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Estado de Minas MINAS JUNINA

Vem pra Minas, Uai! São-João convida para a folia que está chegando

Os mineiros mandam avisar que shows de quadrilha, fogueira, quentão e canjica não vão faltar. Junho chegou e os 'arraiás' de Minas Gerais pedem passagem


01/06/2023 12:15 - atualizado 01/06/2023 12:39
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São-João
Viva São-João vai se espalhar por todas cidades de Minas e do Brasil agora em junho e julho com quadrilha, balões e comidas típicas de inverno (foto: Sanderson Pereira/Divulgação)


Noites de São-João rimam com quentão. Rimam com paixão, que rima com emoção. Festa junina é festa caipira, é festa de quadrilha, é festa de família. Nas rodas, em volta da fogueira, tem cantigas a entoar. Tem meninas bonitas, com vestidos bordados, e moços apessoados, com chapéus de palha, a bailar. Tem bandeirinhas a tremular nas noites de luar. Tem estrelas no firmamento, que provoca até tormento de não conseguir pegar. Tem comida de montão, pastel, pipoca e caldo de feijão! Outros caldos variados tem também. Tem banca de beijo, tem pescaria e até biscoito de queijo. Tem cachaça para esquentar até o sol raiar. Tem um pouco de tudo: barraquinhas, rezaria, forró e sertanejo. Tem pamonha a descascar e casais a namorar. Mas também tem casamento na roça, com chuva e cobra. Tem noiva desesperada à caça de marido. E noivo desesperado fugindo de compromisso. É festa genuinamente mineira para celebrar o jeito mineiro de se “mineirar”.
 
 
As festas juninas são uma das maiores celebrações culturais do Brasil. Elas representam uma mistura de tradições indígenas, africanas e europeias. Além disso, os festejos também são um importante evento turístico, atraindo visitantes de todo o mundo para desfrutar da nossa comida típica, boa música, danças e outras atividades culturais. Uma oportunidade para os brasileiros se conectarem com suas raízes culturais e para os turistas experimentarem a rica diversidade cultural daqui de Minas Gerais.

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), lançou o programa Minas Junina, que tem como objetivo valorizar, estruturar e promover as festas populares nos meses de junho e julho em todo o estado. As festas juninas atraem milhares de visitantes para diversas cidades mineiras, fomentando a economia criativa e gerando emprego e renda.

Com música, dança, pratos típicos, vestuário e decoração vibrantes, as festas juninas têm características únicas e uma longa tradição. Em muitos lugares permanecem também as tradições religiosas que são a razão do período dedicado aos Santos Antônio, João e Pedro, como procissões e o hasteamento de bandeiras em mastros próximos a igrejas, com imagens dedicadas a esses santos.

A iniciativa inédita busca, assim, fortalecer a festividade por todo o estado, aumentando a movimentação turística, o que contribui para a geração de emprego e renda. As principais frentes de atuação do Minas Junina são: estruturação, promoção, monitoramento e apoio à comercialização. O objetivo é mapear os municípios com tradição nas festividades juninas, fomentando a elaboração de rotas turísticas com essa temática.
 
Itabirito
Itabirito promove um dos maiores festejos do país. A JuliFest está programada entre os dias 13 e 16 de julho (foto: Sanderson Pereira/Divulgação)
 
O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, comenta que o novo programa tem grande potencial e reflete a transversalidade entre a cultura e o turismo.“As festas juninas atraem milhares de pessoas para diversas cidades mineiras. Já existem no nosso estado alguns eventos tradicionais, como o Festival de Quadrilhas do Vale do Jequitinhonha, o Forró do Regaço, em Pavão, a Festa de Santo Antônio de Roças Grande, em Sabará, e a Festa do Divino em Diamantina. Lançar um novo olhar para essas celebrações é o objetivo do Minas Junina, que reconhece a importância delas para as comunidades, para a geração de emprego e renda, e do legado cultural que elas preservam. Afinal, a festa incorpora elementos da cultura portuguesa misturados com aspectos das culturas afro e indígenas. Essa pluralidade se reflete tanto nas expressões de fé quanto na cozinha, nas danças e nas músicas”, pontua o secretário.

O fluxo de pessoas em Minas Gerais foi de aproximadamente 3 milhões no período das festas juninas em 2022. Essas comemorações também aquecem diversos setores da economia. Segundo pesquisa realizada pela Fecomércio MG, no ano passado, 51% das empresas do gênero alimentício e que atuam no comércio varejista foram afetadas positivamente.
 
pastel de angu
Delícia da culinária mineira, como o pastel de angu, patrimônio de Itabirito, estará no cardápio junino (foto: Sanderson Pereira/Divulgação)
 
Segundo o subsecretário de Estado de Turismo, Sérgio de Paula e Silva Júnior, a expectativa para 2023 é dobrar essa movimentação. "Estamos projetando um fluxo de 6 milhões de pessoas para as festas juninas mineiras", declarou Sérgio de Paula, que atribui o crescimento às ações continuadas da Secretaria.

O trabalho será desenvolvido pela Secult junto com os parceiros: Associação Mineira de Municípios, Rede Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo, Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais (Fecitur), Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais e Sebrae-MG.


Novidade este ano, o Arraiá da Liberdade será realizado nos dias 23, 24 e 25 de junho na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, e contará com uma programação recheada de atrações que vão desde orquestra de violas, quadrilha profissional, comida típica a brincadeiras juninas prometem divertir o público.

Curiosidades 


Maiores fogueiras 

Conhece alguém que gosta da brincadeira de pular fogueira?  As cidades de Ingaí, no sul de Minas, Mesquita, no Vale do Rio Doce, e Cachoeira de Minas, no Sul de Minas, são as recordistas em fogueiras gigantes do estado. Ingaí constrói anualmente uma fogueira de 40 m de toras de eucalipto, em seguida está Mesquita, com sua fogueira de 32 m de altura, e então Cachoeira de Minas, com sua fogueira de 30 m. Definitivamente, essas são impossíveis de pular. Mas se não dá pra pular, dá pra apreciar a queima, as quadrilhas e toda a comilança.

Pé de moleque gigante


Piranguinho é conhecida como a capital do pé de moleque em Minas. Há 14 edições a cidade celebra a tradicional receita desse doce tão querido entre todos, e muito procurado neste período, que por sinal é considerada Patrimônio Imaterial de Minas Gerais. Nessa festa é confeccionado o maior doce de pé de moleque do mundo, ao som de muita música e boa comida. O melhor é que depois da confecção do doce ele é distribuído para todos os visitantes da festa.

Deu pra perceber o quanto Minas vive intensamente esse período dos festejos juninos, né? É muita riqueza cultural presente em cada festa espalhada pelas centenas de municípios do estado. 



Confira a programação completa do Minas Junina no Portal Minas Gerais 


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