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Estado de Minas HONDA HR-V 1.5 TOURING

Superlativo só no preço

Versão de topo do SUV compacto não se destaca pelo desempenho do motor 1.5 turbo, não traz o design mais sedutor do segmento e tampouco enche o motorista de itens de conforto


postado em 31/08/2019 04:00 / atualizado em 30/08/2019 19:36

Reestilização foi muito discreta, e aplique cromado na grade dividiu opiniões; conjunto óptico em LED é um dos destaques da versão(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Reestilização foi muito discreta, e aplique cromado na grade dividiu opiniões; conjunto óptico em LED é um dos destaques da versão (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)


O Honda HR-V reinaugurou – em 2015, junto com o Jeep Renegade – o segmento dos SUVs compactos, trazendo mais sofisticação em relação a modelos como o Ford EcoSport (a primeira geração) e o Renault Duster. Desde então, liderou entre os utilitários-esportivos, apesar da chegada de muitos concorrentes. A coisa começou a mudar de figura no fim do ano passado, quando, após passar por uma leve reestilização, o modelo deixou a primeira colocação. A mais recente novidade do HR-V veio com a linha 2020, o retorno da versão de topo Touring, mas agora equipada com motor 1.5 turbo, que acabamos de testar.
 
O visual da versão recebeu retoques esportivos – como antena tubarão e escapamento duplo em inox – e tecnológicos, presentes principalmente no conjunto óptico de LED. A grade em preto brilhante também é exclusiva da versão. O único demérito são as rodas de 17 polegadas, cujo desenho pouco acrescenta. A parte inferior do para-choque dianteiro traz um ressalto que raspa com frequência em rampas de garagem. O interior ganhou sofisticação com o aplique em couro cinza (que também pode ser em preto, dependendo da cor da carroceria) no painel, material presente também nos bancos, painéis das portas e console central. O acabamento traz plástico de boa qualidade, detalhes em preto brilhante e cromados. Os tapetes são acarpetados.
 
(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
 
 
O espaço interno é bom. Graças ao assoalho plano, o banco traseiro é um dos que chegam mais perto de acomodar bem três passageiros. Uma grande “mancada” em um modelo que custa R$ 140 mil é não oferecer climatização de dupla zona e nem uma saída de ar-condicionado para os passageiros de trás. Por esse valor, o banco do motorista (quiçá também o do carona) deveria ter regulagens elétricas. Aproveitando este espaço de reclamações, vale ainda registrar que falta velocímetro digital, iluminação no porta-luvas e um gráfico melhor para a telinha do quadro de instrumentos. Também não há qualquer função semiautônoma.
 
Mas a versão de topo também oferece itens interessantes, como chave presencial, freio de estacionamento elétrico acionado por botão, com função Brake Hold, e uma câmera colocada no retrovisor direito que elimina o ponto cego. O teto solar panorâmico cumpre a função de integrar a cabine com o mundo exterior, porém, este componente rebaixa o teto e pode comprometer o conforto de passageiros de estatura acima da média. Um dos pontos fortes do SUV compacto da Honda são os vários modos de configurar os bancos: o rebatimento fracionado normal, que forma assoalho plano; o rebatimento do encosto do banco do carona, que permite levar objetos longos; e o rebatimento dos assentos traseiros, que permite levar objetos altos. Além de ter bom espaço, o porta-malas abriga o estepe de uso temporário.
 
Antena %u201Ctubarão%u201D e duplo escape em Inox dão toque esportivo(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Antena %u201Ctubarão%u201D e duplo escape em Inox dão toque esportivo (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
 

RODANDO O desempenho do motor 1.5 turbo com câmbio automático CVT, capaz de simular sete marchas, não chega a empolgar, é dócil na cidade e com uma gordurinha para queimar na estrada, para ajudar em ultrapassagens e retomadas. Na verdade, todas as versões do modelos deveriam trazer esse motor. Sua relação peso/potência é apenas 13% maior que o motor 1.8 aspirado, porém, o turbo proporciona um ganho significativo de torque, além de um consumo de combustível um pouco menor. No trânsito urbano, a gestão do câmbio procura manter as rotações baixas, sendo que o turbo oferece chance de reagir a qualquer momento. Se quiser respostas mais ágeis, deixe a alavanca de câmbio no modo esportivo, que “trabalha” com giros mais altos. Também é possível fazer trocas manuais por aletas próximas ao volante. A suspensão proporciona confiança nas curvas, mas é um pouco mais “dura” que o normal.

