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Estado de Minas ADEUS TRISTEZA

Descubra quais são os destinos mais felizes do mundo

Pesquisa da ONU aponta o ranking dos países mais felizes do mundo. Para quem busca lugares chamados de bem com a vida, Finlândia, Dinamarca, Noruega, Islândia e Holanda são, nessa ordem, os destinos campeões do relatório anual que avaliou 156 nações ao redor do globo


postado em 09/04/2019 05:08 / atualizado em 09/04/2019 14:51

Lapônia, na Finlândia, encanta os turistas com o balé de luzes no céu(foto: Ozgu Ozden/Unsplash)
Lapônia, na Finlândia, encanta os turistas com o balé de luzes no céu (foto: Ozgu Ozden/Unsplash)
O que é ser feliz? Diversos filósofos estudaram e analisaram a felicidade. Para o grego Aristóteles, a felicidade diz respeito ao equilíbrio e harmonia praticando o bem; para o também grego Epicuro, a felicidade ocorre através da satisfação dos desejos; Pirro de Élis também acreditava que a felicidade era por meio da tranquilidade. Para o filósofo indiano Mahavira, a não violência era um importante aliado para atingir a felicidade plena; para Lao Tsé, a felicidade poderia ser atingida tendo como modelo a natureza. Já Confúcio acreditava na felicidade devido à harmonia entre as pessoas.

 

O dia 20 de março – data definida pela Organização das Nações Unidas como o Dia da Felicidade – passou despercebido para a maioria dos brasileiros. As confusões no embate político entre o Executivo e o Legislativo, o descontentamento com a economia e os altos índices de desemprego abafaram a data comemorativa. Desde 2012, a ONU publica o World Happiness Report (Relatório Anual da Felicidade) com o ranking dos países mais felizes do mundo. A Finlândia, pelo segundo ano consecutivo, mantém a liderança no topo do pódio de país mais feliz do mundo. Na sequência dessa lista, os outros quatro países que fazem parte do TOP 5 da felicidade são Dinamarca, Noruega, Islândia e Holanda.

 

A pesquisa leva em consideração dados globais de 156 países acerca de sete variáveis: PIB, a assistência social, a expectativa de vida, a liberdade, a percepção de generosidade, a corrupção e a qualidade de vida dos imigrantes. Já o Brasil perdeu quatro posições, passando do 28º lugar para o 32º em relação à última edição. E o último da lista é o Sudão do Sul, um país devastado por uma guerra civil que já dura cinco anos e pela fome. Então, diante dessas definições, vamos conhecer a Escandinávia e descobrir qual a receita da felicidade nesses destinos nórdicos.

 

Finlândia - Reconhecimento mundial

 

(foto: Ethan Hu/Unsplash)
(foto: Ethan Hu/Unsplash)
Terra do Papai Noel, a Finlândia recebe o título de país mais feliz do mundo. Aurora boreal, paisagens únicas e saunas são atrativos para turistas

 

Quando se fala da Finlândia, no Norte da Europa, a primeira imagem em mente é a de Papai Noel e suas renas sobrevoando a região gelada da Lapônia. Depois, as luzes dançantes no balé frenético da aurora boreal. E, por fim, as famosas saunas finlandesas. Se o país da Escandinávia já merecia uma visita, depois que foi eleito pelo segundo ano consecutivo o país mais feliz do mundo, de acordo com o relatório da ONU divulgado no mês passado, a vontade aumenta mais ainda. Desconhecido de muitos brasileiros que visitam a Europa todos os anos, esse país com pouco mais de 5 milhões de habitantes e 190 mil lagos oferece geografia peculiar, além de belezas naturais em diferentes regiões e estações do ano.

 

No inverno, a região da Lapônia, no Norte da Finlândia, é a sensação por conta da famosa vila de Santa Claus/Papai Noel e suas famosas renas. Ela é habitada pelos lapões (samis), um povo seminômade que sobrevive principalmente da criação de renas e considerada a última civilização indígena da Europa.

 

Em meio a paisagens de neve inesquecíveis, os habitantes praticam snowboard e ski. E de janeiro a março, é possível observar as lindas luzes dançantes da aurora boreal. Já no verão, quando a neve derrete, as florestas verdes surgem e outras atividades podem ser praticadas, como caminhadas e rafting. Pela proximidade com o Polo Norte, há épocas em que o sol nunca se põe, fenômeno chamado Sol da meia-noite, com claridade 24 horas por dia. De junho a setembro, as temperaturas são mais amenas, variando de -5ºC a -10ºC.

