ALESSANDRA ARAGÃO
Alessandra Aragão
Comunicadora, trabalha com desenvolvimento humano, atuando em terapia sistêmica, mentoria positiva e coaching de vida e carreira
(RE)INVENTE-SE

O poder dos gatilhos na construção de novos hábitos

O gatilho é um estímulo que desperta a necessidade de uma ação. A rotina é a ação em si, a resposta ao gatilho

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Os hábitos permeiam nossas vidas de maneiras muitas vezes imperceptíveis. Desde o simples ato de escovar os dentes pela manhã até os padrões complexos de pensamento e comportamento, os hábitos moldam quem somos e como vivemos nossos dias. Mas como esses padrões comportamentais se formam? E como podemos dominá-los para construir a vida que desejamos?

A ciência nos revela que a formação de hábitos se assemelha a um ciclo: gatilho, rotina e recompensa. O gatilho é um estímulo que desperta a necessidade de uma ação. A rotina é a ação em si, a resposta ao gatilho. A recompensa, por fim, é a sensação de prazer ou satisfação que nos motiva a repetir a ação.

Compreender esse ciclo é fundamental para a construção de novos hábitos. A chave está nos gatilhos, nos estímulos ou sinais que desencadeiam um comportamento específico, iniciando o processo. Eles podem ser externos, como um alarme para levantar-se da cama pela manhã, ou internos, como uma emoção ou um pensamento. Por exemplo, sentir-se estressado pode desencadear o desejo de comer doces como forma de conforto, ou sentir-se entediado pode desencadear o hábito de roer as unhas.

Ao identificar os gatilhos que nos impulsionam em direção a hábitos indesejáveis, podemos tomar medidas para controlá-los e, em certos casos, substituí-los por "gatilhos positivos" que nos permitirão criar os hábitos que desejamos.

Por exemplo, se o estresse no trabalho é um gatilho para comer fast food, podemos identificar esse gatilho e substituí-lo por uma pausa para escutar música ou fazer exercícios de respiração. Você deseja se exercitar pela manhã? Experimente colocar a roupa de ginástica em um local visível ao acordar, isso pode servir como um gatilho para lembrar-lhe de se exercitar logo ao despertar.

O importante é descobrir qual gatilho você pode criar neste momento. Não existe uma receita de bolo, o que serve para uma pessoa não necessariamente se adapta a outra.

Porém, aconselho que antes de ter disciplina para criar o hábito, é necessário ter clareza do que, para que e por que você quer esse novo hábito. Se não tiver um motivo claro para implantá-lo, um objetivo, você não o fará.

Quando você tem o motivo e consegue colocá-lo em prática, com persistência, você consegue ir mensurando o resultado. Esses bons resultados vão te impulsionando para a disciplina, para a construção do novo hábito.

Segundo Charles Duhigg em seu livro "O poder do hábito", nos primeiros 10 dias o novo hábito é insuportável, e é nessa fase que desistimos, pois é a fase de maior esforço e disciplina. Do 11º ao 20º dia é a fase do desconforto, você ainda está achando ruim, mas já conseguiu conquistar um certo comprometimento com você e aquilo que quer mudar, e por consequência tende a continuar. E será do 21º ao 30º dia que você terá aceitado e "consolidado" o novo hábito.

Portanto, se você deseja alterar ou implementar algum hábito:

Identifique os gatilhos: preste atenção aos estímulos que precedem seus hábitos, tanto os positivos quanto os negativos.

Crie sua estratégia: seja criativo, elimine os gatilhos negativos e crie os positivos.

Repita, repita, repita: a repetição é a chave para fortalecer a ligação entre gatilho e rotina.

Seja paciente: não desanime se você não notar resultados imediatos. A mudança de hábitos não acontece da noite para o dia. É um processo gradual que exige persistência e autoconhecimento.

Portanto, foque no que você está se tornando, e não no que está fazendo. Ao compreender o poder dos gatilhos e utilizá-los estrategicamente, você estará no caminho certo para construir novos hábitos e conquistar a vida que deseja.

Reinvente-se!

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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