Mulher sentada, encolhida, diante da janela de um quarto

De acordo com o estudo, é comum pessoas depressivas compartilharem fotos sozinhas

Anthony Tran/Unsplash


As fotografias postadas nas redes sociais  ofertam uma vasta gama de recursos que podem ser analisados a fim de obter informações psicológicas, é o que aponta um  estudo, realizado pelas universidades de Harvard e Vermont, ambas nos Estados Unidos. Segundo a pesquisa, é possível identificar  sinais de depressão por meio de padrões das fotos publicadas no Instagram.

No trabalho, publicado na Revista EPJ Data Science , os autores argumentam que as "postagens no Instagram feitas por indivíduos diagnosticados com depressão podem ser distinguidas com segurança de postagens feitas por controles saudáveis, usando apenas medidas extraídas computacionalmente de fotos postadas e metadados associados".

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O estudo analisou o perfil de 166 pessoas na internet, no qual 71 delas tinham histórico de depressão, e levaram em consideração o padrão de cores das fotos, filtros usados e número de pessoas nas imagens para o diagnóstico. 

Consoante a pesquisa, os indivíduos que sofrem dessa condição, geralmente, postam fotos com tonalidades mais azuladas, escuras e cinzas quando comparada as postagens de outras pessoas. Ademais, é comum pessoas depressivas compartilharem fotos sozinhas.

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Os autores da pesquisa revelaram também que as pessoas com depressão costumam usar menos filtros em suas imagens, mas quando os aplicam, são mais propensos a optar pelos preto e branco. Paisagens, ou figuras também são mais postadas do que fotos em grupo, ou de outras pessoas.