Nova York , a cidade que nunca dorme, também não para de se reinventar. Um prédio de escadas que formam uma escultura, uma linha férrea convertida em parque público, uma área industrial que se tornou um dos principais mirantes do skyline nova-iorquino, um memorial que reverencia o passado e aponta para a esperança do futuro. Todas essas atrações se somam à Quinta Avenida, Times Square e Broadway, numa Nova York que surpreende turistas e até moradores com suas incessantes transformações.
Ali, caminhar vira sinônimo de contemplar. Ora a surpresa vem do desenho dos arranha-céus na paisagem, dos painéis de grafite ou da vista do Rio Hudson. Ora são as esquinas da cidade vistas de cima, as esculturas nos platôs, o vaivém dos pedestres nas ruas, os táxis amarelos, os prédios de tijolinho da Nova York– dos filmes. Por vezes, nos sentimos quase dentro das varandas de edifícios de luxo em Manhattan, já que o The High Line fica a 10 metros de altura.
A construção da linha suspensa, erguida em 1924, ocorreu para evitar mais mortes provocadas pela passagem de trem em meio à área urbana. Por mais de 20 anos, o local ficou em desuso, com a interrupção do transporte ferroviário em 1980.
A transformação manteve a atmosfera original da ferrovia, com vegetação típica das margens das linhas de trem e o plantio de milhares de outras espécies. Milhares mesmo: são mais de 110 mil plantas ao longo do parque, que pode ser acessado por escadas ou elevadores públicos.
Escalada panorâmica
A região, entre as avenidas 10th e 12th e as ruas 30th e 34th Oeste, tem a cara do futuro na cidade, que sempre se reinventa. O The Vessel é atração novíssima até para quem mora em Nova York, já que foi inaugurado em março. Há quem diga que a arquitetura se assemelha à modernidade dos países asiáticos.
Com oito andares, o prédio em espiral bronze conta com 2,5 mil degraus em 154 lances de escadas, que interligam 80 platôs. Se debaixo dele a visão impressiona, o edifício foi idealizado, no entanto, para ser mirante. De cada uma das plataformas o visitante se depara com diferentes ângulos da Ilha de Manhattan.
A obra interativa foi idealizada por Thomas Heatherwick e demais profissionais do Heatherwick Studio. Quem reserva horário para visitação pela internet tem entrada gratuita. Para visita sem hora marcada, é cobrado ingresso de US$ 10.
D.U.M.B.O., Brooklyn
De quem parte de Manhattan, o passeio é completo desde o trajeto até o Brooklyn, que pode ser feito caminhando pelos 2 quilômetros da ponte Brooklyn Bridge. Outra opção interessante é atravessar o rio de balsa (ferry), que integra o transporte público da cidade. Também há linhas de metrô que percorrem o trecho, mas essa opção impede que se aprecie a paisagem.
Memórias eternas
O memorial de 11 de Setembro conta com duas “cachoeiras” estilizadas situadas exatamente onde estavam as Torres Gêmeas. Nas bordas do monumento constam os nomes das vítimas do atentado. No dia do aniversário de cada uma, uma rosa branca é colocada sobre o nome da pessoa. Em frente ao memorial, está também o museu que reconta a história do atentado.
Nesse mesmo complexo também se encontra o edifício mais alto da cidade, o One World Trade Center. Com 102 andares, ele é conhecido como a Torre da Liberdade e só não supera a altura das antigas Torres Gêmeas. No topo, foi instalado um observatório 360o de onde se vê toda a cidade. Infelizmente, na hora em que a reportagem visitou a atração, com hora marcada, chovia torrencialmente – das coincidências para rir quando se está a passeio.
