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Estado de Minas REDES SOCIAIS

Marca do governo, live do Bolsonaro às quintas está abandonada há 3 semanas

O último vídeo ao vivo é do dia 27 de outubro, três dias antes do segundo turno eleitoral


17/11/2022 21:17 - atualizado 17/11/2022 22:24

Jair Bolsonaro (PL)
Jair Bolsonaro (PL) interrompeu lives semanais após 2° turno das eleições (foto: EVARISTO SA / AFP)
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Em março de 2019, o recém-empossado presidente Jair Bolsonaro (PL) iniciou uma tradição nas noites de quinta-feira: abrir uma transmissão ao vivo em suas redes sociais.

 

Na live, Bolsonaro tratava de assuntos que considerava relevantes para a semana e passeava por notícias, lidas sempre de papéis impressos, a novos projetos de sua equipe, ataques a adversários e eventuais fake news ou exageros. No entanto, as lives que tanto serviram durante o governo e foram reforçadas durante a campanha de reeleição do presidente estão abandonadas há três semanas.

 

O último vídeo ao vivo é do dia 27 de outubro, três dias antes do segundo turno eleitoral. Bolsonaro pouco apareceu desde que perdeu a disputa para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em seu canal do YouTube, as transmissões ao vivo foram substituídas por materiais previamente gravados e que destacam feitos de sua gestão.

 

 

 

 

No próprio canal na plataforma, Bolsonaro foi protagonista apenas uma vez depois da derrota nas urnas. No dia 2 de novembro, ele publicou uma gravação de 2 minutos e 40 segundos, em que pediu para caminhoneiros liberarem as rodovias.

 

O outro pronunciamento feito por ele ao público após o segundo turno ocorreu um dia antes, depois de 44 horas em silêncio pela eleição de Lula, e também foi curto: durou somente dois minutos.

 

Bolsonaro longe até de apoiadores

As visitas do mandatário ao "cercadinho", local que concentrava seus apoiadores e por onde ele passava quase diariamente, também sumiram desde então.

 

Aliados dizem que Bolsonaro está "abatido" e "ainda assimilando a derrota", além de estar tratando uma ferida na perna. Apesar disso, o presidente já conduziu lives em situações adversas, como de um quarto de hospital com uma sonda em setembro de 2019. 

 

Em suas transmissões ao vivo, o chefe do Executivo costumava dizer com orgulho que havia deixado de produzir lives às quintas poucas vezes.

 

 

 

 

Mudança nas redes sociais

Não foi apenas o YouTube de Bolsonaro que ficou praticamente abandonado. No Twitter, constam apenas três postagens desde a derrota: uma é o vídeo dele falando sobre os caminhoneiros, outra é apenas uma foto e a terceira é uma lista de outras redes sociais que serão "atualizadas diariamente".

 

Seu Instagram repete os dois primeiros posts, enquanto o Facebook possui todos esses conteúdos e uma transmissão ao vivo do pronunciamento após a derrota nas urnas.

 

Antes dependente de redes sociais bem estabelecidas, o presidente agora promete mais publicações no Telegram (que já era usado por sua equipe) e aposta no LinkedIn, TikTok, Kwai, Gettr e um aplicativo próprio, batizado de Bolsonaro TV, para se comunicar com seu público.

 

O movimento é semelhante ao do ex-presidente norte-americano Donald Trump, que criou a própria rede social, a Truth Social, após ser banido das plataformas tradicionais.

 

Agenda oficial esvaziada

Dos 18 dias desde o segundo turno eleitoral, a agenda oficial de Bolsonaro marcou 3 dias da semana sem compromissos. Os outros 6 dias sem trabalho eram fim de semana e feriados.

 

 

 

 

Nos outros 9 dias, o presidente se encontrou com aliados, como os ministros Ciro Nogueira, Paulo Guedes, Marcelo Queiroga e Victor Godoy. Visitas de Renato de Lima França, subchefe para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência, também preencheram alguns dias da agenda.

 

A última live foi longa, Bolsonaro falou por 59 minutos a poucos dias do segundo turno eleitoral. Dessa vez, o presidente fez um apelo e deu uma "missão" para que os apoiadores virassem votos, além de novamente atacar os institutos de pesquisa.

 

O mandatário tornou a atacar o PT, mesclando críticas com mentiras, e pediu para que os eleitores votassem em seus candidatos, no que chamava de "horário eleitoral gratuito".

 

 


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