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Estado de Minas FUTEBOL MINEIRO

COVID-19: o desmanche dos times pequenos de MG em meio à pandemia

Suspensão dos campeonatos deixa sem emprego jogadores e profissionais de comissão técnica


postado em 03/05/2020 04:00 / atualizado em 03/05/2020 10:25

Partida entre Tombense e Caldense: com compromisso já firmados para a disputa da Série C, clube de Tombos é uma das exceções (foto: Renan Muniz/Caldense)
Partida entre Tombense e Caldense: com compromisso já firmados para a disputa da Série C, clube de Tombos é uma das exceções (foto: Renan Muniz/Caldense)

Com a suspensão dos campeonatos no Brasil, o desemprego vai atingir jogadores e profissionais de comissão técnica neste período de pandemia. A maioria das equipes de menor expressão fez contratos curtos, justamente até o fim dos Estaduais, e foram obrigadas a praticamente desmontar os grupos de atletas. Em Minas, Tombense e Boa são exceções, já que formalizaram compromissos mais longos, tendo em vista a disputa da Série C do Brasileiro, que tinha início previsto para julho.
 
Caso a Federação Mineira (FMF) opte pelo retorno do Estadual, a tendência é que as equipes contratem novos atletas ou mesmo recorram aos juniores para disputar as duas rodadas que restam para o fim da etapa inicial e a fase de mata-mata. A FMF aguarda decisão da CBF, que está em contato com o Ministério da Saúde, para anunciar a volta ou não dos Módulos I e II.

Depois de disputar o Mineiro pelo Villa Nova, o atacante Paulinho, de 23 anos, é um dos que tiveram seu vínculo encerrado na quinta-feira. Apesar do momento de preocupação, o jogador confia que poderá encontrar um trabalho em breve: “O Villa Nova já tinha sua vida financeira muito complicada, já que não joga os campeonatos nacionais todos os anos. Já não tínhamos contratos longos. Estou sem contrato, estou sem clube. Para o atleta é muito difícil. Temos que tentar manter a forma em casa e depois ver as propostas que vamos receber. Depois, é recuperar o tempo perdido”.
 
O zagueiro Pedro Rosa, que estava no Patrocinense, revela que vem sobrevivendo com as economias que guardou(foto: Arquivo pessoal)
O zagueiro Pedro Rosa, que estava no Patrocinense, revela que vem sobrevivendo com as economias que guardou (foto: Arquivo pessoal)
 
O zagueiro Pedro Rosa, de 29, que estava no Patrocinense, diz que vem sobrevivendo com as economias que guardou no período em que estava atuando: “Este momento é muito difícil. A única fonte de renda do jogador é o futebol. Se você não tem uma reserva, tem que fazer um plano B. Mas tenho administrado bem minhas reservas. Tenho certeza de que não vai demorar muito para termos nossos rendimentos normais de atleta. Infelizmente, não tivemos parecer da CBF”.

Ainda que a crise econômica atinja todos, o lateral-direito Cesinha, de 26, tem a situação um pouco melhor. Depois de defender o Uberlândia, ele cumprirá seis meses de contrato com o Remo, que o emprestou para o Verdão. O jogador, no entanto, conta que tem certa apreensão em relação ao futuro: “Tenho muitos amigos próximos que estão desempregados. Vou receber pelo Remo a partir do mês que vem, apenas. E é difícil para todos para buscar receitas. Até para os clubes grandes, como o Corinthians, a crise vai afetar o futebol. Mesmo que o Remo seja time de massa e tradição, não temos certeza se vamos receber. Consegui acertar, pagar minhas contas e estou mais tranquilo, mas vamos ver como ficará a partir de maio. Preciso ver se vou receber no mês que vem”.


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