
Igor teria sido exonerado devido à insatisfação do governo com sua atuação junto aos parlamentares. Projetos importantes como o Regime de Recuperação Fiscal, considerado prioridade pelo governo, não avançaram no Legislativo, e outros, já aprovados, como o que previa a extinção da Fundação Caio Martins (Fucam), não foram votados como o governador Zema desejava.
Na semana passada, Eto confessou a alguns parlamentares, durante uma cerimônia na Cemig, que estava prestes a deixar o cargo por divergência com o governo sobre os acordos para votação de projetos que ele estava fechando. A informação que ele foi exonerado chegou aos deputados da base logo após as votações de ontem no plenário. Parlamentares aliados ouvidos pela reportagem criticaram a saída de Eto neste momento em que o líder do governo, Gustavo Valadares, está afastado devido a uma cirurgia de urgência, e que há projetos de interesse do governo em pauta.
O governador não anunciou ainda o substituto oficial. Rumores citaram como possível substituto o ex-deputado federal Lucas Gonzalez, do mesmo partido de Zema. Gonzalez não confirmou sua indicação, mas seu nome já sofre veto por parte dos aliados do governo, que o consideram não muito articulado para o cargo.
Formado em administração de empresas e com atuação no setor privado como analista comercial e coordenador político, Eto assumiu a Segov em 2020, após exercer, por 1 ano e 3 meses, o cargo de secretário-geral. "Deixo a Secretaria de Governo hoje, em comum acordo com o Governador Romeu Zema, para seguir outros desafios. Agradeço a todos com quem tive o prazer de trabalhar nesses últimos anos, em especial deputados, prefeitos e servidores da Segov. Ao governador Romeu Zema, toda a minha lealdade", afirma Igor Eto.
