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Estado de Minas VEREADOR XENOFÓBICO

Viraliza resposta de jornalista baiana a vereador gaúcho

Repórter Jéssica Senra citou escritor mineiro ao explicar a diferença entre "ignorância" e "burrice"; para ela, vereador foi burro e merece ser punido


02/03/2023 11:18 - atualizado 02/03/2023 13:53

A repórter Jéssica Senra, da Rede Globo, viralizou nas redes sociais ao responder a fala xenofóbica do vereador Sandro Fantiel, de Caxias do Sul. Na ocasião, após 215 trabalhadores serem resgatados na Serra Gaúcha por trabalho análogo à escravidão, o parlamentar pediu aos empresários da região para que "não contratem mais aquela gente lá de cima", se referindo aos nordestinos. 
 
 
Na declaração, Sandro também afirmou que "com os baianos, a única cultura que têm é viver na praia tocando tambor, era normal que fosse ter esse tipo de problema". Ao apresentar o programa TV Bahia e comentar o caso, Jéssica disse que os baianos "até tocam tambor muito bem" e têm praias lindas, mas que isso não resume a cultura do estado. 

"Nossa cultura é também de não se deitar para autoritários, tiranos, para senhores de engenho", destaca.

"Hoje, esse vereador de estudo construído com a força de pobres imigrantes, discrimina pessoas humildes em busca de oportunidade de trabalho, ignorando sua história se crê superior social e economicamente", completa. 

Durante a reportagem, Jessica também citou o escritor mineiro Luiz Ruffato.

"Ele disse uma vez que há uma importância diferença entre ignorância e burrice. Enquanto a ignorância é a falta de conhecimento sobre determinado assunto, a burrice é a incapacidade de compreender a realidade por teimosia ou arrogância". 

Ao finalizar, a jornalista defendeu que o vereador seja punido e que perca o mandato. 
 

Trabalho análogo à escravidão

Trabalhadores foram resgatados em situação de escravidão no Rio Grande do Sul.  Mais de 200 pessoas eram contratadas por uma empresa que oferecia a mão de obra para vinícolas da região de Bento Gonçalves.

Os homens, em sua maioria vindos da Bahia, viviam em jornadas exaustivas, recebiam comida imprópria para consumo, só podiam comprar produtos num estabelecimento predeterminado, tinham o salário descontado e também, relataram, teriam sido torturados com arma de choque e spray de pimenta.    


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