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Estado de Minas ATOS GOLPISTAS

Operação Lesa Pátria: PF prende quatro policiais militares

Todas as medidas são cumpridas no Distrito Federal e estão dentro da linha de apuração da PF que investiga a possível omissão de autoridades durante os ataques


07/02/2023 10:22 - atualizado 07/02/2023 11:48

Alguns policiais tiravam selfies enquanto terroristas invadiam e quebravam os prédios da Praça dos Três Poderes
Alguns policiais tiravam 'selfies' enquanto terroristas invadiam e quebravam os prédios da Praça dos Três Poderes (foto: Reprodução/Redes sociais)
A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça (7) mandados de prisão e busca e apreensão na 5ª fase da chamada Operação Lesa Pátria, que mira os suspeitos de envolvimento nos ataques golpistas de 8 de janeiro.

Todas as medidas são cumpridas no Distrito Federal e estão dentro da linha de apuração da PF que investiga a possível omissão de autoridades durante os ataques.

Ao todo são cumpridos três mandados de prisão, um mandado de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Um dos presos é o coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, então chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do DF. A prisão decretada contra ele é preventiva.
O coronel era o chefe do setor responsável por elaborar o plano de segurança na capital federal para evitar os ataques golpistas. Ele foi exonerado do posto após os atos antidemocráticos.

Naime entrou na mira dos investigadores após o ex-comandante-geral da PM-DF Fabio Augusto Vieira citá-lo em depoimento. Vieira afirmou ter encontrado o colega durante no local dos ataques golpistas por volta das 18h do 8 de janeiro.

O ex-chefe do setor de operações, como mostrou a Folha de S.Paulo, estava de folga, que havia sido concedida pelo atual comandante da PM, Klepter Rosa Gonçalves. Segundo a versão de Vieira, o coronel disse que foi ao local para ajudar.

Além do coronel, foram presos o major Flavio Silvestre de Alencar, o capitão Josiel Pereira César e o tenente Rafael Pereira Martins.

A corregedoria da PM acompanha as diligências realizadas pela PF. É nessa frente de apuração que são investigados Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), e o governador afastado do DF Ibaneis Rocha (MDB).

Além dessa linha das autoridades omissas, os ataques também são investigados na Polícia Federal em outras três frentes.
Um mira os possíveis autores intelectuais, e é essa frente que pode alcançar Bolsonaro. Outra tem como objetivo mapear os financiadores e responsáveis pela logística do acampamento e transporte de bolsonaristas para Brasília.

O terceiro foco da investigação PF são os vândalos. Os investigadores querem identificar e individualizar a conduta de cada um dos envolvidos na depredação dos prédios históricos da capital federal.

 


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