 

Localizada no Mar Báltico, em uma península de litoral recortado com milhares de ilhas, muitos lagos, pântanos e rios, a Finlândia surpreende os turistas por suas florestas, que ocupam mais de 70% de seu território. É direito universal de cada cidadão finlandês que todos os habitantes possam visitar, passear e até dormir na floresta.

 

Arborizada, descolada e organizada, a capital finlandesa, Helsinque, com apenas 600 mil habitantes, é um daqueles destinos em que todo mundo quer morar. Com amplos espaços públicos, muitos parques e poucos carros nas ruas, a cidade é tranquila e segura. É do porto de Helsinque que saem os barcos para quem deseja conhecer a Fortaleza de Suomenlinna. Tombada como patrimônio da humanidade pela Unesco em 1991.

 

Mania nacional O ancestral provérbio finlandês “primeiro construa a sauna e depois a casa” já demonstra a mania dos finlandeses. Nos tempos antigos, o ambiente vaporizado era um local para se limpar, ter cuidado com a higiene pessoal, cozinhar, guardar coisas, dar à luz e, o mais importante, escapar do frio do inverno por alguns momentos. Acredita-se que hoje existem dois milhões de saunas localizadas em casas, prédios de apartamentos, empresas, escritórios do governo, piscinas de natação, chalés de verão, iates e bares.

 

Lá no país báltico encontra-se a sauna mais antiga do mundo, no fundo da Mina Pyhäsalmi e a Jätkänkämppä, em Kuopio – conhecida como a maior do mundo. Sem contar as saunas móveis instaladas em ônibus, trailers, tendas e cabines telefônicas.

 

A Finlândia também se destaca no cenário mundial pela excelência do sistema educacional – que é motivo de inveja de vários governos, inclusive de países ricos. Tem uma das menores taxas de mortalidade no mundo e corrupção é uma palavra desconhecida por seus habitantes.

 

Dinamarca - De matar de inveja

Nyhavn é o coração pulsante de Copenhague, com seu porto, prédios coloridos, bons restaurantes e muitos eventos o ano todo(foto: Nick Karvonis/Unsplash)
Nyhavn é o coração pulsante de Copenhague, com seu porto, prédios coloridos, bons restaurantes e muitos eventos o ano todo (foto: Nick Karvonis/Unsplash)

Com baixo índice de pobreza e educação igualitária para todos, a Dinamarca ocupa o segundo lugar na lista de destinos mais felizes do mundo

 

Há algo de saudável no reino da Dinamarca. Parafraseando a famosa fala de Hamlet, de Shakeaspere – “Há algo de podre no reino da Dinamarca”– o país da Escandinávia sempre esteve entre os Top10 da lista do Relatório Anual da Felicidade. Este ano, o país ocupa o segundo lugar de destino mais feliz do mundo. Em 2017, alçou o topo do relatório, publicado desde 2012. Como essa pequena monarquia no Mar do Norte, com população de menos de 6 milhões de habitantes, que vive da agricultura e da tecnologia, com poucos dias de sol por ano, invadida e conquistada por outros povos incontáveis vezes, ocupada pelos nazistas durante quase toda a Segunda Guerra, pôde se estabilizar entre os primeiros países mais felizes do mundo?

 

Fácil! O país conseguiu conciliar alguns princípios básicos do capitalismo moderno com outros de índole mais socialista e alcançou o denominado estado do bem-estar social ao propor um país igualitário nas questões sociais, sem o abismo entre os mais ricos e os mais pobres. Onde a criminalidade, os índices de violência e o analfabetismo são próximos de zero. Um país que investiu por anos em cultura e educação como forma de moldar o que hoje é o espelho almejado por povos do planeta como eticidade, integridade, responsabilidade, respeito às leis e aos demais cidadãos, amor ao trabalho, desejo de superação e pontualidade. E para matar qualquer brasileiro de inveja, a Dinamarca é o país com menor índice de corrupção do mundo.

 

Quem visita a capital, Copenhague – uma das mais belas cidades do mundo –, deslumbra-se com uma cidade organizada, com seus rios, suas praças e áreas verdes. Ele foi já eleita a capital mais ecológica do planeta e uma das cidades com melhor qualidade de vida. Como em todo o país, Copenhague é uma cidade plana, por isso, o principal meio de transporte dos dinamarqueses é a bicicleta. 

