Separadas por apenas sete quilômetros, as cidades de Recife e Olinda nasceram no período colonial e preservam com orgulho as heranças deixadas pelos portugueses e holandeses – dois povos que disputaram a ferro e fogo, literalmente, os estratégicos pedaços de terra à beira-mar. Dos patrícios restaram os encantos de Olinda, com suas ladeiras tomadas por igrejas, ateliês e restaurantes. Já Maurício de Nassau e sua tropa imprimiram como legado o bairro do Recife Antigo, hoje restaurado, colorido e movimentado.
Tombada como patrimônio cultural mundial, Olinda faz do charme seu cartão de visitas. Com belas construções, mirantes e galerias de arte, surpreende os visitantes também de maneiras singelas – pôr do sol digno de salva de palmas, missas cantadas por monges e freiras, desfiles de blocos de maracatu em plena tarde de domingo. O ritmo, aliás, juntamente com o frevo, predomina no carnaval da cidade, um dos mais concorridos do país, caracterizado pelos bonecos gigantes. O bucolismo estende-se ainda pelos bares e restaurantes que tomam a Rua do Amparo, o polo cultural de Olinda.
Já na capital pernambucana, o visual das ladeiras é substituído por uma paisagem cortada por rios, canais e dezenas de pontes ligando um bairro ao outro que conferem à cidade de Recife o título de Veneza Brasileira. Em cada ponto, atrativos que remetem às características marcantes das principais capitais nordestinas. Efervescência cultural, conjuntos arquitetônicos imponentes e boas praias urbanas.
De Boa Viagem – bairro que dá nome à democrática praia – ao Recife Antigo, que tem a Rua do Bom Jesus como referência, há muito o que ver e fazer. São igrejas, casarios coloniais e museus que guardam a rica história do estado. A metrópole reserva ainda uma infinidade de restaurantes especializados em frutos do mar e uma vida noturna animada, embalada pelos ritmos pernambucanos.