destruição geradas por uma explosão

De acordo com Organização Mundial da Saúde (OMS), um quinto das pessoas que vivem em zonas de conflito armado sofrem com algum distúrbio relacionado à saúde mental

SAID KHATIB / AFP


Desde o seu início (7/10), a guerra entre o grupo extremista Hamas e Israel, já deixou milhares de mortos e terrenos devastados - gerando preocupação e comoção de muitas pessoas ao redor do mundo.No entanto, o conflito pode ser um gatilho para o desenvolvimento de diversas doenças mentais, principalmente para as pessoas diretamente impactadas com a guerra, como explica o psiquiatra Flávio Nascimento.

“Conflitos dessa magnitude podem ser muito prejudiciais à saúde mental dos habitantes da região, familiares de outros países, pessoas que possuem alguma ligação ou nacionalidade de algum dos países envolvidos, etc., podendo desencadear distúrbios como ansiedade, depressão, insônia, esquizofrenia e estresse pós-traumático”, informa. 


 
psiquiatra Flávio H. Nascimento

"Conflitos dessa magnitude podem ser muito prejudiciais à saúde mental dos habitantes da região, familiares de outros países etc."

Fábio H. Nascimento/ MF Press Global
A recomendação é que haja uma limitação no consumo de notícias - evitando consumir conteúdos sensíveis 30 minutos antes de dormir a fim de evitar insônia e crises de ansiedade. Ainda que seja difícil, limitar também o consumo das redes sociais e o tempo gasto lendo notícias ao longo do dia. 

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Saúde mental em zona de guerra

De acordo com Organização Mundial da Saúde (OMS), um quinto das pessoas que vivem em zonas de conflito armado sofrem com algum distúrbio relacionado à saúde mental, uma proporção cerca de três vezes maior do que a média da população mundial. “Esse tipo de situação mexe bastante com o psicológico de uma pessoa, podendo afetá-las de formas diferentes, variando desde insônia a sintomas psicóticos”.

“Por isso, é essencial que haja um acompanhamento profissional para pessoas resgatadas de zonas de guerra, para familiares e até mesmo pessoas que vivem longe do centro do conflito, mas que sentem-se afetadas pelo medo de alguma forma”, afirma Flávio Nascimento.