 

Copenhague lembra um lugar saído de um conto de fadas. Com castelos, reis e rainhas, cavalos brancos, barcos, parque de diversões, bicicletas, guarda real, casinhas coloridas e muita história para contar. O Centro Histórico, construído no século 17, ainda guarda o fosso de um velho forte. Um sistema de canais, construído dois séculos depois, quando foram derrubadas as muralhas de proteção, separa a antiga cidade dos subúrbios. Muitos parques formam um cinturão verde que começa no famoso Tivoli, passa pelo Jardim Botânico, pelos jardins do Palácio de Rosenborg até chegar ao Parque da Cidadela (Kastellet). O ar é puro. As águas são límpidas. O frio intenso. E o ritmo de vida ainda guarda um tom provinciano.

 

Canto da Sereia Sentada sobre uma pedra no cais de Langelinie, a escultura da sereia é o grande símbolo, não só de Copenhague, como de toda a Dinamarca. Todo mundo conhece a fábula da Pequena sereia, do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, sobre a história de uma sereia que trocou seu rabo por pernas em nome do amor, mas teve de abrir mão de sua voz para a bruxa má do mar.

 

Reza a lenda que Carl Jacobsen, dono da cervejaria Carlsberg, ao assistir ao balé da fábula do escritor, no Teatro Real Dinamarquês, encomendou, em 1913, ao escultor Edward Eriksen uma estátua para materializar o conto e doá-la ao país. Conforme o folclore nórdico, as sereias são dotadas de poderes especiais, fazem profecias e são capazes de controlar as forças da natureza. Uma copia da estátua encontra-se no jardim do Museu Carlsberg, talvez, a sereia seja realmente dotada de magia, pois o empresário fez uma fortuna e Copenhague provoca grande encantamento em quem por ela passa.

 

Noruega - Cenário mágico

 

Fiordes, natureza selvagem, aurora boreal. A Noruega é destino único no planeta. Sem falar do bacalhau, uma paixão dos brasileiros, ainda mais agora na semana santa

 

A Noruega esbanja belezas naturais, a começar pelos fiordes, que são vales rochosos inundados pelo mar(foto: Manuel Meurisse/Unsplash)
A Noruega esbanja belezas naturais, a começar pelos fiordes, que são vales rochosos inundados pelo mar (foto: Manuel Meurisse/Unsplash)
Em terceiro lugar no Relatório Anual da Felicidade se encontra a Noruega. E ao falar desse país escandinavo, é quase imediato fazer uma ligação com o bacalhau, prato que foi incorporado à nossa cultura graças aos costumes dos portugueses, mas que é um dos símbolos do país norueguês. Mas, há muito a se fazer no país nórdico além de degustar essa deliciosa iguaria.

 

A Noruega é um país que chama a atenção pelas paisagens surreais, que oferecem diversas atividades no verão, ou por seu inverno, que encanta aqueles que apreciam o frio ou têm curiosidade pela neve. Para os adoradores de ambientes naturais, o país é inigualável. As regiões montanhosas, os fiordes formados pelos recuos das geleiras, as florestas e praias, os suntuosos rios e cachoeiras, assim como os 21 parques nacionais contribuem para deixar os cenários noruegueses entre os mais impressionantes do mundo.

 

Parte da imensa rede de fiordes do país nórdico, o Geirangerfjord integra a lista de patrimônios mundiais da Unesco. É uma obra da natureza, onde majestosos picos nevados, cascatas intocadas e campos verdejantes compõem a moldura de um cenário exuberante das águas de azul profundo.

 

A primavera no hemisfério norte é o momento perfeito para explorar a natureza desse país encantador. Os dias mais longos – o sol passa a nascer mais cedo e se pôr mais tarde –, cria o ambiente ideal para atividades ao ar livre, sejam elas um passeio de barco pelos fiordes ou uma escalada em geleira. As trilhas também são muito populares no destino, que oferece mirantes incríveis nas montanhas, como a Pulpit Rock ou a Trolltunga. Com as temperaturas mais altas e o degelo voltam à vida várias cachoeiras e quedas d’água, que são belíssimas para observação ou para atividades como rafting e caiaque.

