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Estado de Minas BRASÍLIA

Bolsonaro faz oração com crianças e padre após diplomação de Lula

Bolsonaro não teve compromissos oficiais durante todo o dia, mas, desde a manhã, manifestantes o aguardavam em frente ao Palácio da Alvorada


12/12/2022 19:43 - atualizado 12/12/2022 20:53


Pouco mais de três horas após a diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente Jair Bolsonaro (PL) cumprimentou nesta segunda-feira (12) manifestantes que gritavam frases de teor golpista, fez uma oração e abraçou crianças em frente ao Palácio da Alvorada, sua residência oficial.

Bolsonaro não teve compromissos oficiais durante todo o dia, mas, desde a manhã, manifestantes o aguardavam em frente ao Alvorada. Parte deles diziam que, antes de ir ao local, estavam acampados em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.

Pouco antes das 18h, o presidente apareceu para os apoiadores em frente ao Alvorada. Os militantes seguravam cartazes como "intervenção militar com Bolsonaro no poder" e pediam ação das Forças Armadas para manter o presidente.

Ele não fez discursos. Apenas recebeu presentes, abraçou crianças e caminhou de um lado para o outro. Ganhou adereços de uma criança indígena, como um cocar e um cordão que pôs no pescoço.

Bolsonaro abraça crianças em Brasília
Bolsonaro abraça crianças em Brasília (foto: Reprodução)


No domingo (11), Bolsonaro também se dirigiu a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada e, sem discursar, participou de uma oração com um pastor e acompanhou a cerimônia de hasteamento da bandeira.

Ao seu lado, antes de iniciar a oração, um padre disse que ele "não disfarça que é pobre, mas ama o pobre".

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O padre também abençoou o presidente por não ter obrigado as pessoas a tomarem vacinas contra a Covid-19, agradeceu a eleição de bolsonaristas no Legislativo e Executivo e disse que "o povo brasileiro quer dizer, democraticamente, que não quer ser roubado".

Depois, ele rezou um Pai Nosso e uma Ave Maria e pediu que as pessoas repetissem que as Forças Armadas "nunca prestem continência para o bandido safado", em referência a Lula.

Em resposta, os manifestantes gritaram frases de efeito que pedem a prisão do presidente eleito.

Aparições anteriores


Na sexta (9), Bolsonaro havia quebrado um silêncio de 40 dias com um discurso dúbio que atiçou seus apoiadores.

Foram cerca de 15 minutos de pronunciamento a simpatizantes, na área externa do Palácio da Alvorada, na sua fala pública mais longa desde a derrota eleitoral para Lula no segundo turno das eleições.

Bolsonaro fez nova aparição para um grupo em frente ao palácio neste domingo (11), mas ficou calado. Ele apenas acenou para o público e participou de uma oração conduzida por um pastor levado ao local por sua equipe. A cena foi transmitida em redes sociais do presidente.

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O discurso na sexta foi salpicado de referências às Forças Armadas e dispensou menções explícitas a Lula, que foi diplomado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta segunda-feira (12).

Na ocasião, ele repetiu a retórica de campanha e estimulou indiretamente manifestações antidemocráticas dos seguidores que contestam a vitória do petista.

Bolsonaro disse se responsabilizar pelos seus erros, afirmou que seus apoiadores é que decidirão seu futuro e exaltou sua ligação com as Forças Armadas.

"Tenho certeza que entre as minhas funções garantidas na Constituição é ser o chefe supremo das Forças Armadas. As Forças Armadas são essenciais em qualquer país do mundo. Sempre disse ao longo desses quatro anos que as Forças Armadas são o último obstáculo para o socialismo", disse Bolsonaro, repetindo uma expressão usada diversas vezes ao longo de seu mandato.


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