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Um tour pelas obras de Da Vinci

Artista deixou um legado de pinturas e desenhos que se espalham pelo mundo


postado em 30/04/2019 05:10

(foto: JEAN-PIERRE MULLER/afo)
(foto: JEAN-PIERRE MULLER/afo)

 

Na quinta-feira, completam-se 500 anos da morte de Leonardo da Vinci, um dos maiores gênios da humanidade. Para homenagear esse grande artista, o Turismo viaja pelo universo das obras expostas em museus espalhados pelo mundo. Paris, Milão, Veneza, Florença, Munique, Cracóvia, São Petersburgo e Madri são algumas cidades que abrigam trabalhos de Da Vinci, lugares perfeitos para unir história, arte e turismo.

PLANETA Da Vinci

Há exatos 500 anos, morria na França, na cidade de Amboise, um dos maiores gênios da história da humanidade. Seu nome: Leonardo di Ser Piero da Vinci. Italiano, nascido em Anchiano, na Comuna de Vinci, foi pintor, escultor, arquiteto, matemático, físico, músico e poeta. Um homem à frente do seu tempo, anteviu e projetou, por meio de seus desenhos, diversas invenções que mais tarde se tornariam realidade, como o avião, o submarino e também o paraquedas. Mas foi como pintor que sua obra alcançou o ápice do que podemos chamar de sublime. A menor distância da perfeição.
Da Vinci deixou um legado de pinturas e desenhos artísticos magníficos, que hoje estão espalhados ao redor do mundo. O roteiro onde seu trabalho está exposto inclui as cidades de Paris, Milão, Veneza, Florença, Parma, Turim, Munique, Cracóvia, Londres, São Petersburgo, Madri e Washington. Locais que são um convite perfeito para o turista que gosta de aliar história e arte em suas viagens.


Dono de um acervo fabuloso, suas obras estão espalhados pelas principais cidades do planeta. Mas como a vida não anda nada fácil, principalmente para pobres mortais, visitar todos esses lugares não vai ficar nada barato. Hoje, mecenas como os Médici de Florença já não existem mais. E o euro e o dólar continuam, como sempre, nas alturas. Mas com um pouco de sacrifício e economia – muitas agências de viagem dividem pacotes em até 12 vezes –, é possível fazer uma viagem de alguns dias para Paris e Milão. O suficiente para  colocar você frente a frente com duas das maiores obras de Leonardo da Vinci: a Mona Lisa, no Museu do Louvre, em Paris, e A última ceia, no refeitório do convento de Santa Maria Delle Grazie, em Milão. Duas preciosidades da história da arte em todos os tempos.

louvre e Mona Lisa charme e beleza

Está na Cidade Luz, Paris, no Museu do Louvre, o mais conhecido trabalho de Da Vinci, a badalada e misteriosa Mona Lisa, também conhecida como Gioconda. Sem dúvida nenhuma, o quadro mais famoso da história da arte.
Nessa obra, o artista exerce o auge do uso do sfumato, técnica utilizada para gerar suaves graduações entre as tonalidades e borrar as linhas mais duras dos contornos dos objetos – prática muito presente na maioria de seus quadros.


Embora o rosto da Monalisa seja um dos mais reproduzidos no mundo, ninguém sabe ao certo a identidade da modelo que posou para Da Vinci. Um mistério que se arrasta por séculos. Alguns estudiosos afirmam que seria Lisa Del Giacondo, uma importante figura da sociedade de Florença. Outros acreditam que se trata de Isabel de Aragão, uma duquesa de Milão. A versão que mais gera discussão é a de que Mona Lisa seria nada mais, nada menos, que o próprio Leonardo da Vinci em uma versão feminina.


O quadro, além de magnífico, é enigmático. Os olhos de Mona Lisa parecem se locomover. Se você fica parado em frente a ela, a sensação é de que ela está olhando na sua direção. Se você anda para a direita ou para a esquerda, ainda será como se o olhar o acompanhasse. O sorriso de Mona Lisa também é um mistério. Quando o encaramos, ele desaparece. É o gênio e suas peripécias.


Agora, pasme! Mona Lisa é considerada por seus principais biógrafos uma obra inacabada. Segundo Walter Isaacson, autor da última biografia de Da Vinci, o artista a iniciou em Florença, em 1503, e continuou trabalhando nela em Milão, em 1506. Levou a obra também para Roma, onde viveu por três anos e também continuou trabalhando em seu desfecho. E por último, na França, onde ainda acrescentou algumas pinceladas. Quando morreu, em 2 de maio de 1519, o quadro se encontrava em seu ateliê, em posição para mais retoques. Era o gênio em busca da inalcançável perfeição.
É de Kenneth Clark, escritor, diretor de museu do Reino Unido e um dos maiores conhecidos historiadores de arte da história, morto em 1983, uma das melhores definições sobre o quadro: “Sua ciência, sua habilidade pictórica, sua obsessão com a natureza, seus insights psicológicos, todos esses elementos estão lá, equilibrados com tamanha perfeição que, à primeira vista, dificilmente os notamos”.


