selfie de uma mulher madura

Menopausa: não existe idade certa para repor hormônios. Não tem necessidade aguardar chegar na estaca zero para começar a se cuidar com longevidade

patrushka/Pixabay
Com o passar dos anos o organismo feminino passa a dar sinais de envelhecimento e entre os principais sintomas estão ondas de calor (fogachos), suor excessivo, variações de humor, alterações do sono, entre outros. Todos esses aspectos estão associados à queda da produção hormonal e, naturalmente, a chegada da menopausa que ocorre, geralmente, entre os 45 e 55 anos.

A menopausa traz muitas dúvidas para as mulheres, sobretudo, em relação ao tratamento de reposição hormonal. É justamente neste período que algumas mulheres sofrem com alterações psicológicas, irritabilidade, insônia, depressão, ganho de peso e até perda de memória.

“Na prática, a questão é indecifrável: existem mais de 100 hormônios no corpo que regem uma orquestra complexa feminina que precisa ser levada em consideração na hora de quebrar a cabeça nessa prescrição médica hormonal”, explica Fabiane Berta, ginecologista, especialista em ginecologia endócrina.
 
É neste momento que os ovários, responsáveis pela produção de hormônios importantes tais como o estrogênio, progesterona e androgênios - conhecidos como esteroides sexuais - diminuem seu funcionamento até parar completamente. Neste caso, a reposição hormonal é a terapia indicada para restabelecer o equilíbrio desses hormônios no organismo e garantir a qualidade de vida da mulher.

Mas, afinal, quais são os benefícios da reposição hormonal?

Um dos principais benefícios da reposição hormonal é a diminuição dos sintomas relacionados à menopausa. Além disso, contribui para prevenção da osteoporose e possíveis males à saúde. Isso porque a ausência de hormônios afeta o metabolismo feminino podendo causar queda de cabelo, sobrepeso, principalmente, na região abdominal, enfraquecimento das unhas e ressecamento da pele. Também ajuda a melhorar o desejo sexual da mulher.
 
Atualmente, a medicina dispõe de tratamentos eficazes para a reposição hormonal bioidêntica, ou seja, semelhantes aos hormônios originais. A reposição de hormônios deve ser indicada para as mulheres que apresentam sintomas desconfortáveis em decorrência da falta dessas substâncias no organismo.

Normalmente, a dose de hormônios é proporcional ao histórico de cada paciente e deve seguir rigorosamente as prescrições médicas.

O papel dos implantes hormonais

A terapia de reposição hormonal tem como propósito corrigir eventuais desequilíbrios do organismo proporcionando bem-estar ao paciente.

O tratamento com implantes hormonais é por meio da implantação subcutânea de um segmento de tubos de silicone semipermeáveis. Esses tubos medem de 4 a 5 cm e comportam cerca de 40 a 50 mg de uma substância hormonal pura, que pode ser estradiol, testosterona bioidêntica ou progestínico.

Após a implantação, o hormônio é liberado gradativamente na corrente sanguínea, de maneira segura e com dosagem personalizada, por um período de seis meses a um ano, a partir de substâncias idênticas aos hormônios naturais.

Entre os benefícios desta terapia estão aumento da disposição física, melhora do humor, alívio da ansiedade e sintomas de depressão, aumento do desejo sexual, diminuição de gordura corporal, aumento de massa muscular, entre outros.
 
” Não existe idade certa para repor nossos hormônios. Não tem necessidade aguardar chegar na estaca zero para começar a se cuidar com longevidade, mas certamente, todas as mulheres que repõe seus hormônios de forma bioidênticas são beneficiadas na proteção de doenças do envelhecimento feminino” afirma Fabiane Berta, ginecologista.