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Estado de Minas CÂMARA DE BH

Vereadora acusa Gabriel Azevedo novamente de violência política

Flávia Borja acusa o presidente da Câmara de insinuar que ela mudou seu posicionamento político por um emprego para seu marido, o ex-deputado Fernando Borja


06/09/2023 19:53 - atualizado 06/09/2023 19:54
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Vereadora Flávia Borja, vestida de calça e blusa azul, discursa no plenário da Câmara Municipal de Belo Horizonte
Vereadora Flávia Borja acusa presidente da CMBH de violência política (foto: Rafaella Ribeiro/CMBH)
A vereadora Flávia Borja (PP) acusou o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), Gabriel Azevedo (sem partido), de novamente praticar violência política contra ela. “Você, mais uma vez, me difamando, mais uma vez me caluniando. O senhor usou de violência política contra mim e continua fazendo”, disse a vereadora durante sessão plenária na tarde desta quarta-feira (6/9).

Recentemente ela foi acusada por Azevedo de ter “preço na testa”, ser “falsa cristã”, “fariseu” e de fazer “projeto de lei inútil para ganhar like na internet”. Na época, ele se desculpou por essas declarações, que fazem parte das denúncias que originaram seu pedido de cassação, que começou a tramitar na última segunda-feira (4/9), com o apoio de 26 vereadores, 14 abstenções e nenhum voto contra. 
 
Durante sessão, a vereadora pediu que fosse exibido trecho de uma entrevista concedida ontem por Gabriel Azevedo onde ele insinua que a vereadora retirou da pauta da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lagoa da Pampulha, em julho, o relatório da conclusão dos trabalhos em troca de um cargo para seu marido, o ex-vereador e ex-deputado estadual Fernando Borja (Avante). Borja foi nomeado secretário-executivo da Casa Civil do governo Romeu Zema.


Na entrevista, o atual presidente da CMBH afirma que, dez dias depois desse fato, “seu marido recebe um cargo de R$ 10 mil na Casa Civil. “Isso não é postura de um governo diferente, estado eficiente”, disse o vereador se referindo ao slogan do governo Zema.
 
Flávia Borja rebateu Azevedo alegando que o marido tem competência para ocupar esse e qualquer outro cargo, pois já foi deputado, vereador, é formado em direito e administração, fala inglês com fluência e que a insinuação de que ela teria “vendido” a retirada do relatório de votação em troca de um cargo para ele era “desrespeitosa”. “Quando o senhor usava fralda, meu marido já era formado em administração”, afirmou a vereadora. 
 
Fernando Borja é secretário-executivo da pasta da Secretaria de Estado da Casa Civil, Marcelo Aro (PP), acusado por Azevedo de estar por trás de seu pedido de cassação por motivação eleitoral. Aro também seria pré-candidato à Prefeitura de Belo Horizonte.


Em entrevista ao jornal Estado de Minas, ele negou a intenção de disputar o cargo. A vereadora Professora Marli (PP), mãe de Aro, foi escolhida por sorteio para relatar o pedido de cassação de Azevedo, que tem 90 dias para tramitar.

Gabriel Azevedo não quis comentar as acusações da vereadora.

CPI da Lagoa da Pampulha


A CPI da Lagoa da Pampulha foi instalada para investigar os contratos firmados para a limpeza da Lagoa da Pampulha. No entanto, depois de troca de integrantes e acusações de ambos os lados, a comissão teve seu prazo regimental encerrado em julho, sem que os vereadores chegassem a um consenso para votar um relatório final.

Por causa disso, Flávia Borja retirou o documento alternativo que seria votado, desagradando Azevedo. Com o resultado, a investigação terminou sem sugerir indiciados e sem comprometer o prefeito Fuad Noman (PSD), adversário de Azevedo,  que é pré-candidato à sucessão na capital.


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