, o concerto vai contar com a participação do pianista Nahim Marun, de São Paulo. O programa reúne obras de Aram Khachaturian, Sergei Prokofiev e Antonín Dvorák.

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Ao longo do ano, a série recebeu vários pianistas brasileiros em apresentações ao lado da orquestra. Reconhecido tanto no Brasil quanto no exterior, Marun recebeu o prêmio de Melhor Solista do Ano, concedido Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). O convidado é também professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

A noite se inicia com o “Adágio de Spartacus e Phrygia”, trecho do balé “Spartacus”, composto em 1954 pelo armênio Aram Khachaturian. Em seguida, o “Concerto para piano nº 3”, do russo Sergei Prokofiev, será interpretado pela primeira vez nos 50 anos de trajetória da Sinfônica de Minas Gerais. Por fim, a orquestra executará a “Sinfonia nº 7”, do tcheco Antonín Dvorák, composta entre 1884 e 1885.

Foto mostra a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais vista de cima
Sinfônica de Minas Gerais vai apresentar pela primeira vez o "Concerto para piano nº 3", de Sergei Prokofiev Paulo Lacerda/divulgação

“O concerto de Prokofiev é muito brilhante. É um concerto modernista publicado em 1921, cheio de contrastes, de fortes pianos, com temas mais românticos, temas mais marciais, vivos. É como as obras modernistas mesmo. Se a gente pensar em pintura e arquitetura, temos um paralelo bastante grande com a música. São obras angulosas, como se víssemos um quadro de Picasso com a técnica de 1920”, compara Nahim Marun, destacando o nível técnico exigido pelo concerto.

O repertório contempla compositores fora do circuito clássico europeu e alemão, vindos de locais com contextos históricos marcados por transformações sociais e culturais. No caso de Prokofiev, o concerto pertence ao período do modernismo na Rússia. Foi publicado poucos anos após a Revolução Russa, momento de intensa produção artística, explica Marun.

“Ele é mais moderno, muito desconhecido pelo público e muito bonito. Surge no momento em que o piano já estava superdesenvolvido e a orquestra também. Havia muita percussão, orquestras maiores, com muita sonoridade. Gosto desse repertório um pouco menos conhecido, vale a pena fazê-lo”, afirma. Marun diz que apresentar obras diferentes ao público é a missão pessoal dele.

O destaque do piano no palco posiciona o convidado em harmonia com a orquestra – das cordas ao sopro –, reforçando a importância da comunicação entre os músicos. Para Marun, nas diferentes composições os instrumentos se mantêm em harmonia com o piano.

“Muita gente fala que a voz humana combina muito com o piano, assim como o violoncelo, que tem muito parentesco com a voz, e outras cordas, como o violino. Toco muito com violino, gosto dessa combinação com o piano. Por outro lado, há compositores que escreveram para combinações quase inusitadas, mas que funcionam muito bem, como piano e trompa”, afirma.

Amizade

O repertório desta noite é fruto do diálogo entre o pianista e a maestra Ligia Amadio. Foi Marun quem sugeriu o “Concerto nº 3”, de Prokofiev.

A apresentação é um novo capítulo da parceria entre o convidado e a regente. Os dois chegaram a estudar com o mesmo professor, há cerca de 40 anos, e se apresentam juntos desde muito jovens. Amadio e Marun fizeram concertos em várias cidades brasileiras e também em Montevidéu, no Uruguai.


SÉRIE “PIANÍSSIMO”


Com pianista Nahim Marun e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. Regência: Ligia Amadio. Nesta quarta-feira (3/12), às 20h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro). Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), à venda na bilheteria do teatro e na plataforma Eventim.


*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria

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