Anna Marina
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SAÚDE

Vício em apostas on-line, a nova "moda", pode causar transtornos mentais

Apostadores podem desenvolver depressão, insônia, declínio do desempenho profissional, dependência química e compulsão alimentar

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O governo federal proibiu os bingos, alegando que as pessoas se viciam em jogar, o que as leva a sérios problemas financeiros e a transtornos mentais.

 


Há alguns anos, surgiram as plataformas de pôquer e, a cada dia, novas plataformas de apostas on-line – como o “jogo do tigrinho” e as “bets” – ganham espaço, movimentando altos montantes e atraindo adeptos. O hábito de apostar de forma virtual pode rapidamente se tornar vício em jogos.

 

 


Esse vício está ligado ao comportamento de persistir em jogar recorrentemente, apesar das consequências negativas ou do desejo de parar. Pesquisa recente do Datafolha apontou que 30% dos brasileiros de 16 a 24 anos já apostaram em jogos de forma virtual.

 


Ariel Lipman, psiquiatra e diretor da SIG – Residência Terapêutica, afirma que o problema se agrava rapidamente, levando a consequências negativas para a saúde mental e o bem-estar do indivíduo. Segundo o médico, o jogo de azar traz a promessa de ganhar dinheiro rápida e facilmente de qualquer lugar do mundo, em qualquer dia e horário. É um perigo, pois isso pode acarretar em transtornos mentais.

 


O vício em jogos pela internet atinge maior número maior de pessoas por conta da facilidade. Antigamente, a pessoa precisava sair de casa para frequentar um local de apostas, mas hoje é possível jogar de qualquer lugar por meio do celular ou do computador.

 


A consequência do vício é o desenvolvimento de transtornos patológicos que envolvem doenças como dependência química e compulsão alimentar.

 


A maioria das pessoas acumula perdas e dívidas, o que gera impotência e vergonha. Muitas vezes, elas perdem tudo o que têm. Dependendo do nível do vício, o indivíduo pode desenvolver depressão, alerta o especialista. Além disso, as pessoas podem ter insônia e declínio do desempenho acadêmico e profissional.

 

 

Leia também: Vício em games preocupa a Organização Mundial da Saúde (OMS)

 


O ato de apostar é viciante por conta da liberação de dopamina, neurotransmissor associado ao prazer e à recompensa que ocorrem durante a jogatina.

 


É importantíssimo procurar o médico ou o psicólogo para que o problema seja acompanhado de perto e tratado adequadamente. Além de possíveis medicações, algumas estratégias podem ajudar no tratamento. O apoio familiar é de extrema importância, estabelecer uma rotina equilibrada é a chave para a recuperação.

 


Adotar hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos, dieta balanceada e a melhoria dos padrões de sono, pode contribuir significativamente para a recuperação.

 


E fica a pergunta: se não temos como proibir o funcionamento dessas plataformas, por que não liberar o bingo? (Isabela Teixeira da Costa/ Interina)

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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