
"Sou um crítico do STF, mas, nessa ele acertou. Tem que acabar com o orçamento secreto. Não existe dinheiro público ser secreto. Dinheiro público é sagrado e tem de ser transparente", disse Cleitinho, momentos antes de receber o diploma pela vitória na corrida ao Senado Federal. A solenidade, que ocorre na Sala Minas Gerais, sede da Orquestra Filarmônica estadual, em Belo Horizonte, encerra o processo eleitoral no estado.
Antes da cerimônia, organizada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), Cleitinho afirmou que terá a função de "trazer o Senado para perto do povo". Além dele, foram diplomados o governador reeleito Romeu Zema (Novo), o futuro vice-governador, Mateus Simões (Novo), os 77 deputados estaduais e os 53 representantes de Minas na Câmara dos Deputados. Os dois suplentes de Cleitinho — Alex Diniz e Wander de Sousa — também vão receber os certificados.
Eleito congressista com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), Cleitinho garantiu que não tem o objetivo de se opor a toda e qualquer medida proposta pelo futuro chefe do poder Executivo federal, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "O que for bom para o país, nunca vou atrapalhar", assegurou, garantindo, também, que fará trabalho de fiscalização.
O julgamento
O julgamento do orçamento secreto, conduzido pelo STF, começou na semana passada. A análise foi suspensa quando seis ministros haviam votado contrariamente às emendas; quatro votos favoráveis foram registrados. Hoje, Ricardo Lewandowski votou pela inconstitucionalidade. Eles defendem que os apontamentos do relator aos gastos e despesas da União sejam feitos apenas para corrigir eventuais distorções no texto original.
