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Estado de Minas GOVERNO

Governo indica Galípolo para diretor do BC para fazer 'convergência'

Haddad indica o secretário-executivo do Ministério da Fazenda para diretor de Política Monetária do Banco Central


09/05/2023 04:00 - atualizado 09/05/2023 07:30

Gabriel Galípolo
Economista Gabriel Galípolo será secretário executivo da Fazenda (foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)


Brasília - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou ontem o secretário-executivo da pasta, Gabriel Galípolo, para ocupar o cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central. Ele também indicou o servidor do Banco Central Ailton Aquino dos Santos para o cargo de diretor de Fiscalização da autarquia. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa, em São Paulo é efeito num momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito duras críticas ao presidente do banco, Roberto Campos Neto, por causa da manutenção da taxa de juros Selic em 13,75%.
 
Segundo Haddad, os nomes foram chancelados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Galípolo será substituído na Fazenda pelo advogado Dario Durigan. Ele enfatizou que a expectativa é de que a indicação de Galípolo favoreça uma convergência entre a política monetária do Banco Central e a política fiscal do governo federal. “Estamos nos reunindo permanentemente com as equipes do Banco Central. Entendo que esse movimento vai fortalecer ainda mais a aproximação nessa direção, de buscar a convergência da política econômica, para oferecer ao país as condições de crescer com inflação baixa”, acrescentou.
 
“O diretor de Política Monetária indicado pelo presidente da República é o Gabriel Galípolo, confirmado. E o diretor de Fiscalização é um servidor do Banco Central, Ailton Aquino dos Santos. Portanto, os dois nomes que serão endereçados ao Senado Federal e, se aprovados, ocuparão as duas cadeiras”, afirmou o titular da Fazenda. As duas diretorias indicadas estavam vagas após o fim dos mandatos anteriores. Para poder assumir, os indicados serão sabatinados pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
 
O nome do secretário-executivo já estava cotado para o cargo. Questionado sobre as críticas do mercado sobre a indicação, Haddad minimizou. “Só por curiosidade, a primeira vez que ouvi o nome do Galípolo para o Banco Central partiu do Roberto Campos Neto”, respondeu Haddad. Ele argumentou que o economista é conhecido do mercado e que nunca teve militância política. O ministro disse ainda que a indicação deve fortalecer a aproximação entre o BC e o governo, que enfrentam um conflito por conta das altas taxas de juros promovidas pelo banco.
 
“Vamos dividir informações e responsabilidades. Vamos poder estar mais próximos, fazer chegar ao Banco Central o nosso ponto de vista, assim como o BC nos faz chegar o ponto de vista dos técnicos. Enfim, eu penso que essa coordenação vai ser favorecida”, adiantou Haddad.
Galípolo é formado em ciências econômicas e mestre em economia política pela PUC de São Paulo. Entre 2006 e 2012, lecionou nos cursos de graduação da instituição.
 
 
Em 2007, chefiou a assessoria econômica da Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo, durante o governo de José Serra (PSDB). Entre 2017 e 2021, Galípolo presidiu o banco Fator, que atua em parcerias público-privadas (PPPs) e em programas de privatização.

SENADO 
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), avaliou de forma positiva a indicação de Gabriel Galípolo para a Diretoria de Política Monetária do Banco Central. Segundo ele, a escolha “agrada certamente ao Senado”. “[Galípolo] tem um excelente diálogo com o Congresso Nacional. Então, vejo como alguém com predicados próprios para ocupar essa posição”, destacou o presidente do Senado após evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista. “Vejo com bastante otimismo. É um nome que agrada certamente o Senado Federal”, disse Pacheco. (Com agências)


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