Atleta branco com roupas pretas saltando por obstáculo

Atleta saltando obstáculo

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A nutrição esportiva é uma área responsável pelo regime e controle alimentar dos atletas de futebol, onde, o principal objetivo desta prática é a compreensão das necessidades nutricionais individuais e alerta aos jogadores sobre a importância da boa performance para o alcance de melhores resultados dentro das quatro linhas.

Claudia Tavares, nutricionista da MX Performance, apresentou alguns métodos que podem ser colocados em prática no dia a dia. "Bom, se formos resumir em questões de macronutrientes, as necessidades de ingestão de proteínas e carboidratos devem ser sempre calculadas individualmente conforme o peso do atleta, com a intensidade e com a posição que cada um ocupa dentro de campo. Sendo o carboidrato o principal combustível que um atleta de futebol usa durante os treinos e jogos, é fundamental que a ingestão seja adequada às necessidades, podendo variar entre 5 a 12g por kg de peso", explica.



Nos dias que antecedem os jogos, podem ser aplicadas algumas estratégias na ingestão de alimentos que podem otimizar o desempenho. "Na fase pré - jogo deve-se dar prioridade aos hidratos que possuem mais fibras, como, por exemplo, aveias, massa e pão integral e feijão".

As verduras e frutas também devem estar presentes na rotina alimentar, em razão de algumas ações realizadas com alta intensidade durante os treinos. "Ao inserir hortícolas e frutas o aporte deve ter em conta a ingestão correta de vitaminas e minerais e não só inserir suplementos, pois nesse período também temos a fase de recuperação do jogador. Principalmente se o calendário de competições for muito intenso. As vitaminas e minerais que encontramos nesses tipos de alimentos auxiliam na recuperação das microlesões e redução de infecções, acelerando assim o processo de recuperação. Tudo o que for vitaminas e minerais quando inseridos na forma de alimentos em vez de suplementos, a absorção é muitas vezes mais eficaz", completa Tavares.

Hidratação adequada


A hidratação nos períodos antes, durante e pós - jogos, precisa ser constante e imediata, pelo fato de perder muita água no corpo por meio do suor durante a realização das atividades. "Algumas estratégias para melhorar a questão da hidratação é o consumo de bebidas esportivas, como, por exemplo, isotônicos, hipotônicos e também algumas frutas, vegetais e água", explica a nutricionista.

Inserção de carboidratos


Os carboidratos são importantes substratos energéticos para a contração muscular durante a realização de exercícios, principalmente exercícios prolongados com alta e baixa intensidade. "Quando falamos de jogadores, a quantidade de carboidratos deve ser sempre calculada de forma individual e conforme a posição que cada atleta atua. Para intensidades baixas e moderadas, recomenda-se a ingestão de 5 a 8 gramas por kg de peso, mas para intensidades mais elevadas essa quantidade pode facilmente chegar a 10 ou 12 gramas por quilograma de peso".

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Alimentação equilibrada


Para elaborar um planejamento alimentar equilibrado, é necessário que os atletas saibam a função de cada macronutriente, como, por exemplo, carboidratos, gorduras e proteínas. "Tudo que for carboidrato que contém mais fibra, aveia e feijão. A massa integral, por exemplo, deve ser priorizada nos dias que antecedem os jogos, sem ser a véspera. Convém lembrar que as refeições principais como almoço e jantar devem ser sempre uma refeição completa. Lembrando que vitaminas e minerais compostos por vitaminas C, como frutas e verduras de modo geral deve fazer parte dessas duas refeições, contendo um aporte correto de proteína, carnes e peixes que podem ser priorizados como salmão e atum".

Consumo de carboidratos


Os carboidratos, como cereais, pães, massas, frutas frescas, sucos, torradas, mel, geléias, açúcar, doces, arroz e feijão devem estar presentes na rotina alimentar dos jogadores. Sendo essenciais durante treinos e jogos pelo fato de auxiliar o atleta a ter mais energia, força e velocidade. "Três dias antes do jogo, o indicado é consumir aveia e pão integral. Por exemplo, uma batata-doce e arroz. Aí é preciso reduzir a fibra para que o processo de digestão seja mais fácil. E para além das questões de carboidratos, também devemos dar atenção à proteína e a quantidade de gordura que vem associada à proteína. O mais indicado é a não ingestão de peixes gordos e também ter atenção a quantidade de gordura que se adiciona na preparação das refeições", finaliza Claudia Tavares.