 

Anote na agenda Uma das festividades mais importantes do país ocorre em 17 de maio, conhecido como o Dia Nacional da Noruega, quando os noruegueses vão para as ruas para desfilar e celebrar suas tradições. Em junho, ocorre no Norte da Noruega o fenômeno do sol da meia-noite, que pode ser uma experiência incrível de viagem. A dica é visitar o Cabo Norte, que como o próprio nome sugere, é o ponto mais ao Norte da Europa, onde é possível ver o sol quase encostando no horizonte e voltando a subir na madrugada. Durante esse período acontecem diversas festividades e eventos no local, como campeonatos de golfe ou a icônica Maratona do Sol da Meia-Noite na cidade de Tromsø. Muitos festivais culturais, competições esportivas e eventos gastronômicos ocorrem por toda a Noruega durante a primavera, por isso sempre vale a pena conferir o calendário de eventos antes da viagem. E a partir de outubro, os turistas podem apreciar a aurora boreal – um dos mais belos fenômenos da natureza, em que luzes dançantes nas cores branca, verde, amarela, rosa e violeta bailam nos céus.

 

Islândia / Holanda - Entre geleiras e canais

 

Com ou sem neve, a Blue Lagoon (Lagoa Azul), na Islândia, é destino preferido dos habitantes e turistas em busca de diversão nas águas termais(foto: Jeff Sheldon/Unsplash)
Com ou sem neve, a Blue Lagoon (Lagoa Azul), na Islândia, é destino preferido dos habitantes e turistas em busca de diversão nas águas termais (foto: Jeff Sheldon/Unsplash)
Em 2011, quando o vulcão Eyjafjöll entrou em erupção e provocou um caos nas rotas internacionais no Mar do Norte, o mundo tomou conhecimento da existência de um pequeno país europeu. Situado no Círculo Polar Ártico e famoso por seus vulcões – são130 no total – e geleiras, a Islândia é o principal destino para quem busca vivenciar um destino com natureza peculiar, riachos de água quente e rocha vulcânica negra.

 

Ocupando o quarto lugar na lista da ONU, a Islândia, conhecida como a terra dos povos nórdicos, tem paisagens que impressionam e surpreendem o olhar, além de uma cultura milenar, fundada na influência dos povos vikings e esquimós. O incrível fenômeno da aurora boreal é um dos maiores atrativos do país. A melhor época para vivenciar o espetáculo natural da dança das luzes e ver o céu pintado por cores brilhantes é de outubro a dezembro.

 

A charmosa capital Reykjavík parece cenário de filme. No país do gelo, as cores das fachadas e dos telhados deixam a paisagem mais alegre. Além de ser um dos destinos mais seguros para mulheres, o International Women’s Travel Center apontou o país como um dos que têm as leis mais igualitárias do mundo, onde não há diferença entre gêneros.

 

Ao visitar a Islândia, passe um dia na Blue Lagoon (Lagoa Azul). Localizada na cidade de Grindavík, a 39 quilômetros da capital, Reykjavík, esse spa termal no meio do gelo, com suas águas naturais quentes, atrai visitantes não apenas pela beleza, mas por suas propriedades medicinais. Ao todo, são mais de 6 milhões de litros d’água em uma temperatura de, aproximadamente, 40°C. Um paraíso na paisagem gelada.

 

Veneza do Norte

 

Entrecortada por canais, Amsterdã, capital da Holanda, é puro charme(foto: Adrien Olichon/Unsplash)
Entrecortada por canais, Amsterdã, capital da Holanda, é puro charme (foto: Adrien Olichon/Unsplash)
E para fechar o Top 5 do Relatório Anual da Felicidade, a Holanda surpreende em todos os sentidos. Terra dos canais, dos moinhos de vento, das plantações de tulipas, onde se aprecia a arte de Van Gogh, Rembrandt e Vermeer e uma visita ao Museu Anne Frank – um dos destinos procurados da Europa.

 

Localizada no Mar do Norte, a Holanda é um dos países com melhor qualidade de vida do mundo. Sua forte política de assistência social e direitos considerados essenciais, como educação, saúde e segurança de qualidade, são garantidos a todos os seus habitantes.

 

Muitas cidades holandesas foram construídas em torno dos canais. Alkmaar Utrecht, Dordrecht, Leiden, Groningen, Leeuwarden e Amersfoort são cidades com paisagens caracterizadas por canais graciosos. Em Amsterdã, capital da Holanda, seus charmosos canais são reconhecidos como patrimônio da humanidade pela Unesco.


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