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Estado de Minas SEM PERDER O CHARME

Paris 'dá um tapa no visual' para ficar mais fashion e esportiva em 2024

Canteiros de obras estão a todo vapor na capital francesa. A intenção é deixar a cidade mais linda para receber os amantes dos Jogos Olímpicos no ano que vem


29/05/2023 21:44 - atualizado 30/05/2023 07:49
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Torre Eiffel
Todos os olhos, câmeras e celulares voltados para a Torre Eiffel. A 'dama de ferro" tem o poder de seduzir quem visita Paris (foto: Gustavo Werneck/EM)
Para onde se olha, lá estão eles: andaimes, gruas, guindastes, máquinas pesadas e um batalhão de trabalhadores em ação nos monumentos e prédios históricos.  Nesta primavera europeia, os canteiros de flores emolduram o canteiro de obras no qual a capital francesa se transformou como parte da preparação para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2024. No terraço da Galeria Lafayette, charmoso centro de consumo que agrega todos os idiomas – e muito se fala em português! –, as fotos e selfies dos turistas, invariavelmente, captam um equipamento, longe ou perto, marcando a paisagem de Paris.
 
 

Depois das compras, o visitante vai notar que, bem perto da Galeria Lafayette, a Ópera de Paris, a Opéra Garnier, está agora com a fachada coberta de andaimes gigantescos. Mas isso não é motivo para desanimar, pois vale documentar esse momento e, com certeza, voltar um dia para conferir os espetáculos em cartaz. Mas vamos lá: quer coisa melhor do mundo do que bater perna em Paris, ver os prédios, sentar à mesa num café, pegar o cardápio e fazer um pedido caprichando no “S’il vous plaît, monsieur!” – por favor, senhor, em bom português.
 
Ópera Garnier
Coberta por tapumes, Ópera Garnier passa por processo minucioso de restauro da pintura, dos vitrais e dos mármores do icônico monumento parisiense (foto: Gustavo Werneck/EM)
 
Pois Paris é sempre uma festa – Ulalá! – e está à espera dos visitantes e amantes dos Jogos Olímpicos, que serão realizados entre 26 de julho e 11 de agosto do próximo ano com 45 modalidades esportivas – desta vez, com a estreia do breaking. Mas enquanto as competições não chegam, o melhor é desfrutar da paisagem, curtir parques, praças e jardins, como têm feito milhares de pessoas de todos os cantos.         

"Paris é só emoção. Pretendo voltar lá dentro de um ano, antes da Olimpíada, pois a cidade vai ficar lotada", diz a farmacêutica Denise Guilherme de Castro, residente em Belo Horizonte. Ela acaba de chegar da Europa e passou quatro dias na capital francesa, que, na sua opinião, significa “o destino dos sonhos de muita gente em todo o mundo".

 

Nesta segunda vez em Paris, em plena primavera, Denise pôde aproveitar o pouco tempo que tinha para conhecer lugares e histórias. “Me permiti andar sozinha pelas ruas, observando os detalhes das fachadas, das vitrines, do comércio de bairro, a movimentação das pessoas. Claro que fui à Torre Eiffel e subi até o topo, passeio que não me foi possível em 2019. Àquela época, a emoção de ver a 'dama de ferro' iluminada me levou as lágrimas. Dessa vez pude curtir o visual com mais alegria e leveza, mas também com a emoção de estar ali", contou a farmacêutica.

 


EM RESTAURO

Notre Dame
Após o incêndio de 2019, a Catedral de Notre Dame de Paris deve ficar totalmente recuperada em 2025 (foto: Gustavo Werneck/EM)
Como a Catedral de Notre Dame estará em obras até 2025, devido ao incêndio que destruiu grande parte da sua estrutura, em 2019, as autoridades arranjaram uma forma de manter o público. Bem diante do templo, alvo de gigantescos guindastes, há uma arquibancada. Aí, o povo fica ali assistindo às intervenções, ouvindo os sons dos músicos de rua e batendo papo. Nos tapumes, há um monte de painéis explicando o desenvolvimento dos projetos de restauro.

