A despedida de Arlindo Cruz, que morreu aos 66 anos em decorrência de complicações de um AVC sofrido em 2017, será aberto ao público e fãs foram convidados para participar. Mais do que isso, a família do artista fez um pedido para que todos compareçam vestindo roupas claras, em sinal de luz, alegria e da energia positiva que o músico espalhou ao longo de sua vida.

O velório será realizado neste sábado (9/8), a partir das 18h, na quadra do Império Serrano, em Madureira - espaço que não apenas foi palco de momentos inesquecíveis na carreira de Arlindo, mas também parte de sua história. No dia seguinte, domingo (10/8), o corpo será sepultado às 11h no Cemitério Jardim da Saudade.

Em nota, a família agradeceu as inúmeras mensagens recebidas desde o anúncio da morte e reforçou a importância do gesto coletivo no dia da despedida: "É muito significativo todo o carinho e mensagens que estamos recebendo."

Arlindo Cruz era casado com Babi Cruz desde 2012. Dessa união, nasceram os filhos Arlindinho e Flora. Além disso, o sambista tinha outro filho, Kauan Felipe, de um relacionamento anterior. Reprodução do Instagram @arlindocruzobem
Mesmo longe dos palcos, Arlindo Cruz permaneceu como símbolo do samba autêntico e do talento generoso. Sua obra continuou e sempre continuará a ser reverenciada e interpretada por novas gerações de artistas. Reprodução do Instagram @arlindocruzobem
Além da carreira solo, Arlindo participou de projetos especiais, como o Sambabook, e de turnês com o filho Arlindinho, com quem vinha dividindo os palcos antes de sofrer o AVC que o afastou da vida pública. Reprodução do Instagram @arlindocruzobem
Clássicos como “O Show Tem Que Continuar”, “Meu Lugar” e “Ainda É Tempo Pra Ser Feliz” fazem parte da memória afetiva de milhões de brasileiros. Reprodução do Instagram @arlindocruzobem
Ao longo da carreira, Arlindo Cruz compôs com diversos parceiros. Entre eles, Sombrinha, Zeca Pagodinho, Jorge Aragão e outros ícones do gênero. Reprodução do Instagram @arlindocruzobem
Seus discos solo, como “Pagode do Arlindo” e “Sambista Perfeito”, misturam lirismo, crítica social e celebração da cultura popular. Reprodução do Instagram @arlindocruzobem
Durante 12 anos no Fundo de Quintal, Arlindo se destacou também como compositor. Ele saiu do grupo no início dos anos 1990 e seguiu carreira solo, firmando-se como um dos maiores sambistas de sua geração. Sombrinha foi um dos seus parceiros mais frequentes. Reprodução do Instagram @arlindocruzobem
Nos anos 1980, ele ganhou notoriedade ao integrar o grupo Fundo de Quintal, um dos expoentes da renovação do samba tradicional com rica instrumentação e levadas mais cadenciadas. Divulgação
Ele é uma das crias do Cacique de Ramos, um dos mais conhecidos blocos carnavalescos do Rio de Janeiro, ao lado de nomes como Almir Guineto, Jorge Aragão, Sombrinha e Luiz Carlos da Vila. Reprodução do Instagram @arlindocruzobem
Na adolescência, ele já atuava como músico profissional e passou a integrar rodas de samba. Reprodução do Instagram @arlindocruzobem
Multi-instrumentista, compositor e cantor, ele começou a tocar cavaquinho ainda na infância, incentivado por seu pai, Arlindão Cruz. Ele ganhou o instrumento com apenas seis anos de idade. Reprodução do Instagram @arlindocruzobem
Arlindo Cruz nasceu em 14 de setembro de 1958 em Madureira, subúrbio do Rio de Janeiro. Era compositor e torcedor da escola de samba Império Serrano. E emplacou diversos sambas-enredo em carnavais da verde e branca. Reprodução do Instagram @arlindocruzobem
O estado de saúde de Arlindo já vinha se agravando conforme a imprensa divulgou em meados de julho. A família divulgou nota sobre o sambista dizendo que ele estava "estável" sob cuidados e cercado de amor. O filho, Arlindinho, pediu respeito: "Meu pai ainda está vivo", ele disse. Reprodução do Instagram @arlindocruzobem
Amigo de Arlindo e parceiro dele em várias músicas, Zeca Pagodinho disse: "Morre hoje meu compadre, meu parceiro, meu amigo Arlindo Cruz. Que Deus receba de braços abertos, sofreu muito e agora precisa descansar um pouco. Vai com Deus!" Reprodução Facebook Zeca Pagodinho
Mumuzinho gravou uma música homenageando Arlindo dias antes da morte do compositor. Abalado com a perda, ele disse: "Conviver com o Arlindo era maravilhoso! Ao mesmo tempo em que a gente olhava o cara e via uma entidade, uma pessoa grandiosa, ele era um cara simples e não tinha vaidade nenhuma". Divulgação
Outros artistas também se manifestaram sobre a importância de Arlindo Cruz. Com a voz embargada, Diogo Nogueira disse: "Meus sambas, minhas ideias, meus projetos têm muita influência dele". Reprodução do Youtube
Suas músicas - muitas delas verdadeiros hinos do samba moderno - foram gravadas por muitos artistas, com enorme popularidade. Sempre com melodias e letras que se afinavam com perfeição. Reprodução do Instagram @arlindocruzobem
Arlindo passou todos esses anos sob os cuidados da família e de médicos, passando por diversas cirurgias. Um dos nomes mais prolíficos da música mundial, Artlindo deixou 847 composições registradas no ECAD, o escritório de direitos autorais. Ele teve 1.844 gravações cadastradas em seu nome no sistema. Reprodução do Instagram @arlindocruzobem
Caetano Veloso resumiu em poucas palavras a importância de Arlindo Cruz para a música brasileira: "Um Deus que cantava as próprias melodias mágicas, o maior sambista moderno". O cantor e compositor de 66 anos morreu em 8 de agosto, 8 anos após sofrer um AVC que o deixou incapacitado de seguir sua incrível produção de arte musical. Reprodução do Instagram @arlindocruzobem

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A expectativa é de que amigos, artistas e fãs se reúnam para prestar a última homenagem ao cantor e compositor, relembrando sua trajetória marcada por letras que exaltaram a cultura, a fé e o cotidiano do povo brasileiro.

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