Homem em uma cadeira pressionando as duas mãos no joelho

Apesar de não haver cura para esse tipo de dor crônica, é possível diminuí-la com a prática de atividade físicas, como por exemplo, alongamentos e fortalecimento dos músculos feitos em grupos de pilates ou de hidroginástica

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A chegada do frio traz para algumas pessoas desafios de saúde específicos, especialmente quando se trata de doenças inflamatórias ou degenerativas ósseas. O frio intenso pode desencadear sintomas e agravar condições como artrite, osteoartrite e outras doenças ósseas. Entretanto, é importante destacar que o frio não piora o quadro da doença, mas acaba aumentando as dores devido ao enrijecimento do corpo e falta de exercícios.

Um estudo da Escola de Medicina de Harvard atestou que 67% das pessoas entrevistadas sentem mais dores quando acontece uma mudança brusca de temperatura. Isso acontece porque, no frio, o corpo diminui a circulação para preservar a temperatura.

A artrite, por exemplo, é uma doença inflamatória que afeta as articulações, causando dor, rigidez e inflamação. O frio pode contrair os vasos sanguíneos e reduzir o fluxo sanguíneo para as articulações, resultando em um aumento da dor e da rigidez. Além disso, a mudança de temperatura pode afetar a sensibilidade das articulações, tornando-as ainda mais sensíveis e suscetíveis a dores intensas.



A osteoartrite, outra condição óssea comum, ocorre quando a cartilagem que reveste as articulações começa a se desgastar. O frio pode tornar as articulações rígidas e doloridas, dificultando ainda mais os movimentos e as atividades diárias. Além disso, a falta de atividade física durante o inverno devido ao desconforto também pode levar a uma diminuição da força muscular e agravar os sintomas.

Além das doenças articulares, o frio também pode afetar a saúde óssea de outras maneiras. A baixa exposição ao sol durante o inverno pode reduzir a produção de vitamina D, um nutriente essencial para os ossos e sua deficiência pode levar a problemas como osteoporose e fragilidade óssea, aumentando o risco de fraturas.

Pietro Burgarelli Romaneli, ortopedista do Hospital Semper, explica que apesar de não haver cura para esse tipo de dor crônica, é possível diminuí-la com a prática de atividade físicas, como por exemplo, alongamentos e fortalecimento dos músculos feitos em grupos de pilates ou de hidroginástica. 
 
 
O médico ressalta ainda que a procura de um profissional é essencial para diagnósticos de doenças que necessitam uma maior atenção por serem degenerativas. “Essas dores causadas por doenças ósseas inflamatórias que pioram com o passar do tempo também podem ser diminuídas com ajuda de analgésicos de venda livre, como paracetamol, auxiliando na dor leve a moderada. Anti-inflamatórios não esteróides (Aines) são outros medicamentos que podem ser utilizados para alívio de dores. Além disso, compressas quentes e frias podem reduzir a inflamação e o inchaço e consequentemente as dores.”