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Estado de Minas TELEVISÃO

'O que me move é o trabalho', diz Tony Ramos, de volta à Globo e ao Viva

O ator protagoniza as novelas 'Laços de família' e 'Mulheres apaixonadas', clássicos de Manoel Carlos reprisados durante a pandemia


24/01/2021 04:00

Tony Ramos, de 72 anos, agradece a Deus ter forças para trabalhar(foto: Fábio Rocha/divulgação)
Tony Ramos, de 72 anos, agradece a Deus ter forças para trabalhar (foto: Fábio Rocha/divulgação)
Atemporal. É assim que Tony Ramos classifica tanto Laços de família (2000/2001) quanto Mulheres apaixonadas (2003). Sucessos de Manoel Carlos, as duas novelas estão sendo reprisadas na Globo, no Vale a pena ver de novo, e no Viva, respectivamente. 

Em ambas, o ator ganhou papéis de destaque. No primeiro folhetim, vive Miguel, o culto dono de uma livraria que se apaixona por Helena (Vera Fischer), mas demora a ser correspondido. Na outra história é o saxofonista Téo, que passa por um grande choque na vida depois de ser assaltado.

Nesta entrevista, o ator, de 72 anos, comenta por que as novelas de Manoel Carlos são clássicos da teledramaturgia e compara os personagens Miguel e Téo. Com mais de meio século de experiência na televisão, Tony fala de seu próximo projeto, Olho por olho, a nova trama de João Emanuel Carneiro, ainda sem previsão de estreia.

Que momentos vêm à cabeça quando você pensa em Laços de família?

Tenho vários momentos bonitos nessa novela. A preparação com o Flávio (Silvino), que fez o meu filho, e o próprio depoimento de vida do Flavinho em fazer aquele personagem. O núcleo todo era muito particular e especial. Falar de livros, ser dono de livraria e de editora tinha um peso forte. Sou veterano nesse negócio e via que brotava emoção legítima na Carolina (Dieckmann) naquela cena inesquecível em que ela raspa o cabelo. Enfim, as gravações, que iniciamos no Japão, deram uma textura muito particular ao folhetim.

O que faz das obras de Manoel Carlos clássicos da televisão?

Nosso querido Maneco sempre foi um grande observador. Quando fiquei sabendo que Mulheres apaixonadas também seria reprisada, achei ótimo ter essa releitura. Ele é um grande cronista do cotidiano, propõe inquietação ao espectador, mas sem deixar de lado o folhetim.

Como é revisitar esses dois trabalhos depois de tanto tempo?

É delicioso, mas é bem difícil estabelecer qualquer paralelo entre eles. Existe um choque dramático. O Miguel era um homem que não tinha superado o acidente em que a mulher morreu, o filho tinha sequelas e ele se apaixonava pela Helena (Vera Fischer), mas não era correspondido naquele momento. O personagem tinha um ato muito nobre: renunciar ao amor que sentia por aquela mulher. Já o Téo era um sujeito blasé com a vida, muito rico e que descuidava do casamento. Só acorda para a vida quando entra em coma, a partir daquele famoso tiroteio na Rua Dias Ferreira, no Leblon. Eram sujeitos opostos, mas tive prazer idêntico ao fazê-los.

Com uma carreira tão longa, o que ainda o motiva a atuar?

Sou uma pessoa que tem prazer com a profissão. Gosto de atuar entre meus colegas de cena, no estúdio. Sei que todas as noites há, pelo menos, 50 milhões de brasileiros esperando o melhor possível de mim, independentemente de dor de cabeça, unha encravada, dor de dente, ansiedade, decepções ou alegrias. Então, não complico muito para viver. Sou grato por minha trajetória. Que venham mais anos! Esses são meus estímulos para seguir trabalhando. E, de vez em quando, um vinho tinto, porque ninguém é de ferro (risos)

O que você diria para si mesmo há 20 anos, quando Laços de família estreou?

Não falaria nada. O trabalho é sair de casa, agradecer a Deus. Tem gente que não acredita, é ateu, e respeito. Como sou muito religioso e creio, acho que uma força maior me permite ter saúde e convites para trabalhar. Não fico fazendo perguntas. Mas se tivesse de dizer algo para mim, diria: você decorou bem o texto hoje? Está tudo certo? O que me move é o trabalho. Nem recebi ainda os textos do João Emanuel (Carneiro). Sei, claro, mais ou menos o que é a novela (Olho por olho, próxima atração da Globo). Mas, com a parada da pandemia, tem várias coisas sendo reescritas, adaptadas. Então, não faço perguntas. Quando chegar o texto, vamos ver como é. E faremos os ensaios. (Estadão Conteúdo)

Com Vera Fischer, a bela Helena de Laços de família(foto: Globo/divulgação)
Com Vera Fischer, a bela Helena de Laços de família (foto: Globo/divulgação)
Com Vanessa Gerbelli, na famosa cena de Mulheres apaixonadas(foto: João Miguel Júnior/divulgação)
Com Vanessa Gerbelli, na famosa cena de Mulheres apaixonadas (foto: João Miguel Júnior/divulgação)


LAÇOS DE FAMÍLIA
Reprise de segunda a sexta-feira, na faixa das 16h, na TV Globo.

MULHERES APAIXONADAS
Reprise de segunda-feira a sábado, às 23h, no Canal Viva.




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