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Estado de Minas ESTRADAS BLOQUEADAS

Supermercados começam a registrar falta de produtos, diz associação

Início de desabastecimento acontece devido a atos de bolsonaristas nas rodovias brasileiras


01/11/2022 20:04 - atualizado 01/11/2022 23:02

Bloqueio de estradas por bolsonaristas
Entre os produtos que começam a ficar em falta nos estoques estão: verduras, legumes, frutas, carnes, frios e laticínios (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Mais de 70% dos supermercados de oito regiões brasileiras, entre elas Minas Gerais, já apresentam algum tipo de desabastecimento de produtos, devido aos bloqueios de estradas e rodovias por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Entre os produtos que começam a ficar em falta nos estoques estão: verduras, legumes, frutas, carnes, frios e laticínios. 

O mapeamento foi feito pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), desde a tarde de ontem, quando os movimentos se intensificaram. De acordo com o vice-presidente institucional e administrativo do grupo, Márcio Milan, os locais mais afetados são: Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e o Distrito Federal. 

Segundo Milan, a associação acredita que se a situação não for resolvida nos próximos dias o “verdadeiro” reflexo será sentido no fim de semana. “Grande parte dos supermercados já estava com abastecimento baixo, já que sábado e domingo, normalmente, são dias de grande movimento. Mas é importante falar que, mesmo que algumas regiões a situação esteja normalizada, a situação vai piorar, já que não houve anúncio prévio dos bloqueios”, afirmou o vice-diretor da Abras. 
 

Outro ponto de preocupação para a Associação Brasileira de Supermercados é a possibilidade de aumento de desperdício dos produtos perecíveis. “Além de existir essa certa insegurança alimentar, teremos que enfrentar o desperdício de alimentos que será gerado. Principalmente as verduras, legumes, frutas, laticínios e carnes”, explicou.  

Regularização

Mesmo que as obstruções das estradas sejam encerradas nesta terça-feira, os supermercados precisam de alguns dias para que os estoques sejam regularizados. Mesmo assim, os estabelecimentos que não estão próximos a centrais de abastecimentos, como os do interior ou os que dependem de vários fornecedores, precisarão de mais dias para que as prateleiras fiquem cheias novamente. 

Conforme Márcio Milan, no momento, a recomendação do grupo aos seus associados é que priorizem a reposição de produtos nas gôndolas.

“Hoje, os supermercados, em média, têm estoque suficiente para atender consumo de mercearia seca, como arroz, feijão, açúcar e macarrão, para cinco a oito dias de venda.  A preocupação realmente está nos perecíveis”.
 

Bloqueios

Desde a noite de domingo (30/10) há registro de bloqueios nas principais rodovias de todo o país. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), até às 15h desta terça-feira,  haviam 152 interdições e 67 bloqueios em 21 estados brasileiros. Isto porque eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que ainda não aceitaram a derrota para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), protestam contra o resultado das eleições.

Apesar do movimento de interdições em rodovias ter sido iniciado por caminhoneiros, não são todos os motoristas que estão a favor da manifestação. Diante dos bloqueios, outros trabalhadores estão sendo obrigados a ficar parados nas estradas, sob ameaças e condições precárias.
 
Em seu primeiro pronunciamento após o resultado das urnas, no domingo, Bolsonaro afirmou que manifestações que provoquem o “cerceamento do direito de ir e vir” não são aceitas. 

“Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”, disse nesta terça-feira (1/11).
 

Zema envia forças de segurança

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) e a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) se pronunciaram mais cedo sobre os bloqueios em rodovias mineiras, realizadas por bolsonaristas que ainda não aceitaram o resultado das eleições de domingo (30/10),
 
“Já solicitei às nossas forças de segurança que tomem as medidas necessárias para desobstruir qualquer via ou estrada que esteja interditada por manifestações. A eleição já acabou e agora nós temos que assegurar o direito de todos de ir e vir, e também que as mercadorias cheguem onde precisa para que não haja desabastecimento. Vamos cumprir a lei”, afirmou o governador via redes sociais.  

STF determina desbloqueio

A maioria do Superior Tribunal Federal (STF) validou nessa segunda-feira (31/10) a determinação do ministro Alexandre de Moraes à PRF e às polícias militares dos estados para que desbloqueassem as vias públicas interditadas por caminhoneiros
 


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