Mona Lisa está exposta no Museu do Louvre desde 1797, espaço de 160 mil metros quadrados, que merece um comentário à parte. Então vamos a ele, afinal, estamos no início de nossa viagem.


Museu do Louvre Inaugurado no final do século 17, é um dos museus mais famosos e visitados do mundo – cerca de 9 milhões de pessoas desfilam por ano em suas galerias. O número de seu acervo impressiona. São mais de 380 mil objetos. Antes de se tornar museu, tinha sido, no século 12, uma fortaleza para proteger os franceses das invasões vikings. Depois, serviu de residência real dos reis Carlos V e Felipe II. Em 1989, a construção de uma pirâmide de vidro e metal em uma de suas entradas gerou bastante controvérsia entre os franceses, já que se trata de uma obra moderna inserida na arquitetura clássica do museu. Hoje, a obra do arquiteto Ming Pei é uma das principais atrações do Louvre. Além da Mona Lisa, estão expostos no Louvre outros trabalhos de Da Vinci, como os quadros Bacco, A anunciação, Retrato de mulher (La belle ferronière), São João Batista no deserto, Sant’Anna, a Virgem e o Menino Jesus com o cordeirinho, a Virgem das rochas, Retrato de Isabela d’Este, Estudos de figuras para a adoração dos Reis Magos.
O palácio do Louvre está localizado no Centro de Paris, entre o Rio Sena e a Rua Rivole. Fica aberto todos os dias, com exceção de terça-feira, das 9h às 18h. As estações de metrô mais próximas são Palais Royal, Louvre-Rivoli e Pont-Neuf.
Ir a Paris e não ver a Mona Lisa e o Louvre é como ir ao Rio e não ver o Cristo. Chegou a hora de partimos de Paris em direção a Milão, mais precisamente para o pequeno e elegante convento renascentista Santa Maria delle Grazie.

A Última ceia em um convento de milão

Na parede do refeitório do Convento de Santa Maria delle Grazie, em Milão, está a segunda grande obra-prima de Leonardo da Vinci, A última ceia.


A obra retrata as reações dos apóstolos logo após Jesus anunciar que um deles vai traí-lo. E os discípulos perguntam: “Sou eu, Senhor?”.


A pintura, com 4,5 metros de altura e quase nove de largura, transmite a sensação de movimento e a dramaticidade daquele momento. O uso da perspectiva é tão perfeito que ela pode ser vista de lado ou de frente.


A obra iniciada em 1494 foi encomendada pelo duque oficial de Milão, Ludovico Sforza, e demorou três anos para ser concluída. Giorgio Vasari, um dos primeiros biógrafos de Da Vinci, conta que quando questionado pelo duque devido à demora na realização da obra, o artista explicou que, de vez em quando, é necessário ir devagar para que as ideias se tornem perfeitas. “Homens de intelecto elevado às vezes obtêm seus maiores avanços quando trabalham menos’’, disse.
Assim como a Mona Lisa, A última ceia também tem suas polêmicas e mistérios. Uma delas seria o fato de que a figura à direita de Jesus não seria o apóstolo João, e sim Maria Madalena. Essa teoria serviu de pano de fundo para o best-seller O código Da Vinci, do escritor britânico Dan Brown. Alguns estudiosos não concordam. Afirmam que era muito comum, à época, pintar os jovens com traços mais femininos. Outra polêmica estaria relacionada à figura de Jesus, que estaria inacabada, e Da Vinci não teria se achado digno de terminá-la. Será?


Ao longo dos anos, A última ceia não tem tido uma vida fácil.  No uso da técnica, Da Vinci fez uma escolha catastrófica, ao optar por aplicar a tinta na superfície seca em vez de úmida, como era usual em pinturas de parede, o que acabou adiantando sua deterioração. Antes de sua morte, a obra já estava descascando. E se isso não bastasse, durante a Segunda Guerra o convento foi bombardeado e quase todo destruído. Uma das poucas paredes que ficaram de pé foi justamente onde se encontra a pintura, que estava protegida por sacos de areia. Mas, com isso, a obra ficou exposta ao tempo por um longo período. No século 19, o refeitório serviu de estábulo para as tropas de Napoleão, ou seja, é quase um milagre A última ceia ainda existir.

 

Acha que acabou? Ledo engano. Nas duas páginas seguintes você vai conhecer o endereço de 20 obras de Leonardo da Vinci. Nossa viagem começa agora. Venha conosco!

