
Desde os 12 ela trata de uma escoliose torácica e lombar, que adquiriu quando praticava musculação, por orientação equivocada do treinador na época. Porém, nem todos são como Ana Paula no cuidado com a coluna. Muitos a maltratam com posições inadequadas, sobrecarregando-a com pesos excessivos e, até mesmo, com gestos aparentemente inofensivos, como cruzar as pernas. “O hábito para as mulheres é uma posição confortável, além de elegante. Porém, é preciso ficar atento para não abusar, pois pode prejudicar a saúde”, alerta o neurocirurgião Pedro Augusto Deja Teixeira, diretor clínico do Instituto Paulistano de Neurocirurgia e Cirurgia da Coluna Vertebral.
Ao cruzar as pernas, a coluna vertebral se desvia para a esquerda ou para a direita, devido ao desequilíbrio da região pélvica. Outro problema que pode ser ocasionado por esse costume, além de prejudicar o fluxo sanguíneo, é a escoliose (desvio da coluna vertebral no plano frontal). A coluna é uma das partes mais importantes do corpo humano, uma vez que é responsável pela sustentação da cabeça, fixação das costelas e os músculos do dorso, bem como suas curvaturas são responsáveis pela força e equilíbrio corporal.
De acordo com o neurocirurgião, cerca de 90% das pessoas têm, tiveram ou terão dores nas costas. “As dores podem ou não representar uma doença”, afirma. Elas podem ser resultantes de um torcicolo e um mau jeito ou até mesmo causadas por problemas mais sérios, como escoliose, artrose, hérnia de disco, entre outros problemas que afetam grande parte da população.
Para entender a complexidade da coluna vertebral, basta saber que é composta por superposição de uma série de ossos isolados denominados vértebras. São sete vértebras cervicais, 12 torácicas, cinco lombares, cinco sacrais e cerca de quatro coccígeas. A coluna se articula com o osso occipital (crânio); inferiormente, articula-se com o osso do quadril (ilíaco). É dividida em quatro regiões: cervical, torácica, lombar e sacro-coccígea.
