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Estado de Minas RECONSTRUÇÃO CELESTE

Cruzeiro: saber usar a base é um dos desafios de Ney Franco

Obrigado a recorrer às divisões inferiores, Cruzeiro aposta no trabalho de Ney Franco para qualificar o time e garantir ativos financeiros no futuro com possíveis vendas


16/09/2020 18:21 - atualizado 16/09/2020 18:57

O lateral-esquerdo Matheus Pereira, em ação contra o Vitória, no Mineirão, teve o contrato renovado até 2023(foto: Bruno Haddad/Cruzeiro)
O lateral-esquerdo Matheus Pereira, em ação contra o Vitória, no Mineirão, teve o contrato renovado até 2023 (foto: Bruno Haddad/Cruzeiro)
Numa temporada em que os recursos para contratações são escassos, o Cruzeiro se viu obrigado a apostar nos jogadores vindos da base. Alguns nem mesmo atingiram plenamente a fase de maturação e vinham sendo escalados nas primeiras rodadas da Série B do Brasileiro, mas outros representam a esperança de o clube sair do caos financeiro desde o rebaixamento no ano passado. Um dos desafios do técnico Ney Franco, contratado para o lugar do demitido Enderson Moreira, será ajudar os garotos a se desenvolverem numa competição difícil.
 
Ney Franco trabalhou por 10 anos nas categorias de base do Cruzeiro, tendo contribuído na revelação de jogadores como o goleiro Gomes, o volante Wendell e o armador Walter Minhoca. Agora, seu trabalho passa a ser usar as joias da base da maneira correta, sem risco de queimá-los com a torcida.

Uma das maiores promessas lançadas em 2020, o atacante Stênio, de 17 anos, começou a Série B como titular, mas acabou perdendo espaço. Além das atuações irregulares, o jogador foi prejudicado por causa de lesão no ombro esquerdo no mês passado, que o tirou por mais de 10 dias dos trabalhos no CT. Agora, ele luta para tentar recuperar o lugar na equipe, agora com Ney Franco no comando.

Outro que havia oscilado na trajetória da equipe foi o volante Jadsom, contratado ano passado junto ao Sport para jogar no time Sub-20 celeste. O atleta ficou várias partidas no banco, perdendo espaço para os experientes Ariel Cabral e Henrique, mas voltou a ser escalado no triunfo por 1 a 0 contra o Vitória. A tendência é que ele entre novamente diante do o CSA, sábado, às 21h, em Maceió, no próximo compromisso celeste pela Série B. 

Nesta semana, a diretoria anunciou a renovação, até 2024, do contrato do lateral-esquerdo Matheus Pereira, titular da equipe nos últimos três jogos, numa mostra da valorização da base. O jovem de 19 anos deixou boa impressão nas vezes em que foi exigido. Tanto é que ele desbancou João Lucas, contratado no início do ano, e Giovanni, que teve o vínculo rescindido pela diretoria. 

A ascensão do jogador foi rápida. Em janeiro, ele ganhou chance no time principal depois de disputar a Copa São Paulo de Juniores. Começou a ganhar espaço depois da volta das competições, com Enderson Moreira. O prata da casa confessa que se mirou no conselho dos mais experientes do grupo. O Henrique teve uma conversa comigo. Ele me pediu pra ter personalidade e ficar tranquilo. Ele, o Fábio e o Léo estão sempre ajudando o elenco. São referências para os mais jovens”.

Diante do CSA, o Cruzeiro vai recorrer a um outro jovem para atuar na lateral direita, mas que não foi formado no clube. Rafael Luiz, de 18 anos, será o substituto de Raúl Cáceres, que sofreu lesão no ligamento colateral medial do joelho direito e está em tratamento. Ney Franco também relacionará o também lateral Daniel Guedes, contratado há um mês, emprestado pelo Santos.
No setor ofensivo, o centroavante Thiago, artilheiro na base, será o escolhido para ocupar a vaga de Marcelo Moreno, suspenso. Em 2020, foram 17 jogos pela equipe principal, sendo oito como titular. 

ENQUANTO ISSO...

Sondagem a Alan Ruschel
 
O Cruzeiro recentemente sondou a situação do lateral-esquerdo Alan Ruschel, de 31 anos, que deixou a Chapecoense depois da conquista do título estadual e está livre no mercado. A negociação ainda está na fase inicial, mas o jogador teria visto com bons olhos a chance de defender a Raposa. Ele também havia recebido proposta do Avaí e do CSA, mas recusou ambas. Ruschel é um dos símbolos da reconstrução da Chapecoense, que perdeu jogadores, comissão técnica e dirigentes no acidente aéreo de 2016, na Colômbia. 

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