Anna Marina*
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ANNA MARINA

Não a 'influenciadores' gastronômicos que exigem refeições gratuitas

Restaurantes, cafeterias e estabelecimentos de Nova York revelam exigências chocantes feitas por figuras obcecadas por status e presença nas redes sociais

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De acordo com o jornal New York Post, restaurantes da Big Apple são bombardeados com pedidos de comida grátis vindos de autoproclamados “influencers”, mas as casas vêm ficando espertas e percebendo que muitos são apenas golpistas.

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O sinal de alerta foi aceso depois de a aspirante a influenciadora gastronômica Pei Chung sair sem pagar contas no total de US$ 4 mil em restaurantes badalados de Williamsburg, no mês passado. Funcionários se manifestam, expondo as exigências chocantes feitas por figuras obcecadas por status e presença nas redes sociais.

Até mesmo restaurantes e cafeterias de pequeno porte são inundados com pedidos de supostos influenciadores gastronômicos. As solicitações variam de uma ou duas a dezenas por dia.

Alguns têm a audácia de pedir garrafas magnum de champanhe Krug, que custa mais de US$ 300. Outros “faturam” centenas de dólares em comida grátis para promover locais em postagens online. Dinheiro, aliás, que impulsiona as próprias marcas pessoais dos supostos “influencers”.

Ao contrário de críticos gastronômicos de publicações respeitadas, que sempre pagam pela comida e jantam anonimamente, e das contas de comida online já consolidadas, a maioria dos problemas surge por parte de “microinfluenciadores” com até 50 mil seguidores.

A verdade é que as redes sociais influenciam a escolha gastronômica moderna. Pesquisa aponta que 98 milhões de pessoas, ou 58% dos usuários do TikTok nos EUA, visitaram um restaurante depois de vê-lo em alguma plataforma.

O aumento foi de quase um terço desde 2022, informa levantamento realizado em janeiro pela agência de marketing MGH. Metade desses clientes afirma que o conteúdo sobre comida no aplicativo influencia a escolha de restaurantes.

Pequenas empresas, especialmente quando estão começando, sentem que precisam se envolver sempre que possível com as redes sociais, esperando que a visibilidade resulte em aumento do fluxo de clientes.

O problema é que qualquer um com celular pode se tornar “influenciador”.

A situação é a mesma ocorrida nos primórdios da plataforma on-line Yelp, quando todo mundo virou crítico gastronômico.

Empresário do setor em NY afirma que os tais “influenciadores” exigem refeições gratuitas em troca de uma grande mentira. Revela que foi abordado por gente que pediu pratos até para quatro pessoas. Diz, categoricamente, que não paga por posts.

Fica o alerta. O fato de postar vídeo bonito não qualifica ninguém como crítico gastronômico. É preciso entender de comida, e não usá-la de forma tão oportunista.

* Isabela Teixeira da Costa/Interina

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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