 

Se a pessoa não dispõe de muito tempo e quer conhecer os pontos de destaque na cidade, pode pegar o ônibus turístico, no estilo “dois andares”, que vai parando em lugares estratégicos. Torre Eiffel, Campo de Marte, Arco do Triunfo, Museu do Louvre, Trocadero e outros inesquecíveis. Não pense que é mico, caro leitor, pois o transporte fica cheio, e tem na parte de cima, descoberta, a mais concorrida.        


CANTEIROS DE OBRAS

Canteiro de Obras
No terraço da Galeria Lafayette se observa o ritmo das obras para os Jogos Olímpicos de 2024. Andaimes, gruas e guindastes se espalham na paisagem (foto: Gustavo Werneck/EM)
Não é à toa que os guindastes estão à vista de todos. Além da restauração da Notre Dame e da Ópera Garnier, Paris foi tomada por 64 canteiros de obras, nesses últimos tempos, a fim de se tornar ainda mais bela e acessível aos franceses e visitantes que estarão na capital na Olimpíada. Desse total, 48 ainda estão em curso.  

Nem a Champs Elysées, uma das avenidas mais famosas do mundo, escapou. Bem no início dela, é o imponente Grand Palais, berço de salões e exposições, que está sendo transformado para os jogos. Se a cúpula de vidro, sua marca registrada, resta intacta, no interior as mudanças são muitas. Fechado ao público para acolher operários e equipamentos pesados, receberá, ano que vem, os melhores atletas do mundo da esgrima e do taekwondo, que vão se afrontar sob a nave esplêndida ornada de vitrais. 


RIO SENA

Rio Sena
A despoluição do Rio Sena custará 1,4 bilhão de euros. Acredita-se que, a partir de 2025, turistas e moradores vão poder se banhar em suas águas (foto: Gustavo Werneck/EM)
A 200 metros do Grand Palais, as esculturas douradas e os candelabros da Ponte Alexandre III serão testemunhas do renascimento do Rio Sena, onde ocorrerão as provas de natação em água livre, triátlon e paratriatlon. A despoluição desse cartão-postal é um dos maiores desafios da cidade de Paris e custará 1,4 bilhão de euros (cerca de R$ 7,8 bilhões). A ideia de deixar o Sena próprio para o banho não é nova, mas agora parece finalmente sair do papel. O ex-presidente Jacques Chirac (1932-2019) já havia prometido a façanha, mas é a atual prefeita de Paris, a socialista Anne Hidalgo, que a concretiza 30 anos depois. A prefeitura de Paris pretende perenizar a ideia. A expectativa é de que, a partir de 2025, moradores e turistas possam se jogar nas águas do Sena. 


CENTRO AQUÁTICO

Outra obra de envergadura e uma das mais caras é a construção do centro aquático olímpico. Ela passa despercebida de grande parte dos turistas, pois se encontra longe dos principais centros de interesse de quem viaja pela capital francesa. Mas não escapa aos olhares dos fãs de futebol em visita ao Stade de France, localizado em Saint Denis, nos arredores da cidade. Estádio e centro serão conectados por uma passarela. Junto com o muro de escalada, o complexo aquático é, aliás, o único equipamento esportivo construído para continuar como tal para além dos jogos 2024. Todo o resto será descaracterizado para retomar suas funções originais.  

Os canteiros de obras parisienses estão a todo vapor também para finalizar a construção da Vila Olímpica, pistas cicláveis e estacionamentos para bicicletas em torno dos locais de competição. Investimento para deixar acessível a integralidade dos ônibus da capital entra ainda no pacote.

 Quem visitar Roland Garros e o Parc de Prince, a “casa” do Paris Saint-Germain, nos próximos meses, também deverá cruzar com canteiros de obras. O vizinho estádio Pierre-de-Coubertin, que vai acolher ginástica rítmica, de trampolim e goalball, também está sendo renovado, visando a acessibilidade como objetivo mestre. 


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