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Estado de Minas SEM-TERRA

CPI do MST será palanque de agrotoscos, diz colunista

Comissão do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra foi instalada na quarta-feira e já iniciou os trabalhos com bate-bocas


19/05/2023 08:50 - atualizado 19/05/2023 09:33
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Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
Comissão do MST foi instalada na quarta-feira (foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
O colunista Bernardo Mello Franco, do jornal O Globo, disse que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) "será palanque de agrotoscos". A comissão deu início aos trabalhos na quarta-feira (17/5) e já começou com bate-bocas. 

"A CPI do MST mal começou, mas já mostrou a que veio. Será uma trincheira do bolsonarismo para atacar os sem-terra, o governo e a esquerda em geral. A comissão é um consórcio entre a bancada ruralista e a bancada da bala. Os dois grupos indicaram o presidente, o relator e a maioria dos titulares e suplentes", opinou o colunista.

O deputado Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), presidente da comissão já declarou que a "CPI vai mostrar que o MST não é um movimento social, e sim criminoso". Já o relator, o ex-ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro, deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), já defendeu receber o movimento "à bala". 
 

Na coluna, o jornalista destacou que "na abertura da CPI, os agrotoscos dominaram a cena" e citou o delegado Éder Mauro (PL-PA),. Ele chamou os sem-terra de "bandidos", "marginais" e "desocupados". Já o coronel Chrisóstomo Moura (PL-PO) falou para os sem-terra "tomarem cuidado". 

"Em minoria, a deputada Sâmia Bomfim citou a ficha corrida de Salles e tentou questionar sua indicação como relator. Foi vaiada e o microfone foi cortado antes de concluir a fala. A CPI foi articulada pela Frente Parlamentar da Agropecuária, um dos mais poderosos lobbies do Congresso. A pretexto de defender o agronegócio, o grupo move uma cruzada contra a reforma agrária e a agricultura familiar.", comentou.
 

"Na quarta-feira, Salles disse que atuará "com o máximo de imparcialidade". Se a promessa fosse séria, ele poderia começar ouvindo a Pastoral da Terra, ligada à Igreja Católica. Em abril, a entidade informou que o número de assassinatos no campo voltou a subir em 2022, último ano do governo Bolsonaro. Os alvos da pistolagem eram lavradores ou indígenas, não proprietários de terra", finalizou o colunista. 


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