
“A gente tem no Brasil, 33 milhões de pessoas passando fome, mais da metade da população em situação de insegurança alimentar, que não sabe quando vai fazer a próxima refeição. Então, acho que fortalecer programas e equipamentos sociais é importantíssimo. A gente precisa dos restaurantes populares, do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). É importante que esses programas voltem e voltem com força para que a gente dê acesso a uma alimentação saudável para toda a população”, disse ao Estado de Minas.
Bela Gil ainda falou sobre a possibilidade do combate à fome ser aliado ao oferecimento de uma alimentação saudável. Ela cita um estudo do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (USP) para dizer que, além da insegurança alimentar, é importante evitar que a dieta da população seja baseada em alimentos nocivos à saúde.
“A gente não quer pensar só em acabar com a fome porque, dependendo do que a gente oferece, sabemos que pode prejudicar a saúde do indivíduo. Saiu um estudo recentemente mostrando que, em 2019, 57 mil pessoas morreram por causas diretamente relacionadas ao consumo de alimentos ultraprocessados. Então a gente precisa ter um olhar cuidadoso para a alimentação. Não é só combater a fome, mas oferecer qualidade e saúde”, afirmou.
Além de Bela Gil, o deputado estadual André Quintão (PT) foi outro membro do núcleo técnico de Desenvolvimento Social e Combate à Fome que participou do IV Festival Gastronômico dos Restaurantes Populares. O evento, neste ano, teve como tema, pratos à base de vegetais.
