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Estado de Minas

Cirurgias de coluna têm ótimos resultados desde que sejam tomados cuidados pós-operatórios


postado em 20/02/2011 09:49

A aposentada Luzia Alves Possa, de 77 anos, não conseguia ficar de pé e caminhar por muito tempo. As pernas doíam. Para tentar resolver o problema que tanto a incomodava, fez várias sessões de fisioterapia, mas o sofrimento persistia. A causa estava na coluna. Quando já não sabia mais o que fazer para se livrar da dor, ao ler uma reportagem no Bem Viver sobre cirurgia minimamente invasiva, resolveu tentar. “Telefonei e marquei a consulta. Depois de olhar uma radiografia, o médico disse que meu caso era para cirurgia, mas que era bom ir para casa e pensar antes de me decidir. Na hora, não tive dúvidas que iria fazer.”

Em abril do ano passado, submeteu-se ao procedimento considerado de vanguarda no tratamento de alguns dos problemas da coluna. Dez meses depois da intervenção, Luzia está ótima. “No dia que me internei, no fim da manhã, já havia feito a cirurgia. No dia seguinte fiquei em observação e, na manhã subsequente, já estava de alta. Saí do hospital andando”, conta. Atualmente, ela comemora os resultados, pois nunca mais sofreu com as dores. “Andei quatro horas pela Expominas. Antes da cirurgia nem sonhava ficar tanto tempo de pé.”

Na cirurgia minimamente invasiva, o cirurgião usa uma cânula que passa por meio dos músculos, permitindo um acesso ao sítio da doença sem ter que tirá-los do lugar, diferentemente da cirurgia aberta, em que é necessário retirar todo o músculo de cima da coluna. “É como se fosse desossar. Quando os músculos vão voltar para o lugar, não vão funcionar direito devido à desvascularização.” Na forma tradicional, o retorno e a recuperação são mais lentos. Na cirurgia tradicional, a incisão é feita no meio das costas, com cortes de 10cm a 15cm. Na minimamente invasiva, o corte reduz para 1,5cm e 2cm. Isso diminui consideravelmente a perda de sangue. A redução é de 1 litro de perda para 15 a 50 mililitros.

Embora o problema fosse na coluna, Luzia sentia as dores nas pernas. Isso pode ocorrer por se tratar de uma dor irradiada. A hérnia de disco se caracteriza pela projeção da parte central do disco intervertebral (fina cartilagem entre as vértebras). Quando isso ocorre, pode levar à compressão de um nervo, cujo resultado pode ser uma dor irradiada.

EIXO Grande parcela da população, entre 80% e 90%, terá problema na coluna. Juntamente com a função de ser o eixo do corpo e sustentação do esqueleto, a coluna também protege os elementos neurais que se ramificam por todas as partes. A região pode ser acometida por uma variedade de patologias que podem ser traumáticas, tumorais (a região é um sítio de metástases) ou inflamatórias.

Os problemas mais frequentes têm outras causas: as deformidades (escoliose) e o desgaste causado pelas condições degenerativas, com as hérnias. Em geral, se não tratados, são problemas incapacitantes. “São quadros que levam à incapacidade. É a maior causa de falta ao trabalho”, afirma o ortopedista mineiro, especialista em coluna, Cristiano Menezes. Porém, a maior parte de quem sofre com as dores (60%) se verá livre delas em uma semana. Cerca de 95% não terão nenhum resquício do problema em três meses. Mas um pequena parcela (5%) terá que fazer um tratamento específico. “Para alguns casos, a cirurgia é obrigação. Para outros, opção, mas a maior parte dos casos se resolve com o tratamento conservador”, afirma Cristiano.

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