CONCORRENTES Com vícios e virtudes, o principal problema da versão de topo do Honda HR-V é o preço: R$ 139.900. Mais que a motorização turbo, esse valor posiciona o modelo muito longe de alguns concorrentes, e sem oferecer uma contrapartida para compensar. Se considerarmos apenas os SUVs compactos com motor turbo, pegando os pacotes mais caros, os principais rivais são o VW T-Cross Highline 250 TSI (R$ 109.990) e o Chevrolet Tracker Premier 1.4 (R$ 105.390). O nível de equipamentos entre os três modelos é equilibrado, ao contrário das cifras. Pelo preço da versão Touring também é possível comprar um Jeep Renegade equipado com motor 2.0 diesel (a versão Longitude custa R$ 134.990), que tem ótimo desempenho e alguns atributos para o fora de estrada.
O HR-V testado também resvala no preço da versão de entrada do Chevrolet Equinox (a LT custa R$ 151.390), SUV médio com motor 2.0 turbo de 262cv. Outro médio que pode ser comprado por esse valor é o Jeep Compass Longitude 2.0 Flex (R$ 132.990). Talvez a Honda tenha estabelecido os preços do HR-V confiando demais no fato de que é reconhecida como marca premium (o que, definitivamente, não é) e na fidelidade de seus clientes. Mas é bom que a marca fique ligada, pois o modelo amarga atualmente uma quarta colocação entre os SUVs compactos.
 
Aplique em couro no painel traz sofisticação ao interior(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Aplique em couro no painel traz sofisticação ao interior (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
 
 
Confira os detalhes do Honda HR-V Touring, a única versão que traz o motor 1.5 turbo.
Lista de equipamentos é longa, mas o preço compensa? Compare com os concorrentes
 
 
Um zoom no japonês
 
Sistema multimídia tem tela tátil de sete polegadas e alguns comandos por botão. O gráfico não é o forte desta central, tampouco o manuseio, mas logo se pega o jeito de usá-la. É possível espelhar o smartphone (pelo Apple CarPlay ou Android Auto) via USB. Além disso, o sistema traz o básico: telefonia e navegação GPS. As mídias disponíveis são rádio, entrada USB e Bluetooth. 
 
Motor 1.5 turbo e câmbio CVT dão desempenho apenas regular ao SUV(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Motor 1.5 turbo e câmbio CVT dão desempenho apenas regular ao SUV (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
 
 
FICHA TÉCNICA

»   MOTOR
Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 1.498cm³ de cilindrada, 16 válvulas, a gasolina, com turbo e injeção direta, que desenvolve potência de 173cv a 5.500rpm e torque de 22,4kgfm na faixa 
entre 1.700rpm e 5.500rpm

»   TRANSMISSÃO
Tração dianteira e câmbio automático CVT, com 
sete velocidades pré-programadas

»   SUSPENSÃO/RODAS/PNEUS
Dianteira, independente, McPherson; e traseira 
com barra de torção/de liga leve de 7x17 polegadas/215/55 R17

»   DIREÇÃO
Do tipo pinhão e cremalheira, com assistência 
elétrica e relação variável

»   FREIOS
A discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira, com ABS e distribuição eletrônica de frenagem (EBD)

»   CAPACIDADES
Do tanque, 50 litros; e de carga útil (passageiros mais bagagem), 420 quilos
 
Porta-malas tem volume de 393 litros(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Porta-malas tem volume de 393 litros (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
 


»   EQUIPAMENTOS

»   DE SÉRIE
Airbags frontais, laterais e de cortina; cinto de segurança de três pontos e encosto de cabeça para todos os ocupantes; freios com ABS e EBD; Isofix; alerta de frenagem emergencial; assistente de partida em aclive; controle de tração e estabilidade; assistente para redução de ponto cego; chave por sensor de presença; vidros elétricos com função um toque em todas as janelas; aerofólio; antena tubarão; rack de teto; conjunto óptico em LED; faróis de neblina; luzes de rodagem diurna; retrovisores com regulagem e rebatimento elétricos; acabamento em couro nos bancos, console central, descansa-braço e apoio de braço das portas; escapamento duplo cromado; 
ar-condicionado digital; sistema multimídia; câmera traseira; controle de velocidade de cruzeiro; freio de estacionamento por botão com função Brake Hold; sensores de estacionamento dianteiro e traseiro; acendimento automático dos faróis; sensor de chuva; teto solar panorâmico; volante ajustável em altura e distância; banco do motorista com regulagem de altura; banco traseiro bipartido(60/40); sistema de configuração dos bancos; descansa-braço com compartimento porta-objetos; desembaçador do vidro traseiro; computador de bordo; para-sóis com espelho e iluminação embutida.

»   OPCIONAL
Não tem. 
 
Quanto custa?

O Honda HR-V 1.5 Touring, versão de topo do SUV compacto, tem preço sugerido de R$ 139.900. 
 
 
Rodas de 17 polegadas têm design controverso(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Rodas de 17 polegadas têm design controverso (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
 

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