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Briga de casal

A falta de entendimento entre o motor e o câmbio automatizado compromete o desempenho do sedã compacto, que tem versões ou mais barata ou um pouco mais cara, e bem melhores


postado em 20/04/2019 05:08

(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)






Na hora de escolher um carro é preciso analisar com cuidado alguns detalhes para que não haja arrependimento depois. O Fiat Cronos, por exemplo, é um sedã compacto com diferentes versões, algumas delas bem-resolvidas, com bom equilíbrio entre desempenho e conteúdo. Para quem foca na relação custo/benefício, a versão com motor 1.3 e câmbio manual pode ser a melhor opção. Mas se for a Drive com o mesmo motor e câmbio automatizado GSR, a coisa muda de figura, pois o desempenho fica comprometido. E o pior é constatar que gastando cerca de R$ 2 mil a mais é possível levar a versão Drive 1.8 com transmissão automática de verdade.

O problema do Fiat Cronos Drive 1.3 GSR é que o câmbio automatizado de uma embreagem e cinco marchas compromete o bom aproveitamento da força do motor. Acionado por meio de teclas redondas no console, o sistema, uma evolução do Dualogic, disponibiliza as posições drive, normal, ré, manual e sport, além de aletas para trocas de marchas atrás do volante, já que não tem alavanca. O funcionamento é simples, mas exige um tempo para o motorista acostumar. Em uma manobra de estacionamento, por exemplo, quando se troca várias vezes da posição D para R, o sistema demora um pouco para “pensar” e é preciso ter cuidado para não acelerar no sentido errado.

TRANCOS
Além disso, quando o câmbio está na posição D, as trocas de marchas são lentas, permitindo que o giro do motor recue muito, proporcionando certo desconforto com trancos que jogam o corpo do motorista pra frente e pra trás. O sistema GSR – que atua em conjunto com uma central que determina “o melhor momento para as trocas de marchas” – tem vontade própria e não demonstra muito interesse em se adaptar ao modo de dirigir do motorista. Dependendo da situação, ele permanece em uma marcha mais reduzida, deixando que o giro suba demais, demorando a fazer a troca. Em outra situação, o câmbio demora muito a reduzir, comprometendo as retomadas de velocidade.

A solução para evitar esses aborrecimentos é colocar o câmbio no modo manual e fazer as trocas por meio das aletas no volante. Dessa forma a performance melhora um pouco e se o motorista apertar a tecla S o sedã fica mais esperto e na mão. E se o motorista insistir em pisar fundo no acelerador para obter melhor performance, o consumo de combustível fica comprometido, bem distante dos números otimistas divulgados pela montadora. É uma pena, pois o motor 1.3 FireFly tem boa potência e torque para a sua cilindrada, tanto é que apresenta outro rendimento com o câmbio manual.

O casamento entre esse propulsor e o câmbio GSR tem sido tão criticado que a Fiat já pensa em adotar o câmbio automático de seis marchas que já é usado na versão 1.8. Fora isso, o Cronos 1.3 GSR tem direção com assistência elétrica bem calibrada, com cargas bem definidas para baixas e altas velocidades. As suspensões também foram bem ajustadas, proporcionando equilíbrio entre conforto e estabilidade.

ESPAÇO Fabricado na Argentina, o Fiat Cronos tem a mesma distância entre-eixos do hatch Argo, mas com bom espaço interno para um compacto. O problema é que a Fiat usou assentos mais curtos, o que acaba causando desconforto aos ocupantes por não apoiar bem as pernas. No banco traseiro, o espaço é ideal para dois passageiros, mas existem apoios de cabeça e cintos de segurança retráteis de três pontos para três, além de sistema Isofix para ancorar cadeiras infantis. O porta-malas tem espaço generoso e para ampliar a área de carga, o banco traseiro rebate fracionado (60/40). O motorista conta com ajuste de altura do banco e da coluna de direção. O acabamento interno do Cronos é feito com materiais simples, como plásticos de diferentes texturas no painel e tecido nos bancos, mas a montagem é benfeita.

COMPARANDO O Cronos tem melhorado cada vez mais sua participação no segmento de sedãs compactos e continua oferecendo uma versão abaixo dos R$ 60 mil, que é a média de preço das versões de entrada dos principais concorrentes. Para quem está em dúvida entre a versão Drive 1.3 com câmbio manual e a GSR, vale lembrar que a diferença de preço entre as duas é de R$ 4.700. Mas se a comparação for entre a Drive 1.3 GSR e a 1.8 com câmbio automático de seis marchas, a diferença é de apenas R$ 2.100. Vale a pena gastar um pouco mais para ter desempenho melhor, apesar do aumento de consumo. Ou então gastar menos e ficar com a opção do motor 1.3 com câmbio manual. Se comparado com concorrentes como VW Virtus, Chevrolet Prisma, Toyota Yaris e Hyundai HB20, o Cronos sai perdendo, pois todos têm câmbio automático e não automatizado.

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