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O verão nem chegou ainda, mas já promete ser um dos mais intensos dos últimos anos. Previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) indicam a presença simultânea de ondas de calor mais fortes e períodos de chuva acima da média em várias regiões do país, o que pode afetar diretamente a nossa saúde.
Embora calor e chuva façam parte da estação, especialistas têm chamado atenção para a intensidade dos extremos. Segundo o dr. Armindo Matheus, diretor médico da Nova Saúde, esse clima combinado exige mais cuidado do que imaginamos.
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Ele explica que o corpo humano funciona como um sistema delicado de equilíbrio. Quando o calor é muito intenso, ou quando temos umidade e chuvas constantes, esse equilíbrio se rompe com facilidade, e isso pode gerar desde mal-estar leve até quadros graves, especialmente em pessoas vulneráveis.
Durante ondas de calor, o organismo perde água mais rápido, o sistema cardiovascular trabalha sob pressão e a temperatura interna aumenta, podendo levar à desidratação, tontura, alteração da pressão arterial, exaustão e até desmaios. Já em períodos chuvosos, há maior circulação de vírus, contaminação de água, aumento de arboviroses e risco de infecções respiratórias.
Entre todos os impactos do calor e da umidade, idosos e crianças merecem atenção especial, e não apenas porque são mais sensíveis às variações climáticas. O corpo das crianças ainda está em desenvolvimento e não consegue regular a temperatura com a mesma eficiência de um adulto. Já os idosos, por terem menor reserva hídrica e, muitas vezes, doenças associadas, desidratam mais rápido e percebem os sintomas mais tarde. Com eles, a prevenção precisa ser ainda mais rígida.
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Nos dois grupos, sinais como irritabilidade, sonolência excessiva, choro sem motivo, cansaço extremo e pouca urina podem indicar que o organismo já está entrando em sobrecarga.
Quando a temperatura sobe demais, o organismo precisa fazer um esforço maior para se resfriar. É nesse processo que muitos sintomas aparecem, conforme lista do dr. Armindo: suor excessivo e perda acelerada de líquidos; queda da pressão ou aumento repentino; taquicardia; fadiga e sensação de corpo “pesado”; piora de problemas renais; aumento do risco de arritmias ou AVC em pessoas predispostas. Pacientes hipertensos ou diabéticos são especialmente vulneráveis. O calor altera glicemia, pressão e o funcionamento dos rins. Pequenas oscilações que seriam toleráveis no inverno viram riscos reais no verão.
O aumento da umidade com as chuvas fortes e as áreas alagadas favorecem doenças como: dengue, hepatite A, leptospirose, diarreias infecciosas e infecções respiratórias. Para o médico, mesmo quem não entra em contato com enchentes pode adoecer. Água contaminada, alimentos mal higienizados e proliferação de mosquitos são riscos silenciosos. A prevenção precisa estar no dia a dia das pessoas.
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Para se proteger, beba água ao longo do dia, mesmo sem sede; evite sol direto entre 10h e 16h; prefira alimentos leves e ricos em água; use roupas frescas e de cores claras; evite atividades físicas nas horas de maior calor; não entre em contato com água acumulada; ferva ou filtre a água sempre que houver dúvida sobre a qualidade; mantenha vacinas e exames em dia; redobre a atenção com idosos e crianças, eles desidratam mais rápido.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.
