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Estado de Minas ESPLANADA

Lula deixa Centrão na linha de espera de ministérios

Mudanças no comando de alguns ministérios deve ocorrer somente após o lançamento do novo PAC e antes de viagem ao exterior, segundo aliados


06/08/2023 04:00 - atualizado 06/08/2023 07:28
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Entre os desenhos possíveis, Lula avalia criar um novo ministério para abrigar representantes do Centrão
Entre os desenhos possíveis, Lula avalia criar um novo ministério para abrigar representantes do Centrão (foto: Evaristo Sá/AFP )

Sem definição para a reforma ministerial, o presidente Lula (PT) tem alimentado o Centrão com sinalizações sobre qual deve ser o desenho da nova Esplanada a ser proposto ao PP e ao Republicanos. Aliados esperam que o desfecho ocorra depois do lançamento do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na próxima sexta-feira, dia 11, e antes de viagem ao Paraguai, no dia 15.

 

No encontro secreto que teve na quarta-feira da semana passada com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), no Palácio da Alvorada, Lula reforçou que cumprirá a promessa de incluir parlamentares do PP e Republicanos no ministério. Segundo relato de Lira a aliados, porém, o petista teria indicado que a reforma ministerial está travada principalmente por causa da incerteza sobre as pastas que oferecerá, sobretudo a que será entregue ao PP.

 

O presidente sinalizou que o Republicanos pode mesmo ocupar a chefia do Ministério dos Esportes, como o partido pleiteia. No caso do PP, é grande a chance de o partido chefiar a Caixa Econômica Federal. Não está definido, porém, qual ministério será oferecido à legenda.

 

Lula aproveitou o encontro, segundo auxiliares presidenciais, para rechaçar que vá dar ao PP o Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pelo Bolsa Família. O encontro de Lira e Lula não constou na agenda de nenhum dos dois. O pedido de reunião partiu do próprio presidente da Câmara, segundo auxiliares.

 

Ministério dos Esportes 

Lula sinalizou a integrantes da cúpula de seu partido a disposição de que a reforma tenha como alvo ministérios comandados hoje por titulares sem padrinhos políticos e representantes de PSB e PT. Aliados de Lula, no entanto, adotam cautela e ainda veem alguma sobrevida da ministra Ana Moser (Esportes).

Eles afirmam que ela tem apoio do meio esportivo, principalmente de atletas, e dizem que sua eventual saída geraria muitos ruídos para o presidente, ainda mais num momento em que ela tem se dedicado à candidatura do Brasil para receber a Copa do Mundo feminina em 2027.

Reflexos no Congresso Nacional 

Segundo membros do governo, a demora em concretizar a reforma ministerial gera mal-estar com parlamentares, num momento em que pautas consideradas prioritárias para o governo estão em tramitação no Congresso, como por exemplo o novo arcabouço fiscal na Câmara e a Reforma Tributária no Senado.

 

A morosidade tem gerado irritação em parlamentares. O presidente embarcou para Belém na sexta-feira, onde ficará até o dia 9. Em seguida, tem previsão de viagem para o Rio, no dia 10 e 11, e para o Paraguai, no dia 15. A expectativa é que ele resolva as trocas antes da viagem internacional.

 

Entre os desenhos possíveis de mudança na Esplanada, está a possibilidade de criação de um novo ministério para abrigar representantes do Centrão. Segundo relatos, uma alternativa seria desmembrar a pasta de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, chefiada pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), para criar um ministério da Micro e Pequena Empresa e Empreendedorismo (atualmente com o status de secretaria dentro do ministério).

Postos cobiçados 

Outro desenho prevê remanejar Alckmin e dar ao Centrão o comando do próprio ministério. O vice-presidente, porém, dá sinais de que não gostaria de deixar a chefia da pasta. Além disso, o vice-presidente tem feito um trabalho bem avaliado por palacianos e gosta do ministério. Cobiçados, os Correios e a Embratur devem continuar nas mãos de aliados de Lula. O presidente sinalizou que não quer entregar essas estatais ao grupo de Lira.

 

Diante das movimentações para atrair partidos do Centrão, membros do PSD, que tem três ministérios na Esplanada e é da base governista, se reuniram com Alexandre Padilha para pleitear o comando da Funasa (Fundação Nacional de Saúde). Com orçamento bilionário, o órgão havia sido extinto no começo da gestão petista, que planejava distribuir as atividades da fundação entre os ministérios da Saúde e das Cidades, mas o Congresso Nacional decidiu recriá-lo.


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