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Estado de Minas IRREGULARES

Bolsa-Família: Governo corta 1,55 milhão de beneficiários

O governo voltará a chamar o programa social de Bolsa-Família, em substituição à marca Auxílio Brasil, associada à gestão Bolsonaro


25/02/2023 04:00 - atualizado 25/02/2023 07:11

Ministro do Desenvolvimento Social, Wellingtom Dias disse que 2.265 famílias pediram para ser excluídas do programa
Ministro do Desenvolvimento Social, Wellingtom Dias disse que 2.265 famílias pediram para ser excluídas do programa (foto: Carolina Antunes/PR - 8/5/19)

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome vai cortar ao menos 1,55 milhão de beneficiários irregulares do Bolsa-Família em março. O governo voltará a chamar o programa social de Bolsa-Família, em substituição à marca Auxílio Brasil, associada à gestão Bolsonaro. O ministro Wellington Dias afirmou que o governo identificou que essas famílias recebem o benefício mesmo com renda acima do limite. “Já agora, em março, vamos tirar mais de 1,5 milhão de famílias dessas cerca de 5 milhões em que estamos focados. Temos segurança de que essas não preenchem os requisitos”, disse Dias.

Após o recadastramento e a ação dos órgãos de assistência social, o ministro disse que outras 700 mil famílias, que se encaixam nas regras, mas não estavam recebendo o Bolsa-Família, serão incluídas no programa. O número de excluídos no pente-fino deve aumentar nos meses seguintes. A expectativa é que, ao todo, 2,5 milhões de benefícios sejam cancelados. Cerca de 5 milhões de famílias terão o cadastro revisado até o fim do ano.
O ministro Wellington Dias também disse que 2.265 famílias pediram voluntariamente para ser excluídas do programa até a manhã de ontem. A solicitação pode ser feita pelo aplicativo Cadastro Único. Os beneficiários irregulares serão chamados às unidades de atendimento da assistência social para fazer a revisão do cadastro. O cronograma começa em março e vai até dezembro.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, o governo também vai lançar uma campanha para esclarecer à população como funcionam as regras e os critérios de acesso aos programas sociais. Este mês, o governo pagará o benefício social para 21,8 milhões de famílias cadastradas no Bolsa-Família, somando montante de R$ 13 bilhões transferidos. O valor médio recebido por família é de R$ 606,91.


Novo formato 


O novo formato do Bolsa-Família deve prever um valor adicional para famílias com crianças e jovens entre 7 e 18 anos. Esse benefício extra poderá variar entre R$ 20 e R$ 50 por membro familiar nessa faixa etária. O desenho do novo programa, que ainda está em estudo pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, deve ser concluído na próxima semana. O valor adicional por crianças e jovens entre 7 e 18 anos, portanto, poderá ser incorporado ao mínimo de R$ 600 por família e também poderá se somar ao benefício extra de R$ 150 por criança de até seis anos, que é uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Técnicos que trabalham nos estudos dizem ainda que a nova versão deverá prever critérios mais rígidos para famílias unipessoais – compostas por um único integrante.

Hoje, que tem direito ao benefício são cidadãos que fazem parte de famílias em extrema pobreza, com renda de até R$ 105 por pessoa da família (per capita). Outra possibilidade é para o cidadão em regra de emancipação, quando o beneficiário conquista um emprego formal, mas segue com direito a receber o benefício se a renda por pessoa da família for de até R$ 525. Para receber, no entanto, é preciso estar inscrito no CadÚnico (Cadastro Único). É necessário realizar uma pré-inscrição pelo site ou aplicativo e, depois, confirmar os dados nos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) das prefeituras. O prazo para confirmação é de até 120 dias. 



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