É preciso debater sobre como a alimentação e qualidade de vida influenciam para o surgimento do câncer de mama

É preciso debater sobre como a alimentação e qualidade de vida influenciam para o surgimento do câncer de mama

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câncer de mama é o mais incidente em mulheres no mundo (24,5% dos novos casos de câncer em mulheres são de mama) e é também a causa mais frequente de morte por câncer nessa população, aponta o Instituto Nacional do Câncer (INCA). No Brasil, entre 2016 a 2020, o maior percentual na mortalidade por câncer em mulheres, foi na região Sudeste (17,2%) e Centro-Oeste (16,8%), seguidos pelo Nordeste (15,6%) e Sul (15,5%). A maior prevalência é em mulheres acima dos 50 anos.

No Outubro Rosa, mês da conscientização sobre o câncer de mama, muito se fala sobre como estar atento aos sinais, sintomas e a realizar o autoexame, que consiste em se tocar na região para analisar se existe algum nódulo. Mas é preciso debater sobre como a alimentação e qualidade de vida influenciam para o surgimento da doença.

Entre os fatores de risco para esse tipo de câncer estão, além da idade, genética e uso de hormônios externos, a obesidadeconsumo de álcool. Ou seja, em alguns casos é possível prevenir. Diante disso, as nutricionistas Carolina Martins e Gabrielle Satini, da rede de emagrecimento saudável Magrass, explicam que manter uma alimentação saudável, prática de exercícios físicos regulares, controle da gordura corporal, reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e até a amamentação podem ajudar.

"A alimentação e o estilo de vida têm tudo a ver com a prevenção de doenças e na manutenção do peso corporal, já que o excesso de gordura pode provocar alterações hormonais e inflamação, aumentando o risco de surgimento da doença", afirma Carolina.

Gabrielle conta que alimentos como carne vermelha em excesso e suas gorduras, leites e derivados, alimentos embutidos e industrializados, óleos refinados, açúcar refinado e doces, e refrigerantes podem aumentar o risco de câncer de mama e devem ser evitados.

 

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Elas listam algumas dicas:

- Dê preferência a alimentos in natura, em especial os de origem vegetal ou minimamente processados, como frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas

- O indicado é consumir cinco porções por dia de alimentos naturais, sendo duas porções de frutas e três de verduras e legumes sem amido, como cenoura, couve-flor, berinjela e tomate

- Opte por gorduras saudáveis (azeite de oliva, óleo de abacate), gorduras poli-insaturadas (óleo de sementes de girassol) e ácidos graxos ômega-3 (salmão, nozes, semente de linhaça, óleo de peixe)

- A hidratação é essencial para o organismo. Para saber a quantidade multiplique 35 ml por quilo do seu peso atual

- A amamentação também é importante. Estudos mostram que a mulher que amamenta seu bebê até os dois anos de idade ou mais, além de proteger seu filho contra o sobrepeso e obesidade infantil, se beneficia reduzindo o risco de desenvolver o câncer de mama.

As nutricionistas complementam afirmando que nenhum alimento sozinho tem o poder de cura. A alimentação saudável deve ser variada e composta por diferentes tipos de alimentos, como frutas, legumes, verduras, feijões e outros leguminosos, cereais integrais, castanhas e outras oleaginosas. "Consuma alimentos de diferentes cores: vermelha, verde, amarela, branca, roxa e laranja. Quanto mais colorida for sua refeição, mais componentes antioxidantes e antiinflamatórios."