Sheron Menezzes é Gisele, a assistente e falsa amiga de Nana (Fabiula Nascimento) em Bom sucesso, a nova novela das 19h da Globo. Aos olhos da patroa, a funcionária é ótima pessoa. No entanto, pelas costas, ela se transforma. Faz muitas maldades para tirar a chefe de seu caminho, pois quer roubar o marido dela, Diogo (Armando Babaioff). Os dois têm um caso amoroso e planejam prejudicar a editora Prado Monteiro. Assim, poderão convencer Nana a vender a empresa da família e, com isso, o advogado ganhará sua parte com a separação da mulher.
"É uma delícia fazer a Gisele, personagem muito cara de pau. Ela é próxima da chefe, mas, ao mesmo tempo, pega o marido dela. Falo que a Gisele é Ruth e Raquel (vilã e mocinha de Mulheres de areia, novela de Ivani Ribeiro escrita em 1973 para a Tupi e adaptada para a Globo 20 anos depois) na mesma personagem", conta a atriz. "Ela é má, mas acho que as pessoas vão gostar da Gisele. A personagem tem uma vilania safada, porque é realmente apaixonada. Talvez, alguns até se identifiquem, pois faz aquilo por amor. Perde as estribeiras, gosta desse homem, só que vive um relacionamento tóxico", acrescenta.
Para a atriz, o triângulo amoroso vai render momentos bastante engraçados por conta da dualidade de Gisele. Além disso, Sheron pensa que, em algum momento, o público pode começar a torcer por sua personagem. É que a assistente, no decorrer da história, percebe que não é correspondida da forma como deseja.
"As pessoas podem ter pena da Gisele, pois ela sofre. Diferentemente da personagem, não defendo tudo por amor. Mas quando a gente está em uma relação assim, muitas vezes, não vê e precisa que alguém avise. Gisele, no entanto, não tem amigos", relata.
VOLTA AO TRABALHO Bom sucesso é a primeira novela de Sheron Menezzes desde que se tornou mãe de Benjamin, de quase 2 anos, fruto de seu relacionamento com o lutador de jiu jitsu Saulo Bernard. Para a atriz, o tempo distante da televisão foi importante para cuidar do filho. Mas assume que estava com saudade de atuar. Apesar de desejar engravidar novamente, não há nada planejado. Por agora, aos 35 anos, a porto-alegrense prefere curtir seus momentos com o herdeiro, que já está frequentando a creche.
"Tive o privilégio de ficar um ano e meio com meu filho. Depois dos 12 primeiros meses, comecei a trabalhar, mas aqueles mais rápidos, você vai e volta. Quando ele fez 1 ano e meio, tive de realmente cortar o cordão, era necessário. Foi no tempo certo. Nunca tinha ficado tanto tempo parada desde que entrei na Globo, em 2002." (Estadão Conteúdo)