Equipe médica do hospital Santa Casa BH e o paciente que recebeu o transplante, segurando uma papel escrito 'transplante número 100'

Laudicélio de Paula, 60 anos, conseguiu iniciar o acompanhamento na Santa Casa BH neste ano

Santa Casa BH/ Divulgação


O Santa Casa BH, hospital reconhecido pela sua atuação em transplantes de órgãos, tecidos e células, realizou neste mês, o centésimo transplante cardíaco. Em 2022, foram realizados 328 transplantes de órgãos sólidos (coração, pulmão, rim, pâncreas e fígado), o número elevado mantém o hospital em primeiro lugar em números de transplantes em  Minas Gerais. 

doação de órgãos e tecidos é um ato capaz de salvar vidas. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), no Brasil existem atualmente cerca de 40 mil pessoas na fila de espera por um órgão. Soma-se a isso, antes de realizar a cirurgia de transplante é necessário verificar fatores como a compatibilidade entre o órgão e paciente, e o risco da cirurgia.  

Diagnosticado em 2014, com miocardiopatia dilatada e idiopática, condição que leva o coração a se dilatar, ocasionando a insuficiência cardíaca, Laudicélio de Paula, 60 anos, conseguiu  iniciar o acompanhamento na Santa Casa BH apenas neste ano. 



De acordo com o coordenador clínico do Programa de Transplantes Cardíaco, Sílvio Amadeu Andrade, o procedimento, realizado no dia 16 de junho, contou com nove profissionais da equipe de transplante cardíaco e teve uma duração de quatro horas. 

Após ficar 21 dias em observação, Laudicélio recebeu alta na última quinta-feira, 6 de julho. Durante a alta médica, ele agradeceu a toda equipe médica e assistencial. “Vocês me devolveram a vida. Eu sou muito grato a todos os profissionais da Santa Casa BH e aos familiares do doador pelo gesto de amor. Espero viver até 100 anos”, conta. 

Sílvio Amadeu relata que o primeiro transplante cardíaco realizado na Santa Casa BH foi em 2019. Segundo ele, o hospital já teria alcançado a marca de 100 transplantes cardíacos em anos anteriores. Para ele, a pandemia da COVID-19 prejudicou muito os transplantes de órgãos sólidos. “Realizar 100 transplantes, em um período tão curto, em que a gente teve a infelicidade de uma pandemia longa e grave, realmente é um feito”, declara. 

Em Minas Gerais, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferta transplante dos seguintes órgãos e tecidos: coração, córnea, fígado, medula óssea, pâncreas, pele, rim, rim conjugado com pâncreas e tecido músculo esquelético. 

Transplantes, como funcionam?

Transplante é a retirada de órgãos, tecidos ou partes do corpo de seres humanos para aproveitamento, com finalidade terapêutica, em outras pessoas. Existem dois tipos de doadores: os vivos e os falecidos.
  • Doador vivo: é qualquer pessoa saudável e capaz, nos termos da lei, que concorde com a doação e que esteja apta a realizá-la sem prejudicar sua própria saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado ou dos pulmões e medula óssea.
  • Doador falecido: é qualquer pessoa identificada cuja morte encefálica ou parada cardíaca tenha sido comprovada e cuja família autorize a doação. O doador falecido por morte encefálica pode doar fígado, rins, pulmões, pâncreas, coração, intestino delgado e tecidos. O doador falecido por parada cardíaca pode doar tecidos: córneas, pele, ossos, tendões, vasos sanguíneos etc.

Gráfico sobre transplantes

Gráfico sobre transplantes

Secretaria de Estado de Saúde