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Estado de Minas NOS ESTADOS UNIDOS

Bolsonaro: Se eu fosse presidente, não teria problemas com navios iranianos

Bolsonaro fez a declaração neste sábado durante a CPAC, um dos maiores eventos conservadores do mundo, que ocorre em Washington


04/03/2023 17:49 - atualizado 04/03/2023 18:06

Jair Bolsonaro nos Estados Unidos
Bolsonaro participou do CPAC, neste sábado, um dos maiores eventos conservadores do mundo, que ocorre em Washington (foto: ROBERTO SCHMIDT/AFP)
Jair Bolsonaro (PL), em discurso no qual buscou inflar os feitos de seu governo e alinhar ainda mais a retórica ao trumpismo, disse neste sábado (4) que, se ainda fosse o presidente do Brasil, o país não teria "esse problema com os navios iranianos".

 

Bolsonaro foi aplaudido de pé ao chegar na CPAC, evento da direita apoiadora de Donald Trump nos EUA, na capital do país, Washington. Sua fala se refere à decisão brasileira de permitir que os navios iranianos Iris Makran e Iris Dena atracassem no Porto do Rio de Janeiro de 26 de fevereiro a 4 de março.

 

Hospedado em Orlando desde 30 de dezembro, Bolsonaro viajou a Washington na sexta-feira (3), para participar do evento, acompanhado do filho Eduardo Bolsonaro. Ele chegou a circular rapidamente na sexta e tirou fotos com alguns apoiadores, quase todos brasileiros, mas também eventualmente alguns americanos que o reconheciam.

 

Uma caravana de políticos brasileiros acompanha o ex-presidente, como o deputado Mário Frias (ex-secretário da Cultura), Gilson Machado (ex-ministro do Turismo), além do deputado estadual de SP Gil Diniz, do senador Jorge Seif e da deputada federal Julia Zanatta. O empresário Otávio Fakhoury também acompanha o grupo.

 

Há uma série de brasileiros que também viajaram para acompanhar o discurso do ex-presidente. Os ingressos foram vendidos a US$ 295 (R$ 1.539), mas há categorias especiais cujos preços podem chegar a US$ 30 mil (R$ 157 mil), com direito a encontro e jantar com os palestrantes.

 

Espécie de meca da ultradireita americana, a CPAC reúne os maiores apoiadores do ex-presidente Donald Trump - e ignora seus desafetos dentro do Partido Republicano.

 

Figuras emblemáticas da direita trumpista como Donald Trump Jr., filho do ex-presidente, e Steve Bannon, estrategista do ex-mandatário, são algumas das maiores celebridades nos corredores do centro de convenções onde acontece o evento.

 

Houve também palestras de nomes importantes da direita mundial, como Nigel Farage, figura chave na campanha para retirar o Reino Unido da União Europeia.

 

Esvaziado na comparação com quando Trump era presidente, fileiras no auditório ficaram vazias durante todos os dias da conferência. A CPAC ignorou o maior adversário de Trump na corrida à Casa Branca no ano que vem, o governador da Flórida, Ron DeSantis.

 

Outros republicanos de alto escalão, incluindo o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, e o líder da bancada do partido no Senado, Mitch McConnell, também não compareceram.

 

Há a expectativa de que Bolsonaro se encontre com Trump nos bastidores do evento, embora eles não tenham agenda definida. Trump vai discursar uma hora depois que Bolsonaro deixar o palco.

 

Bolsonaro e Trump tiveram boa relação no período em que conviveram como presidentes (2019 e 2020), e o republicano chegou a gravar vídeos pedindo votos para o hoje ex-presidente brasileiro nas eleições de 2022. Apesar disso, os dois ainda não se encontraram desde que Bolsonaro chegou aos Estados Unidos.

 

Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, também participou do evento pela manhã. Em uma mesa com o direitista mexicano Eduardo Verastegui, discutiram "a ameaça vermelha nas Américas".

 

O deputado federal já organizou três edições paralelas do evento no Brasil, entre 2019 e 2022. Na última, além de representantes da direita brasileira, estiveram presentes o deputado argentino Javier Milei e José Antonio Kast, candidato derrotado na última eleição presidencial do Chile.

 

Bolsonaro está nos EUA desde 30 de dezembro. Ele viajou para a Flórida antes de terminar o mandato e rompeu a tradição de passar a faixa para seu sucessor, evitando um encontro com o adversário Lula.

 

Em entrevista ao Wall Street Journal, o ex-presidente afirmou que voltará ao país em março. Sem visto permanente, ele não tem autorização para ficar mais do que 6 meses nos Estados Unidos, segundo um advogado que está lidando com a questão do status do ex-mandatário.

 

O ex-presidente tem feito palestras para a comunidade brasileira em Orlando e Miami. Recentemente, viajou também aos estados de Oklahoma e Tennessee para participar de eventos.


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