mão de uma idosa segurando uma bengala

Pesquisa da Injury Prevention, de 2020, mostra que as taxas de lesões decorrentes de quedas em idosos são 40 a 60% maiores entre as mulheres quando comparadas aos homens da mesma idade

Sabine van Erp/Pixabay
No Dia Internacional da Mulher, comemorado neste 8 de março, diversas pautas relacionadas ao gênero femino ganham a atenção da sociedade. Histórias de luta por igualdade e superação, bem como cuidados com a saúde e autoestima tomam conta dos destaques da semana. Por isso, dados alarmantes como a quantidade de quedas sofridas por idosos, principalmente mulheres, precisam ser lembrados em datas como esta. Diversas pesquisas publicadas no último ano afirmam que as quedas acometem, frequentemente, mais mulheres por maior prevalência de doenças crônicas, redução do nível de estrogênio, perda progressiva da massa óssea, diminuição da massa magra e da força muscular e exposição à atividade domiciliar. De acordo com uma pesquisa da Injury Prevention, em 2020, as taxas de lesões decorrentes de quedas em idosos são 40 a 60% maiores entre as mulheres quando comparadas aos homens da mesma idade. 

O fisioterapeuta Fábio Bao explica que os principais fatores que influenciam na queda de mulheres na terceira idade são biológicos, psicológicos e comportamentais. “A explicação psicossocial da queda prevalente em mulheres provavelmente diz respeito ao fato de que existe uma associação da fragilidade natural do corpo do idoso envelhecido (que tem maiores chances de infecções, sangramentos, instabilidades hemodinâmica, maior sensação de dor e presença de comorbidades), com a cultura de que a mulher cuida dos afazeres do lar, além de serem mais ativas que os homens no que diz respeito a atividades na rua”, completa o fisioterapeuta.
 
Além disso, as mulheres apresentam maior incidência de algumas doenças musculoesqueléticas, como: osteoporose, osteoartrite e outras doenças reumáticas que são fatores de risco para quedas em idosos. “No dia a dia, vejo muitas quedas referentes a problemas de visão, labirintite, tonturas causadas por problemas cervicais, sedentarismo, problemas posturais estáticos (visão do corpo quando estamos parados) e dinâmicos (quando executamos os movimentos)”, acrescenta Fábio. Segundo o fisioterapeuta, quedas na rua também acabam se tornando mais comuns, como tropeços em calçadas ruins, por exemplo, já que mulheres possuem mais predisposição do que homens a saírem de casa nesta faixa etária.
 
Outro fator ligado a maior incidência de queda são as tarefas domésticas, realizadas, majoritariamente, por mulheres. Em casa, local onde 53% das pessoas 60 se acidentam, as mulheres caem três vezes mais quando comparadas aos homens. “Ainda é comum observar mulheres se “responsabilizando” pelo lar. Quedas em escadas, tropeço em tapetes, superfícies molhadas, atividades com os braços e pescoço para cima são os casos mais comuns”, listou o especialista. 

Evidências científicas

As evidências científicas sinalizam que 68% dos idosos que caem apresentam algum prejuízo, 40-60% dos idosos sofrem laceração, fraturas ou traumatismo craniano, declínio funcional são apontados em 35% das quedas, e uma diminuição de atividades sociais e físicas em 15%. Trabalhar a autoestima dessas mulheres é essencial para combater o medo muito comum em pessoas da terceira idade. “A depressão, por exemplo, gera uma alteração importante em todos os sistemas fisiológicos do organismo. A consequência pode ser fraqueza, dificuldade de equilíbrio e reações corporais. Também faz com que as pessoas fiquem mais reclusas em casa, o que também apresenta riscos, como já mencionado anteriormente”, explica o fisioterapeuta.
 
 
Para prevenir um acidente, Fábio recomenda fazer atividade física regularmente, e em caso de necessidade, acompanhada de um profissional capacitado; distribuir recursos de prevenção à queda dentro de casa, como corrimões, tapetes com antiderrapante, escadas com máxima estabilidade (ou, de preferência, eliminá-las), cuidados com chão molhado, cuidados com movimentos rápidos, movimentos fora de uma amplitude confortável, utilizar sapatos confortáveis e antiderrapantes. "Tem ainda um aparelho da Tecnosenior, os VidaFones fixos e móveis, botões que, quando acionados, fazem conexão com a central de atendimento, funcionando 24h para atender a qualquer tipo de situação de emergência. Dessa forma, você não precisa ter medo. Em qualquer situação, terá assistência e será socorrido”, completa Gilson Esteves, fundador da Tecnosenior.