
"Eu precisava de nomes alemães, e 'Hattem' me lembra hate, 'ódio' em inglês. E, bem... a baronesa Van Hattem odeia bastante gente no livro. Não acompanho a carreira do político em questão, ele não me parece muito relevante no momento, para além do anedótico", detalhou Machado, em entrevista ao Estado de Minas.
Outros fatos ocorridos nos últimos anos no Brasil, inclusive, também surgem na trama, como "um governo que pretendia fundir seu partido à identidade nacional", "a arte precisa ser heroica, imperativa, vinculada às aspirações do povo, ou então não será nada" e "empresários generosos nas doações de campanha para o Führer". Para Machado, é evidente a semelhança entre o nazismo e o bolsonarismo. "Ambos são movimentos políticos baseados no discurso de ódio e violência, cuja solução para tudo sempre parte da eliminação física do que consideram indesejável à sociedade, e não faltam pesquisadores sobre o holocausto que apontem isso. E também não é como se o próprio bolsonarismo não tivesse passado os últimos quatro anos se associando ao nazismo, por vezes de modo explícito", afirmou.