Além de ser considerado o símbolo da simetria do corpo humano, o desenho do homem vitruviano representa
a tese segundo a qual  ‘‘O homem é a medida de todas as coisas‘‘

Saiba onde estão as principais obras de da vinci

VIRGEM COM O MENINO
(Virgem do Cravo)

Cerca de 1473-1474
óleo sobre madeira
(62 x 47,5 cm)

Alemanha/Munique


Alte Pinakothek

BATISMO DE CRISTO

Cerca de 1470-1476
óleo e têmpera sobre madeira (177 x 151 cm)

Itália/Florença

Galleria Degli Uffzi

Adoração dos Reis Magos

1481-1482
Óleo sobre madeira  (243 x 246 cm)

Itália/Florença

Galleria Degli Uffzi

RETRATO DE GINEVRA DE BENCI

Cerca de 1475-1476
óleo e têmpera sobre madeira (38,1 x 37 cm)

EUA/Washington

National Gallery of Art

VIRGEM COM O MENINO JESUS

Cerca de 1478-1480
óleo sobre madeira transportado para tela
(48 x 31 cm)

Rússia/São Petersburgo

Museu Ermitage

Dama com Arminho

Cerca de 1487
óleo sobre madeira
(55 x 40,5 cm)

Polônia/Cracóvia

Czartoryski Muzeum

RETRATO DE MÚSICO

Cerca de 1488-1490
óleo sobre madeira  (44,7 x 32 cm)

Itália/Milão

Pinacoteca Ambrosiana

Virgem com o Menino Jesus, San Giovannino e um Anjo

Cerca de 1483 -1485
 Óleo sobre madeira 
(199 x 122 cm)

França/Paris

Museu do Louvre

HOMEM VITRUVIANO

Cerca de 1492
Lápis e tinta sobre papel

ITÁLIA/VENEZZA

Sant’anna com a Virgem, o Menino Jesus e San Giovannino

Cerca de 1501 - Carvão, lápis negro e gesso branco sobre papel montado sobre tela  (141,5 x 104 cm)

Inglaterra/Londres

National Gallery

Retrato de Mulher
(La Belle Ferronière)

1490-1494
Óleo sobre madeira 
(63 x 45 cm)

França/Paris

Museu do Louvre

Virgem dos Fusos

Cerca de 1500-1501
óleo sobre madeira 
(48,3 x 36,9 cm)

Escócia/Edimburgo

Castelo de Drumlanrig

São João Batista

Cerca de 1508 -1509
Óleo  sobre madeira  (69 x 57 cm)

França/Paris

Museu do Louvre

Outros trabalhos

l ESPANHA
Madri, Biblioteca Nacional
Projetos de um dispositivo e projeto para amatura da cabeça de cavalo

l FRANÇA
Bayonne, Museu Bonnat
Corpo de Bernardo Baroncelli
enforcado, Ideia para a figura de São Pedro para A última ceia

Paris, Museu do Louvre
Bacco, São João no Deserto,
Sant'Anna, a virgem com o
cordeirinho, Virgem das Rochas, Retrato de Isabella d'Este, Estudos de cavalos e cavaleiros. Estudo de figuras para Adoração dos Reis Magos

l ITÁLIA
Florença, Gabinetto di Disegni e Stamp Degli Uffizi
A virgem com o Menino Jesus que segura um gato, Esboço de
paisagem, Esboço de três figuras de perfil, Estudo de cabeças e anotações para as duas virgem Maria, Estudo para o fundo da adoração dos
reis magos

Florença, Galleria Degli Uffzi
Anunciação

Milão, Castello Sforzesco
Vegetais com fritos e cabeça de Leda

Milão Pinacoteca di Brera
Cabeça de Cristo
Parma, Pinacoteca Nazionale
Cabeça de Menina (La Scapigliata)

Turim, Biblioteca reale
Autoretrato, Estudo para as pernas dianteiras de um cavalo, Estudo para máquina de guerra

Venezza, Gallerie dell'Academia
Estudo de três figuras dançantes, Estudos para a Batalha de Anghiari, Estudos para Santana, a Virgem com o menino Jesus e um Cordeiro

l Reino unido
Londres, Museu Britânico
Busto de guerreiro de perfil, Virgem com o Menino de Jesus que segura um gato
Oxford, Christ Church Picture Gallery
Estudo de uma manga

Castelo de Windsor, Royal Library
Cinco cabeças grotescas, O dilúvio, Virgem amamentando, Netuno, Estudo anatômico, Estudo para a Virgem dos Fusos, estudo para a cabeça de Judas, estudo para o apóstolo  Bartolomeu, estudo para o apóstolo Felipe, estudo para as mãos entrelaçadas de São João,
Tempestade sobre um vale alpino

l VATICANO
Pinacoteca Vaticana
San Gerolamo


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