MÚSICA BRASILEIRA

BNegão faz show com banda de BH para homenagear Jorge Benjor

Nesta quinta-feira (10/7), cantor carioca e Ponta de Diamante apresentam a releitura do disco 'A tábua de esmeralda1, no Sesc Palladium

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Com álbum lançado no final do ano passado e às voltas com os preparativos para a turnê de despedida do Planet Hemp, BNegão está com a agenda lotada, mas faz questão de reservar espaço para um projeto criado em Belo Horizonte que tomou proporções maiores do que o previsto. Trata-se do show em que ele canta o repertório do álbum “A tábua de esmeralda” (1974), de Jorge Ben Jor, com o qual volta à cidade nesta quinta-feira (10/7), às 21h, no Sesc Palladium.

Essa história começou em 2024, quando o disco clássico da MPB completou 50 anos. A ideia de marcar a efeméride com um show de BNegão acompanhado pela banda Ponta de Diamante, formada por músicos locais, brotou a partir de uma parceria com o Catavento Cultural, espaço na Região Nordeste de BH. O repertório seria a íntegra do álbum de onde saíram “Menina mulher da pele preta”, “Zumbi” e “Os alquimistas estão chegando”.

“Era para ser um show só no Catavento Cultural. Tivemos a ideia e reunimos a banda, com direção do Zé Mauro, um cara muito talentoso aí de BH que toca violão. A parada deu tão certo, a ideia repercutiu tanto, que três dias antes do show (realizado em 6 de julho), já tínhamos fechado com o pessoal do (festival) Sensacional, que nos convidou para integrar a programação do Sensacional Celebra. Foram dois shows maravilhosos”, diz BNegão.

Assim como o álbum, o show tem o violão como base para os arranjos. “A tábua de esmeralda” foi o último disco de Ben Jor empunhando o violão, antes de adotar a guitarra em shows e gravações.

Reza a lenda, de acordo com BNegão, que, primeiro, Jorge criou todas as músicas sozinho, tocando o instrumento e batendo o pé numa caixa de madeira, como fazem os bluesmen para marcar o ritmo.

O show não é 100% fiel ao álbum. “É um meio do caminho, porque tem coisas nossas, adaptações, mas mantendo o violão à frente, porque essa é a identidade maior do disco”, destaca BNegão.

Alquimia de Jorge

Ele chama a atenção para características marcantes de “A tábua de esmeralda”. Uma delas é a questão temática – a alquimia e o hermetismo estão presentes em boa parte das faixas.

“Deu na cabeça dele de fazer um disco sobre isso. Não é uma coisa fácil. Imagina o cara chegar e falar: 'Vou fazer um disco sobre alquimia e valeu' – e isso estourar. Tem outras maravilhas, como 'Zumbi', que acho genial”, diz, comparando a primeira versão, gravada em “A tábua de esmeralda”, com a segunda, do álbum “África Brasil” (1976).

“Em 'A tábua de esmeralda', ele está falando sobre de Zumbi; em 'África Brasil', ele está guerreando como Zumbi”, observa.

BNegão tem relação pessoal com Ben Jor, mas não sabe se o tributo já chegou ao conhecimento dele. “Se ainda não sabe, vai saber assim que nos encontrarmos. Ele é um querido, toda vez que o vejo agradeço, porque sua música é inspiração para mim. Um tio meu foi maestro e arranjador dele na época do 'Mas que nada': o JT Meirelles, considerado inventor do samba-jazz.”

Novos convites

O músico destaca que, até o momento, só BH viu o show, mas há pedidos de várias cidades. “É um negócio que reverberou e nós gostamos muito de fazer. Então, se for possível, queremos circular mais com 'A tábua de esmeralda', mas tem de ver como administrar isso. A agenda está uma loucura”, revela.

No final do ano passado, ele lançou o álbum “Metamorfoses, riddims e afins” e circula com esta turnê desde 23 de maio.

“Foi quase um lançamento sem disco, porque, por questão da distribuidora, ele só chegou às plataformas na véspera, e mesmo assim os ingressos esgotaram. A galera comprou sem conhecer o trabalho. Eu podia ter feito um disco de polca”, diverte-se, destacando a confiança do público em seu trabalho.

BNegão também ensaia para a turnê de despedida do Planet Hemp, que começa em setembro, em Salvador, e chega a BH em 31 de outubro. “Vai ser clássico”, avisa.

BNEGÃO E PONTA DE DIAMANTE

Show nesta quinta (10/7), às 21h, no Grande Teatro do Sesc Palladium (Rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro). Inteira: R$ 160 (plateia 1), R$ 140 (plateia 2) e R$ 100 (plateia 3), com meia na forma da lei, à venda na plataforma Sympla e na bilheteria.

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