(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas

Com personagem mineira, Zezé Motta comanda especial sobre terceira idade

"Falas da vida", que estreia na Globo em 1º de outubro, Dia Internacional dos Direitos da Pessoa Idosa, traz histórias que inspiram vivências e aprendizados


26/09/2021 04:00 - atualizado 24/09/2021 18:02

Regina, de 65 anos, mineira de BH:
Regina, de 65 anos, mineira de BH: "Valorizar a convivência, esse é o legado que deixo" (foto: João Miguel Júnior/GLOBO)


No Dia Internacional dos Direitos da Pessoa Idosa, comemorado em 1º de outubro, a Globo vai exibir o especial “Falas da vida” para homenagear e celebrar as histórias deste grupo que alcança 32,9 milhões de pessoas no Brasil, segundo dados do IBGE. O projeto traz a história de cinco personagens, desconhecidos até então, incluindo uma mineira, com passado fascinante e futuro promissor. A proposta da produção é inspirar e conscientizar o público sobre o tema.
 
Com cerca de 1h de duração, o especial vai ao ar logo após a novela “Império”.  O roteiro da produção alterna entre cenas documentais, nas quais o público poderá conhecer a rotina e os círculos sociais de cada participante, e uma roda de conversa em que cada um compartilha um pouco de sua vivência. A atriz e cantora Zezé Motta, de 77 anos, vai apresentar o programa e conduzir o bate-papo.
 

"A velhice é tão múltipla quanto as vidas. Você tem velhos ricos e pobres, pretos e brancos, indígenas, LGBTs... E cada um traz uma história diferente " "

Patrícia Carvalho, diretora-geral do "Falas da vida

 
 
“A Zezé mostra que a força do ser está muito além da força dos anos. A juventude não pode ser o único atributo valorizado na sociedade, e a gente está percebendo isso. O especial mostra que o idoso não é um peso, mas sim uma ajuda essencial no mecanismo da família e entre os amigos”, afirma Patrícia Carvalho, diretora-geral do programa.
 
Zezé, por sua vez, alerta sobre a importância de se abordar o assunto. “É lastimável a situação do idoso hoje no Brasil... Tem aquela coisa básica, que é comida no prato, a vacina no braço, e falta tudo isso... Se falta o básico, imagina pensar no idoso? O idoso acaba ficando sempre em segundo plano. Não existe um pensamento elaborado de forma decente para quem atinge a terceira idade. Temos muita luta pela frente”, declarou a artista em material enviado à imprensa.
 
Compartilhando suas histórias reais, os participantes vão se unir a Zezé Motta para uma roda de conversa descontraída. O tempo não faz distinção e, por isso, o especial busca a inclusão de personagens completamente diferentes.
 
“A velhice é tão múltipla quanto as vidas. Você tem velhos ricos e pobres, pretos e brancos, indígenas, LGBTs... E cada um traz uma história diferente”, acrescenta Patrícia.

NA ATIVA A representante mineira é Regina, que dedicou seus 65 anos de vida a cuidar dos outros. Terceira filha de 15 irmãos, foi ela quem criou a prole. Mãe de 2 filhos biológicos e uma de criação, também teve que cuidar do marido, que desenvolveu o alcoolismo quando os filhos ainda eram novos. Há sete anos, ela ainda abriu mão da aposentadoria para ajudar a tomar conta da sogra com Alzheimer.
 
Desde 2018, dona Regina toca um empreendimento fabricando óleos essenciais, produto que lhe ajudou durante um tratamento no joelho. “Graças a Deus vem dando muito certo, durante a pandemia muita gente passou a precisar dos óleos. Dificuldade sempre tem, mas a gente tem que trabalhar a nossa cabeça para olhar pra frente e procurar forças”, conta.
 
Mineira de BH, ela destaca o que leva de mais importante do “Falas da vida”: “O amor ao próximo, temos que valorizar a convivência, esse é o legado que eu deixo para os meus filhos. A gravação teve uma energia muito boa, a interação com os outros participantes foi maravilhosa, uma imensidão de conhecimento e coisas boas, todas as histórias trazem uma nostalgia sobre trajetórias diferentes.”
Entre os colegas de dona Regina, o público poderá conhecer ainda Bebel, maranhense de Barreirinhas, de 75 anos, e professora responsável pela alfabetização da região onde mora. Hoje, é figura central no apoio às necessidades de sua comunidade e carrega nas costas a criação de seis filhos, 15 netos e 11 bisnetos.

SAMBA Já Chicão, que nasceu em Atibaia (SP) e vive em uma ILPI (Instituições de Longa Permanência para Idosos) na capital paulista, compartilha um pouco dos 89 anos de quem escolheu o trabalho e a folia como meta de vida. Sem filhos ou parceiras, ele quebra o estigma da solidão na velhice com seu astral e alegria. Sua família hoje são as pessoas que vivem e trabalham no residencial.
 
Gracinda, de 72, é ex-bancária e mãe de cinco filhos. Após passar por uma separação sofrida, a carioca  encontrou nas faxinas sua alegria e uma forma de aliviar seu coração. Hoje desfila como modelo e conquistou a terceira colocação no Miss Jacarepaguá.
Por fim, Joãozinho Carnavalesco, paulistano de São Vicente, mas que mora na capital, mostra que o sucesso pode ser obtido em qualquer idade. Depois de 74 anos, com passagens pelo Trio Mocotó e composições como o sucesso “Alegria de domingo”, ele continua se dedicando a sua maior paixão: o samba.

*Estagiário sob a a supervisão 
da subeditora Tetê Monteiro


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)