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Estado de Minas LEGISLATIVO MUNICIPAL

Câmara de BH: Polícia Civil indicia Léo Burguês por suspeita de rachadinha

Inquérito remetido à Justiça acusa vereador e outras seis pessoas; corporação aponta indícios de crimes como peculato e corrupção


27/01/2023 19:00 - atualizado 27/01/2023 21:51

O vereador Léo Burguês
Léo Burguês é vereador de BH pelo União Brasil (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou o vereador belo-horizontino Léo Burguês (União Brasil). A solicitação foi feita após a conclusão de inquérito que investigou suspeita de "rachadinha" no gabinete mantido pelo parlamentar na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). O fim da apuração e o envio das conclusões à Justiça foram confirmados nesta sexta-feira (27/1) pela corporação ao Estado de Minas.

Segundo a Polícia Civil, há indícios a respeito dos crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, advocacia administrativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O vereador nega. O inquérito, aberto em outubro de 2019, terminou na semana passada. Outras seis pessoas foram indiciadas.

Em 2020, agentes fizeram uma operação no espaço ocupado por Burguês na Câmara. À época, foram recolhidos documentos e computadores utilizados pelos funcionários do gabinete. Pendrives e outros tipos de mídias também acabaram apreendidos.

A apuração em torno das "rachadinhas" tratou também da possível contratação de funcionários-fantasma.

O que diz Burguês?


Procurado pela reportagem, Burguês relatou "perplexidade" e "indignação". "Todos os depoimentos negaram devolução de dinheiro e mostraram materialmente e textualmente que todos os assessores prestam serviços de acordo com suas funções no mandato", lê-se em trecho de nota encaminhada pela equipe dele.

Líder de governo durante parte do mandato do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD), Burguês disse ter "patrimônio compatível com os ganhos" como vereador.

"A única irregularidade existente é o vazamento de informações de um procedimento ainda embrionário que corre em segredo de Justiça para a imprensa, o que inevitavelmente atinge minha honra, minha vida pessoal e meu mandato", criticou, em menção ao fato de o resultado do inquérito ter se tornado público.

Tumulto, BOs e empurra-empurra


Durante a sessão que elegeu Gabriel Azevedo (sem partido) para comandar a Câmara de BH, em dezembro, Léo Burguês foi um dos protagonistas de desentendimento que terminou, inclusive, com boletins de ocorrência (BOs).

Azevedo venceu Claudiney Dulim (Avante) por 21 a 20. Burguês, apoiador de Dulim, esperava o voto de Ramon Bibiano da Casa de Apoio (PSD), que optou pela chapa rival. Antes do pleito, o vereador do União Brasil acusou colegas pró-Azevedo de tentarem coagir Bibiano.

Por causa da confusão, Rubão (PP) acionou a Polícia acusando Burguês de agressão. Nely Aquino (Podemos), por sua vez, disse ter sido vítima de calúnia. À época, ele refutou as alegações dos colegas.


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