(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas

Flávia Alessandra confessa: 'Quase desisti de fazer a Helena'

Atriz revela que passou por um 'grande conflito' antes de aceitar o papel da mãe que abandona a filha de 4 anos, em 'Salve-se quem puder', novela das sete da Globo


postado em 09/02/2020 04:00

Flávia Alessandra hesitou em aceitar o papel da mãe que abandonou a filha de apenas 4 anos em Salve-se quem puder(foto: João Miguel Júnior/Globo)
Flávia Alessandra hesitou em aceitar o papel da mãe que abandonou a filha de apenas 4 anos em Salve-se quem puder (foto: João Miguel Júnior/Globo)

Os mistérios de Helena atormentam Flávia Alessandra. Em Salve-se quem puder, novela das 19h da Globo, a personagem abandonou o marido, Mário (Murilo Rosa), e a filha, Luna (Juliana Paiva), na época com 4 anos, por razões desconhecidas. Depois de muito tempo, a garota reencontra a mãe no Brasil, casada com Hugo (Leopoldo Pacheco), e passará a investigar o motivo dessa atitude. Flávia revela que ainda não há justificativa cabível para a empresária ter agido daquela forma. Nesta entrevista, a atriz, de 45 anos, conta que enfrentou um conflito interno antes de aceitar o convite para fazer Helena.

Em Salve-se quem puder, Helena é uma personagem misteriosa. Em algum momento você entrou em conflito com isso?

Sim, porque ela deixou a filha para trás. Quase desisti de fazer a Helena, porque isso foi um grande conflito pra mim. Quando li a sinopse, me perguntei o que justificaria uma mãe fazer isso. Então, entendi que esse era um subsídio muito bom para aceitar o convite. Pela primeira vez, estou fazendo o papel de uma personagem cuja motivação, de fato, ainda não sei. Está sendo curioso.

Como é construir Helena sem conhecer os detalhes do passado dela?

É bem desafiador, pois ela fala com o marido que quer voltar pro México, nos primeiros capítulos, para socorrer o Téo (Felipe Simas), seu enteado. Porém, ele questiona se ela se esqueceu do que ocorreu, pedindo para que esqueça tal ideia. O Hugo (Leopoldo Pacheco) sabe que aconteceu alguma coisa. E, na minha interpretação, sempre existe um lado sombrio. Mas deixo a possibilidade de que pode ser qualquer coisa. Não sei se Helena é do bem ou do mal.

Na trama, há o reencontro de mãe e filha. Helena se sente culpada por ter abandonado a Luna?

A gente se reencontra, ela sabe quem é a Helena, mas a minha personagem não tem ideia de quem é a Luna. Afinal, abandonou a menina com 4 anos. Não há o reconhecimento, mas Helena tem uma estranheza muito grande com a filha. Algo bate ali que incomoda. Ela sofre pelo que fez e não quer falar sobre, mas não sei o que é. É muito louco a filha trabalhar na casa dela e virar fisioterapeuta do Téo. Então, num dado momento, a empresária é mãe e sogra.

O que é mais difícil ao interpretar a Helena?

Quando você pega uma personagem, quer entendê-la. Mas é muito difícil você não saber a índole dela, ainda mais porque penso nas possibilidades e nada justifica a mãe deixar a filha. Não consegui achar uma desculpa. Ou essa mulher, de fato, tem má índole, ou... O que ela fez para justificar isso? Pra mim, Helena é o desconhecido.

Você cortou o cabelo para viver Helena. O que está achando do novo visual?

Adoro cabelo curto. Meu marido (Otaviano Costa) também gosta. É muito bom quando o companheiro incentiva. Já tinha essa vontade e queria que fosse ainda mais radical. Quando acabar a novela, vou dar uma raspadinha de lado e colocá-lo mais louro. É muito prático, rápido. Esse corte para o meu tipo de cabelo, que é liso, é o ponto certo

Como você lida com a passagem do tempo?

Não me assusto em envelhecer, mas com a velocidade do tempo. Afinal, tempo é o que existe de mais precioso. Se a gente pudesse parar, estagnar... Realmente tive a sensação de que 2019 passou rapidamente. Não sei se é porque a gente está absorvendo mais informação, conteúdo, atividades... Tenho vontade de parar para ficar admirando minhas filhas. Olho e Giulia (Costa) já vai fazer 20 anos. A Olívia está quase do meu tamanho. O tempo me assusta.

Você enfrentou alguma crise pessoal nos últimos anos?

A crise que tive foi profissional, quando entrei na faculdade (de direito). Minha carreira artística não decolava na época e eu me questionava sobre se não conseguiria viver do que mais gostava – atuar – e se teria de virar advogada para me sustentar. (Estadão Conteúdo)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)